Depois de anunciar o lançamento de tags de rastreamento chamadas AirTags, a Apple logo se deparou com algumas críticas e preocupações. Afinal, o discreto acessório também poderia ser usado para controlar o paradeiro e a movimentação de animais ou mesmo de pessoas sem consentimento.
Em resposta, a empresa explicou um pouco melhor como o produto funciona em relação aos mecanismos que podem impedir esse uso criminoso.
De acordo com o site 9 a 5 MACo smartphone emitirá um alerta se você chegar em endereços visitados com frequência, como sua casa ou local de trabalho, portando um AirTag que não é seu — ou seja, que não está pareado com o seu celular e não próximo ao aparelho do verdadeiro dono .
longe de ser perfeito
No entanto, esse recurso tem uma grande limitação: o alerta só é emitido para quem tem iPhone. No caso do Android, simplesmente não há o que fazer — o sinal máximo que os AirTags emitem é um ruído que serve para ser localizado após três dias sem parear com o smartphone do responsável pelo rastreamento.
consultado por Empresa rápida, o especialista em segurança técnica Corbin Streett criticou o longo atraso em dias para que um alarme soasse. Ele é membro da Rede Nacional pelo Fim da Violência Doméstica (NNEDV), ONG que busca reduzir os índices de violência doméstica.
O uso correto dos AirTags, que servem para localizar objetos que podem ser perdidos ou roubados, pode não ser respeitado.Fonte: AirTags
Segundo a ativista, a estratégia parece obrigar a pessoa a ter aparelhos da Apple para ficar totalmente protegida de um stalker ou agressor – que pode até ser alguém que esteja na mesma casa, no caso de espionagem por parte do marido ou da esposa, por exemplo.
Para ele, uma solução seria uma plataforma aberta que pudesse ser utilizada por outros fabricantes, ou pelo menos uma parceria com o Google para ampliar os mecanismos antimonitoramento em outros modelos de celulares.
Última atualização em 7 de janeiro de 2023
