Espelho preto? Microsoft patenteia chatbot que simula entes queridos falecidos

A Microsoft registrou a patente de um chatbot assistido por inteligência artificial que promete ser capaz de simular entes queridos falecidos, colocando-os para conversar com parentes, conforme relatado pelo O Independente na última quarta-feira (20). A tecnologia é semelhante à apresentada no episódio da segunda temporada do programa, “Be Right Back”. Espelho preto.

Segundo a publicação, o bot se baseia em imagens reais da pessoa falecida, dados de voz, mensagens eletrônicas escritas por ela, postagens em redes sociais e outros tipos de informações pessoais para criar a versão digital de quem já se foi, permitindo simular uma conversa com os usuários da ferramenta.

Nos documentos da patente, a gigante de Redmond menciona que a pessoa representada pelo robô pode corresponder a “uma entidade passada ou presente (ou uma versão dela), como um amigo, um parente, um conhecido, uma celebridade, um personagem fictício , uma figura histórica etc”, oferecendo diferentes possibilidades de uso.

Hayley Atwell no episódio de Black Mirror que parece ter servido de inspiração para a Microsoft.Hayley Atwell no episódio de Black Mirror que parece ter servido de inspiração para a Microsoft.Fonte: IMDb/Reprodução

Além de criar um substituto digital para alguém que já faleceu, a tecnologia também oferece ao usuário a chance de treinar o chatbot para gerar sua própria versão robótica, para conversar com as gerações futuras. Outro detalhe revelado é a possibilidade do bot se transformar em um modelo 2D ou 3D da pessoa simulada.

A vida imita a arte?

Na série da Netflix, imediatamente associada à patente registrada pela Microsoft assim que foi anunciada, a personagem interpretada por Hayley Atwell decide usar a tecnologia para “ressuscitar” o antigo namorado (interpretado por Domhnall Gleeson), falecido em um acidente de carro .

A IA escolhida por ela se alimenta de dados como mensagens trocadas entre o casal, publicações online feitas por ele e vídeos do falecido. A partir daí, o bot gera uma versão artificial da antiga companheira (cria-se até um andróide), com quem ela passa a interagir com frequência.

Última atualização em 27 de janeiro de 2023

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