Cenário Atual dos Preços de Resinas
Os preços de resinas como polietileno (PE), polipropileno (PP), poliestireno (PS) e cloreto de polivinila (PVC) terminaram o ano com uma tendência de “soft landing”, caracterizada por quedas moderadas em seus valores. Durante o mês anterior, os preços sofreram um novo declínio, afetados por uma combinação de fatores como demanda interna fraca e incertezas no mercado global. Consultores do setor, como os da Resin Technology, Inc. (RTi), apontam que a erosão dos preços dos principais insumos químicos também contribuiu para essa situação.
Esse ambiente desafiador se reflete na flutuação dos preços das resinas, onde a dinâmica de oferta e demanda se mostrou fundamental. A queda nos preços dos insumos influenciou diretamente o custo de produção, enquanto a demanda regular não conseguiu acompanhar os níveis esperados, resultando em um mercado cauteloso e repleto de incertezas para os próximos meses.
Queda nos Preços do Polietileno
Os preços do polietileno caíram 3 cents por libra em outubro, mesmo com tentativas de aumento de preços que estavam em pauta. O aumento de 5 cents que deveria entrar em vigor em 1º de novembro foi adiado, e um novo aumento de 6 cents foi programado para o HDPE em 1º de dezembro. De fato, as condições do mercado mostraram um potencial de queda ainda mais acentuada, com uma projeção de queda adicional de cerca de 5 cents por libra devido à demanda interna decepcionante e exportações estagnadas desde setembro.
No entanto, esse cenário foi parcialmente interrompido pela alta nos preços de insumos, com a cotação do etano (gás natural) aumentando 14 cents por galão devido a problemas em dutos e uma demanda robusta. Embora o preço do etileno, derivado do etano, não tenha acompanhado essa escalada, o preço de mercado subiu temporariamente para 52,25 cents por libra antes de cair novamente para 48 cents no início do mês passado, resultando em um aumento significativo nos custos de produção.
Perspectivas para o Polipropileno
A situação do polipropileno foi igualmente difícil, com uma queda acentuada de 14 cents por libra, refletindo os contratos de outubro para o monômero de propileno. Nesse contexto, as negociações dos contratos de novembro estavam sendo ajustadas para um valor 6 cents mais baixo, indicando a continuidade da pressão sobre os preços do PP. As previsões atuais sugerem que o mercado pode ter atingido um ponto baixo geral, onde é esperado um comportamento lateral nos preços, com uma possível variação de apenas 1 a 2 cents por libra neste mês.
Enquanto isso, a movimentação de inventários excessivos a preços variados também foi uma característica marcante, com várias operações em grande volume sendo registradas. Apesar das ofertas atraentes, a verdadeira demanda tornou-se uma preocupação, pois muitos processadores estavam incertos sobre suas futuras ordens de produtos. A interseção de baixos preços com uma cautela generalizada marcou este cenário, empurrando alguns compradores a capitalizar sobre as oportunidades disponíveis.
O Quadro do Poliestireno
Os preços do poliestireno também seguiram uma trajetória de queda, com uma diminuição contínua através de outubro e novembro. Essa queda foi impulsionada pela baixa nos preços dos insumos e pela demanda modesta. O preço do GPPS caiu em média 3 cents por libra em setembro, seguido por uma nova queda entre 4 e 6 cents no mês seguinte, enquanto os preços do HIPS caíram entre 6 e 8 cents.
A diminuição nos custos dos insumos chave teve um efeito direto, reduzindo o custo médio de fabricação do GPPS em 13 cents por libra, enquanto os custos para HIPS recuaram 17,5 cents por libra. Este fator foi crucial, já que o valor premium de HIPS encolheu significativamente. O baixo custo de borracha de butadieno e a competição acirrada entre os fornecedores ajudaram a manter a pressão sobre os preços em um cenário de demanda morna.
Desempenho do PVC e os Fatores Contribuintes
O cloreto de polivinila (PVC) registrou uma leve queda de 1 cent por libra em outubro, com perspectivas para uma nova baixa de 1 cent até o final de novembro. A contínua diminuição nos preços dos insumos, juntamente com a diminuição na demanda doméstica, exerceu pressão significativa sobre os preços do PVC. Os insumos básicos (etileno e cloro) para a produção estão apresentando quedas constantes, enquanto as taxas de operação das plantas de resina caíram para 83%, sinalizando um esforço dos fornecedores para resistir às diminuições de preço.
As condições de mercado se agravaram ainda mais pela redução na demanda, com as taxas de utilização caindo para 78%. Um excesso de inventário foi identificado, com um acúmulo adicional de 72 milhões de libras, aumentando a pressão sobre os preços dos fornecedores à medida que tentam encontrar um equilíbrio entre produção e demanda em um cenário econômico global incerto.
Expectativas para o Futuro das Resinas
Para os próximos 30 a 60 dias, a expectativa é que os preços das resinas continuem a refletir a fragilidade do mercado, especialmente em função das condições de demanda e dos custos dos insumos. A RTi sugere que, caso as condições atuais se mantenham, com uma demanda doméstica ainda fraca, pode haver espaço para quedas adicionais nos preços, especialmente se o mercado de exportação permanecer inalterado. Portanto, a recomendação é que as compras sejam feitas de acordo com a necessidade, de forma estratégica.
Ao se aproximar do final do ano, as vendas e negociações devem intensificar-se, com uma variedade de opções disponíveis para compradores visando maximizar a eficiência de custos e atender à demanda. O gerenciamento cuidadoso dos estoques e a monitorização contínua dos preços dos insumos se tornam componentes indispensáveis para a tomada de decisões informadas que possam mitigar riscos no próximo ano.
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Última atualização em 25 de abril de 2025
