Cerca elétrica otimiza pastagens e aumenta lucros, transformando a gestão rural com mais eficiência e segurança

A abundância de pastagens no Brasil pode esconder uma armadilha perigosa: o desperdício de pasto. Muitos produtores têm mais capim do que gado, o que resulta em um manejo ineficiente e custos desnecessários. Neste artigo, iremos explorar como a cerca elétrica pode se tornar uma aliada na pecuária, ajudando a corrigir este erro comum.

O médico-veterinário Ernesto Coser é um dos especialistas que aborda a importância da tecnologia na pecuária. Ele salienta que, para obter resultados econômicos positivos, é essencial utilizar ferramentas que garantam precisão no manejo das pastagens.

Por que ocorre desperdício de pasto?

Coser compara a realidade brasileira com a da Nova Zelândia, um país que se destaca por otimizar suas áreas de pastagem limitadas. No Brasil, a abundância e o tamanho das propriedades acabam levando ao desperdício. Muitas vezes, o pasto próximo ao bebedouro é consumido rapidamente, enquanto no fundo do piquete sobra capim que acaba se deteriorando.

Isso representa uma clara perda de recursos. Segundo Coser, “dinheiro jogado fora”. As práticas não otimizadas podem ser prejudiciais à saúde financeira do produtor. Portanto, entender o manejo adequado das pastagens é essencial para a sustentabilidade da atividade pecuária.

Como a cerca elétrica evita o desperdício?

A cerca elétrica pode ser a solução para esse problema. Com instalação simples e de baixo custo, ela permite um gerenciamento mais preciso dos rebanhos e das áreas de pastagem. Ao proporcionar uma melhor divisão dos piquetes, a cerca elétrica ajuda a manter a forragem em níveis adequados, evitando que parte do pasto fique subutilizada.

Vantagens destacadas por Coser:

• Baixo custo de instalação: Uma cerca convencional pode custar entre R$ 15 mil e R$ 20 mil por quilômetro, enquanto a cerca elétrica, com três fios, pode ser instalada por um valor significativamente inferior.
• Parcelas menores, manejo mais eficiente: A divisão em parcelas menores permite melhor controle do pastejo, evitando áreas degradadas.
• Versatilidade no manejo: A cerca elétrica móvel possibilita ajustes rápidos na pressão de pastejo conforme as necessidades do pecuarista.

Esses aspectos permitem um controle mais eficiente e uma utilização ideal da forragem, impactando diretamente na rentabilidade da atividade pecuária.

Benefícios adicionais da cerca elétrica no manejo inteligente:

Além de evitar desperdícios, a cerca elétrica proporciona uma série de benefícios significativos:

• Melhor distribuição do esterco e da urina: Especialmente se combinada com bebedouros móveis, ajudando a fertilizar a pastagem de forma equilibrada.
• Maior autonomia para o produtor: O pecuarista ganha autonomia para decidir as melhores estratégias de pastejo, impactando diretamente a produtividade.
• Economia com suplementos alimentares: A implementação do manejo correto reduz a dependência de alimentos suplementares, gerando economia nos custos gerais da produção.

Ao adotar a cerca elétrica, o produtor não apenas otimiza o uso da pastagem, mas também coloca o poder de decisão sobre a alimentação de seus animais em suas próprias mãos. Isso resulta em uma economia direta para o bolso do produtor.

Futuras Perspectivas

Ao final, é evidente que dominar o uso da tecnologia de cercas elétricas é uma estratégia eficiente para maximizar a lucratividade na pecuária. Coser finaliza reforçando que a utilização desta ferramenta precisa ser uma prioridade para todos os produtores que desejam evitar perdas de pasto. Ele menciona: “Quem domina a cerca elétrica está proibido de perder pasto”, enfatizando a importância de técnicas eficazes para a gestão de recursos.

Se você perdeu algum episódio da série “Mitos & Verdades: Cerca Elétrica”, clique aqui e veja os demais episódios para se atualizar sobre este tema tão relevante para a pecuária brasileira.