PEBD (polietileno de baixa densidade) é ideal para filmes, sacolas, laminação e revestimentos, graças à selagem em baixa temperatura, boa ótica e fácil processabilidade. Compare com PEBDL para maior rasgo e com PEMD para mais rigidez. Escolha por MFI, densidade, ótica e aditivos; ajuste temperatura, BUR e resfriamento.
O PEBD se destaca em filmes e sacolas. Ele é flexível, claro e fácil de extrusar. Entrega selagem segura e toque macio.
Produção do PEBD
Ele nasce do etileno sob alta pressão e temperatura. O processo cria ramificações nas cadeias. Essas ramificações reduzem a densidade e dão maciez. A produção ocorre em reatores tubulares ou autoclaves. O resultado é uma resina com brilho e boa processabilidade.
Principais propriedades
- Densidade baixa (cerca de 0,91 a 0,93 g/cm³), o que aumenta a flexibilidade.
- Boa transparência e brilho, deixando o filme mais “clean” na gôndola.
- Selagem em baixa temperatura e bom “hot tack” (adesão ainda quente).
- Alto alongamento e bom impacto, com menor rigidez estrutural.
- Barreira à umidade é boa; para gases, é limitada.
- Resistência química ampla a muitos agentes do dia a dia.
PEBD vs PEBDL vs PEMD
- PEBD: melhor processabilidade, selagem fácil e ótima ótica. Resistência mecânica mais baixa.
- PEBDL (LLDPE): maior rasgo e perfuração. Menos brilho e transparência. Pode pedir selagem um pouco maior.
- PEMD (MDPE): equilíbrio entre rigidez e impacto. Opacidade intermediária. Indicado para sacolas e filmes mais técnicos.
Aplicações-chave
- Filmes soprados: embalagens de alimentos secos, proteção e forração.
- Sacolas: mercado, delivery e uso industrial leve.
- Laminação: camada de selagem sobre BOPP, PET ou papel.
- Revestimentos por extrusão: papel e papelão para copos, wraps e caixas.
Critérios de escolha
- Índice de fluidez (MFI): indica quão “fluida” é a resina. Para filme soprados, use 0,3 a 2 g/10 min. Para laminação e coating, 3 a 8 g/10 min.
- Densidade: mais baixa aumenta selagem e flexibilidade. Um pouco maior eleva a rigidez.
- Óptica: precise de brilho e transparência? Prefira PEBD com resina de alta clareza.
- Resistência: para rasgo e perfuração, adicione PEBDL na mistura.
- Espessura alvo e largura: defina para orientar MFI e formulação.
- Aditivos: antiblock ajuda a abrir o filme; slip reduz atrito (COF). Anti-estático e UV conforme a aplicação.
- Contato com alimentos: use grau aprovado e documentação atualizada.
- Reciclagem e PCR: avalie compatibilidade e meta de conteúdo reciclado.
Parâmetros de processo práticos
- Temperatura do cilindro e da matriz conforme o MFI. Em geral, 160–200 °C funcionam bem para PEBD.
- Relação de sopro (BUR): comece entre 2:1 e 2,5:1 e ajuste para propriedades.
- Resfriamento estável com ar seco melhora ótica e espessura.
- Tensão de bobinamento baixa evita alongamento e vincos.
Blends úteis
- 70–90% PEBD + 10–30% PEBDL: ganha rasgo e perfuração mantendo boa selagem.
- 80% PEBD + 20% PEMD: mais rigidez com aparência ainda aceitável.
- Camada de PEBD como selagem em coextrusão com PEBDL ou PEMD.
Conclusão: como acertar no uso do PEBD
O PEBD brilha em filmes, sacolas, laminação e revestimentos por extrusão. Ele oferece selagem fácil, boa ótica e processa sem dramas na linha. Mas a decisão certa depende do uso e dos requisitos finais.
Compare com PEBDL e PEMD para ajustar desempenho e custo. Precisa de rasgo e perfuração? Misture PEBD com PEBDL em baixa dose. Busca mais rigidez? Um toque de PEMD ajuda sem perder processabilidade.
Escolha pela ficha: MFI, densidade, ótica e resistência mecânica. Considere aditivos como antiblock, slip, antiestático e proteção UV. Para alimentos, use grau aprovado e documentação completa e atualizada. Avalie metas de reciclagem e PCR na especificação do cliente.
No processo, ajuste temperatura, BUR, resfriamento e tensão de bobina. Pequenas correções evitam gel, neblina e variação de espessura. Monitore selagem e COF para manter produtividade e aparência estável.
Feche com um plano simples de validação. Defina metas, rode testes curtos e meça propriedades chave. Ajuste a formulação, registre o setup e compartilhe lições com a equipe. Assim, você escolhe melhor o PEBD e reduz retrabalho.
FAQ – PEBD, PEBDL e PEMD em filmes e embalagens
Qual a diferença entre PEBD, PEBDL e PEMD?
PEBD processa fácil, sela em baixa temperatura e tem ótima ótica. PEBDL tem mais rasgo e perfuração, mas menos brilho. PEMD oferece mais rigidez e bom equilíbrio mecânico.
Qual MFI devo escolher para filme, laminação e coating?
Para filme soprados, busque MFI entre 0,3 e 2 g/10 min. Para laminação e revestimento por extrusão, use 3 a 8 g/10 min. MFI maior flui mais, mas pode perder resistência.
Como aumentar resistência sem perder selagem e brilho?
Faça blend de PEBD com 10–30% de PEBDL. Você ganha rasgo e perfuração e mantém boa selagem. Ajuste resfriamento e espessura para preservar a ótica.
Quais aditivos são mais usados em filmes de PEBD?
Antiblock ajuda a abrir o filme. Slip reduz o atrito (COF). Anti-estático evita pó. Aditivo UV protege ao sol. Defina o nível de COF conforme a aplicação.
Quais parâmetros de processo ajustar primeiro na extrusão?
Ajuste temperatura entre 160 e 200 °C conforme o MFI. Use BUR de 2:1 a 2,5:1 como ponto de partida. Garanta ar seco e resfriamento estável. Mantenha baixa tensão de bobina.
PEBD serve para contato com alimentos e reciclagem?
Sim, há graus aprovados. Exija a documentação do fornecedor. Para PCR, teste blends e verifique odor, géis e estabilidade. Siga metas de conteúdo reciclado e normas locais.
Última atualização em 17 de dezembro de 2025
