Preços de Resinas em 2016: Um Resumo do Cenário
O ano de 2016 apresentou um cenário interessante no quesito precificação de resinas, com variações intrigantes pautadas por fatores econômicos e de mercado. Para aqueles que estavam de olho na indústria de resinas, não foi uma surpresa observar o declínio nos preços de algumas variantes de polipropileno (PP) e polietileno (PE), enquanto o poliestireno (PS), o policarbonato (PC) e o PVC mantinham estabilidade. Em contrapartida, resinas como PET, ABS e nylon 6 viram uma tendência ascendente nos preços.
Esse panorama foi moldado por diversos fatores. A baixa nos preços de matérias-primas essenciais e o acúmulo nos inventários por parte dos fornecedores serviram como força motriz para o declínio geral. Em paralelo, o aumento dos preços do petróleo e do gás natural sustentava uma leve pressão ascendente em algumas resinas, criando um equilíbrio marcante entre oferta e demanda.
Por que os Preços de Polietileno Caíram?
Em novembro, observou-se uma queda de 3¢/lb nos preços do polietileno, liderada por um frenesi de atividades no mercado à vista, onde materiais eram negociados com descontos significativos. Mike Burns, v.p. de serviços ao cliente para PE da RTi, destaca a expectativa de uma diminuição adicional de 2-3¢/lb até o fim do ano. Esse movimento é atribuído às condições econômicas, em que os custos de produção alcançaram os 45¢/lb, enquanto os preços domésticos superavam esse patamar por 10¢/lb.
Além disso, o cenário global também impactou nas exportações. Apesar de um aumento no volume exportado no final de novembro, a demanda nas Américas do Sul e Central, assim como no Leste Asiático, incluindo a China, começou a desacelerar. Este efeito mostrou que, a menos que ocorram grandes interrupções, um excesso de oferta para PE pode ocorrer nos anos seguintes, alinhando-se a um contexto competitivo de preços.
Queda Acentuada nos Preços de Polipropileno
O polipropileno não ficou atrás nas quedas, observando-se uma diminuição de 8¢/lb em novembro, refletindo a trajetória de preços do monômero associado. Segundo Scott Newell, v.p. de mercados de PP da RTi, espera-se que a erosão continue com uma queda de 3-4¢/lb até o final de dezembro.
Mesmo com essas quedas, as margens dos fornecedores ainda permanecem em 7¢/lb. No entanto, é esperado que haja um ajuste de aproximadamente 2.5¢/lb. Esses dados são corroborados pelo The Plastics Exchange e PCW, que relataram uma queda nas atividades de negociação de PP ao final de novembro, juntamente com altos níveis de disponibilidade de todos os graus deste material.
Estabilidade nos Preços de PS e Mudanças no Mercado
Os preços de poliestireno sofreram uma leve redução de 2¢/lb em novembro, acompanhando o assentamento de contrato do benzeno. A tentativa de aumento dos preços em dezembro, no entanto, não surtiu muito efeito. A análise de Mark Kallman, v.p. de serviços ao cliente para resinas da Engenharia, PS e PVC da RTi, sugere que apesar da oferta limitada do benzeno, a pressão para o aumento não foi suficiente.
Mesmo com as quedas nos preços do mercado primário em novembro, segundo PCW, os preços à vista não mostraram mudanças significativas. Uma análise preliminar apontou que a demanda por PS, incluindo exportações, caiu 7% comparado a 2015, refletindo uma tendência de baixa no interesse de mercado em relação ao ano anterior.
Flutuações no Mercado de PVC
Após sete meses de estabilidade, os preços de PVC tiveram um súbito aumento de 2¢/lb em outubro, apenas para retornarem aos níveis anteriores em novembro. Isso ocorreu devido ao aumento temporário nos preços de contrato de etileno, que logo se estabilizaram novamente no quarto trimestre.
O setor de construção, influenciado por uma temporada excepcionalmente mais longa devido ao clima, viu um impacto moderado nos estoques dos fornecedores. No entanto, a demanda sazonalmente mais lenta e o acúmulo de inventário impediram aumentos mais significativos, mantendo os preços moderados até o final de 2016.
PET: Uma Tendência Ascendente
O PET foi uma das resinas que mostraram um movimento ascendente nos preços no final de 2016, impulsionados por custos crescentes de suas matérias-primas, como PTA, MEG e PX, atrelados a um crescente preço do petróleo e do gás natural.
Outro fator impulsionador foi a importação, cujos preços médios subiram consideravelmente, contribuindo para o aumento geral. A expectativa para 2017 incluía a entrada no mercado de uma nova planta da M&G Chemicals, que poderia influenciar a disponibilidade e equilíbrio de preços de PET nos Estados Unidos.
ABS e PC: Análise dos Preços
Em contraste com outras resinas, o ABS apresentou um leve aumento de preços, variando de estável a um acréscimo de 3¢/lb. A demanda crescente na Ásia levou a uma elevação nos preços das importações, permitindo que fornecedores domésticos ajustassem suas margens.
Já o policarbonato apresentou um quadro de estabilidade na precificação ao longo do quarto trimestre. O aumento da capacidade na Ásia reduziu a demanda de exportação dos Estados Unidos, resultando em um aumento nos estoques de fornecedores e mantendo os preços estáveis até o início do novo ano.
Nylon 6 e Nylon 66: Tendências Contrapostas
A situação do nylon 6 foi um pouco inesperada, com esforços de fornecedores para elevar os preços apesar dos custos decrescentes de benzeno e caprolactama. Notou-se um suprimento apertado no mercado interno devido ao fechamento de plantas, forçando um potencial aumento no preço.
Por outro lado, o nylon 66 terminou o ano com preços inalterados, resultado dos custos baixos de matérias-primas e competição acirrada por participação de mercado nas negociações de 2017. A demanda permaneceu estável, particularmente no setor automotivo, refletindo um desempenho paralelo ao ano de 2015.
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Última atualização em 4 de dezembro de 2024