Com investimento de R$ 2 milhões, a startup Bioreset, instalada no CIEJ (Centro de Inovação e Empreendedorismo), em Jacareí, SP, é a única a fabricar bioplástico na América Latina.
Isso porque, depois de testarem em laboratório, os empreendedores Fernando Piovesana, Carlos Sassano e Giovanni Bortolansa decidiram colocar em prática a metodologia.
Eles acreditam que esta pode revolucionar a forma como se produz plástico na América Latina.
Por isso, a primeira etapa de produção começou em Jacareí com incentivo de empresas e organizações como Senai, Sebrae e Embrapii.
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A princípio, o bioplástico da Bioreset se produz a partir de um processo patenteado.
Nesse processo, a Bioreset coloca bactérias para fermentar resíduos industriais orgânicos, produzindo, assim, o bioplástico.
O diferencial da tecnologia
O diferencial dessa tecnologia é que, o bioplástico resultante dessa fermentação microbiana é um plástico que se desfaz completamente quando em contato com o meio ambiente.
Uma vez que, é como se as bactérias “consumissem” os descartes da indústria de bebidas ou alimentos e devolvessem.
Ou seja, se dissolve, nesse processo, o material orgânico que se transforma no bioplástico.
Nesse sentido, Fernando Piovesana, CEO e fundador da Bioreset, afirma que muitos dos ditos plásticos biodegradáveis que tem no mercado usam aditivos.
Com isso, ele destaca que: “Estes, quando deixados na natureza, vão se esfarelar em pequenas partículas de plástico, que se infiltram nos oceanos, nas águas e podem ser ingeridos por peixes e, consequentemente, por nós”.
Por isso, existem estudos que indicam que as pessoas estão hoje ingerindo em média 5g de microplásticos por semana.
Isso é o equivalente a comer um cartão de crédito a cada sete dias. “Já o bioplástico da Bioreset pode tanto ser reutilizado por meio da reciclagem, quanto descartado diretamente em aterros sanitários, afirma Piovesana.
Isso porque, o bioplástico da Bioreset se decompõe totalmente em cerca de 6 a 12 meses.
Economia circular e as práticas ESG na fábrica da Bioreset
O bioplástico produzido pela Bioreset, possui alta versatilidade, além de interessante para o mercado, é uma tecnologia pioneira na América Latina.
Já que também se conecta fortemente com o conceito da economia circular.
Isto é, em sua produção, é possível transformar resíduos industriais em matéria prima para a produção de embalagens e peças plásticas 100% biodegradáveis.
E, dessa forma, gerar uma dupla redução de resíduos no meio ambiente.
O aproveitamento do que, para a indústria, seria lixo, para a produção de um polímero 100% biodegradável torna o processo mais barato, assim competitivo com o plástico convencional.
Se conectando com as práticas de ESG que as indústrias do mundo todo têm se dedicado em adotar.
Como afirma Giovanni Bortolansa, co-fundador e COO da Bioreset: “O bioplástico que oferecemos é um grande avanço para a indústria, já que é processado com menor consumo de energia e permite reutilizar resíduos orgânicos”.
Segundo ele, se utiliza como insumos para a fermentação microbiana que produz nosso plástico.
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O plástico biodegradável da Bioreset é produzido a partir de um processo patenteado que coloca bactérias para fermentar resíduos industriais orgânicos
Última atualização em 5 de outubro de 2022