No final de julho, comentamos aqui no Blog do Plástico de Engenharia que um número significativo de clientes da Apple estavam reclamando nas redes sociais sobre seus MacBooks, especificamente os modelos Pro e Air com o badalado chip M1, feito com o silício customizado da empresa Apple. Essas queixas espalhadas pelos EUA se transformaram em uma ação coletiva, arquivada na terça-feira em um tribunal da Califórnia.
Na petição inicial, os clientes afetados reclamam que as telas de seus laptops simplesmente racham do nada ou exibem linhas horizontais e verticais pretas. Os reclamantes alegam que os defeitos não se devem a descuido, mas a um claro problema com o próprio hardware.
Como a qualidade das telas do MacBook Pro e MacBook Air é um dos destaques da publicidade do produto, o processo acusa a gigante de Cupertino de “marketing enganoso” e práticas comerciais “fraudulentas”.
O que os reclamantes perguntam à Apple
Tela do MacBook Air em publicidade da Apple. (Fonte: Apple/Divulgação.)Fonte: Maçã
De acordo com a ação proposta, a Apple tomou conhecimento dessa onda de defeitos, mas optou por não divulgá-los a seus clientes e continuar comercializando-os. Pior, infringiu a lei do consumidor, pois se recusou a consertar as telas mesmo dentro do prazo de garantia, alegando que os danos haviam sido causados pelos próprios usuários.
Conforme apresentado ao Distrito Norte da Califórnia, o processo não busca o pagamento de danos ou danos monetários da Apple. A ação judicial pede que a multinacional reverta seu “falso marketing” em relação à qualidade e confiabilidade de suas telas de MacBooks, e que também “corrija, repare, substitua ou retifique sua ilegal, injusta, falsa e/ou enganosa”.
O documento legal concede ao fabricante dos modelos supostamente defeituosos um prazo de 30 dias, contados a partir de 30 de agosto, para se manifestar. Caso contrário, a ação coletiva prosseguirá e os danos podem chegar a US$ 5 milhões.
Última atualização em 27 de outubro de 2022