Entendendo o Cenário dos Preços do Polipropileno
No final de abril, observamos uma queda nos preços pontuais do polipropileno (PP), com uma oferta de produtos fora de especificação diminuindo e uma concentração de disponibilidade nos graus de homopolímero de médio alcance. Esta movimentação no mercado foi marcada por uma alta volatilidade, o que potencialmente resultou em transações de menor volume, conforme observado por Greenberg.
A volatilidade no mercado muitas vezes cria uma série de incertezas, gerando um cenário de risco. Tal cenário conduz a uma atitude mais cautelosa entre os compradores, que preferem aguardar condições mais estáveis. Assim, ao analisar este comportamento, percebe-se que as transações acabam se concentrando em categorias específicas, deixando espaço para boas oportunidades para quem pode ousar um pouco mais.
Desafios na Demanda dos Processadores
Greenberg e Newell observaram que, apesar das oportunidades de compra com grandes descontos no mercado, a demanda dos processadores continuava “cautelosa”. Um ponto crucial aqui foi o aumento expressivo de preço no primeiro trimestre, que totalizou pouco mais de 20¢/lb, impactando negativamente a demanda por resinas.
A capacidade dos processadores de repassar esse aumento de custo para seus clientes finais e, ao mesmo tempo, manter a lucratividade foi colocada em questão. Esse fenômeno criou uma espécie de batalha silenciosa, na qual cada player do mercado tenta ajustar suas margens, procurando um equilíbrio entre custo de aquisição e preço de venda.
Expectativa de Recuperação
A previsão para o mês passado era de uma recuperação na demanda por polipropileno, depois de um abril bastante silencioso. Muitos compradores retardaram suas compras, esperando preços mais baixos, criando, assim, uma demanda reprimida que deveria se manifestar assim que os preços caíssem.
A questão, então, não é apenas quando essa demanda irá ressurgir, mas até que ponto ela refletirá uma necessidade real versus uma mera reposição de estoque. Newell estimou que as taxas de operação das plantas de PP no primeiro trimestre estavam por volta de 93%, o que representou um aumento em comparação à média de 2016.
O Declínio dos Preços do Poliestireno
Após uma alta acentuada de 19¢/lb no primeiro trimestre, os preços do poliestireno (PS) experimentaram queda de 5¢/lb em abril. Ainda que um fornecedor tenha anunciado uma redução de 2¢/lb para maio, espera-se que os preços continuem caindo, conforme indicado por Kallman, da RTi.
Essa tendência de queda é sustentada por uma disponibilidade de PS pontual que aparenta ser suficiente para cobrir a demanda prevista, além de um excedente de PS cristal fora de especificação. Esta queda nos preços ilustra como os fornecedores precisam ajustar suas margens de lucro substanciais acumuladas no primeiro trimestre para evitar a destruição da demanda.
Impacto das Flutuações nos Contratos de Benzeno
Os contratos de benzeno para maio caíram entre 1-3¢/gal em relação a abril, com ofertas futuras quase abaixo de $2.60/gal. Este movimento é um indicativo de um ajuste que vem sendo necessário para atender à realidade do mercado global.
Para além dos números, tal ajuste é uma dança delicada de números e expectativas — uma sinfonia financeira onde cada nota precisa ser tocada no momento certo para não desafinar a procura do produto. O desafio é garantir que cada mudança de preço reflita na prática um movimento em direção ao equilíbrio do mercado.
Mudanças nos Preços do PVC
Os preços do PVC subiram 2¢/lb em março, mantiveram-se estáveis em abril, e maio trouxe potencial para uma redução, conforme sugerido por Kallman, da RTi. A expectativa era de que os preços caíssem entre 1-3¢ na linha do tempo de maio a junho, impulsionados por custos de matérias-primas e preços de exportação mais baixos.
Importante ressaltar que o preço do contrato de etileno, que foi liquidado tardiamente em março, caiu 5,75¢/lb. Embora houvesse potencial para um aumento de 1-2¢/lb em abril devido a interrupções não previstas na produção, a melhoria no fornecimento de etileno sugere uma tendência descendente nos preços do monômero de cloreto de vinila daqui para frente.
Influências Externas e Projeções para o Futuro
A demanda de exportação de PVC relativamente desanimada levou fornecedores a reduzirem preços em 4¢/lb em abril. Com o início dos mercados sazonais de construção, esperava-se um aumento na demanda por PVC, mas a real força dessa demanda ainda estava sob análise.
Dentro desse contexto, a recuperação da demanda não é apenas um reflexo da necessidade local, mas também uma resposta aos movimentos econômicos globais, rebatendo como ondas num lago calmo, originando novas oportunidades e desafios.
Queda nos Preços do PET
Os preços domésticos do PET grado garrafa, do tipo prime, em abril ficaram em média a 56.5¢/lb, uma queda de 3.5¢/lb desde março, conforme o relatório diário de PET da PCW. Este preço se refere a negócios em Chicago com entrega inclusa, e no início de maio, permaneceu estável em 56.5¢/lb.
Preços de PET prime importado com IV de 78 dl/g ou mais alto também caíram em abril, com média de 56¢/lb, uma redução de 1.6¢ em relação a março. Tal movimento demonstra as forças do mercado atuando em um cenário global que requer constante ajuste e adaptação.
Desafios e Complicações no Projeto “Jumbo”
A planta de PET, a maior do mundo em construção pela M&G em Corpus Christi, Texas, enfrenta reivindicações legais superiores a $100 milhões de várias empresas envolvidas no projeto. Apesar das dificuldades, a M&G afirmou que tais reivindicações não afetariam o cronograma de início do projeto marcado para o meio do ano.
No entanto, fontes de mercado próximas ao projeto foram avisadas para esperar um início operacional não antes do quarto trimestre. A DAK Americas LLC possui direitos de contrato de fornecimento para cerca de 1.1 bilhão de lb da capacidade planejada do Jumbo, que está entre 2.4 e 2.8 bilhões de lb.
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Última atualização em 26 de outubro de 2024