Se você gosta de lutar com pegadas de carbono…
No mundo industrial, a luta contra as pegadas de carbono se torna mais crítica a cada dia. Com a ampla consciência sobre as mudanças climáticas e a necessidade de uma produção mais sustentável, a análise e a mitigação das emissões de carbono tornaram-se prioridades para muitos setores, especialmente na fabricação de plásticos.
Recentemente, grandes nomes como Arburg e Haidlmair deram um passo à frente ao calcular com precisão as emissões de carbono associadas a suas operações e produtos. Este artigo examinará as complexidades e os desafios de medir a pegada de carbono, a importância da transparência nas emissões e o papel vital das máquinas que utilizamos na produção.
A complexidade do cálculo das pegadas de carbono
Calcular a pegada de carbono não é uma tarefa simples e envolve uma série de fatores e variáveis. Para empresas que operam em larga escala, como uma planta de produção ou um projeto específico de produto, as emissões podem se desdobrar em diferentes níveis, desde as práticas de extração das matérias-primas até a disposição final.
Dr. Robin Kent, consultor e autor de Sustainability Management in Plastics Processing, destaca que a pegada de carbono de uma planta é muitas vezes afetada por emissões diretas e indiretas, incluindo aquelas das máquinas usadas para fabricar produtos. Embora o foco tenha sido frequentemente nas emissões sobre as quais a empresa tem controle direto, a real extensão das emissões requer uma visão mais ampla e rigorosa, abrangendo todos os elos da cadeia de valor.
A pegada de carbono das máquinas de injeção
As máquinas de injeção, que desempenham um papel crucial na produção de plásticos, são responsáveis por uma parte significativa das emissões de carbono. Arburg, uma das líderes no setor, utilizou a ISO TS 1467-2018 para calcular a pegada de carbono de suas máquinas. Esta abordagem não só considera o consumo de energia nas operações de construção da máquina, mas também a energia incorporada nas aproximadamente 11.000 peças que as compõem, abrangendo diferentes categorias de materiais.
Um ponto importante que Arburg destaca é que a pegada de carbono associada à fabricação de uma prensa de injeção é insignificante em comparação com as emissões geradas ao longo da vida útil da máquina. Isso ressalta a necessidade de um cálculo robusto e abrangente da pegada de carbono, que não deve ignorar o impacto das máquinas utilizadas após a compra.
Inovações na medição da pegada de carbono
A Haidlmair, uma empresa de moldes da Áustria, também entrou na corrida, oferecendo uma solução que possibilita calcular a pegada de carbono específica de cada molde que fabrica. Isso inclui uma análise detalhada do aço utilizado, das operações de usinagem realizadas e do transporte tanto dos componentes quanto dos moldes acabados.
Esses avanços significam um aumento na responsabilidade e na transparência, permitindo que os clientes entendam melhor as emissões associadas aos produtos que estão adquirindo. Identificar e reportar a pegada de carbono pode também ser uma vantagem competitiva. Isso demonstra um compromisso com a sustentabilidade e uma disposição para explorar reduzindo as emissões nas várias etapas de produção.
Desafios na contabilização das emissões de Escopo 3
Emissões conhecidas como Escopo 3 abrangem aquelas que ocorrem ao longo de toda a cadeia de suprimentos, incluindo a fabricação de produtos e seu transporte. Isso apresenta novos desafios para as empresas, uma vez que não apenas consideram suas operações diretas, mas também a origem e o processo de produção das matérias-primas e componentes adquiridos.
Você pode se perguntar: o que acontece se uma empresa se mudar para um edifício existente? Na verdade, melhorias e modificações em uma estrutura antiga podem gerar novas emissões, refletindo nas cálculos do escopo 3. A complexidade da contabilização das emissões é um reflexo da necessidade de empresas adotarem uma abordagem rigorosa e orientada para dados, essencial para evitar contagens duplicadas e garantir relatórios precisos.
Por que as máquinas de plástico são a melhor escolha?
Um ponto de discussão que many companies estão começando a considerar é onde a fabricação de plásticos se encaixa em um mundo que busca reduzir as emissões de carbono. Em uma comparação direta entre a produção de plásticos e a fabricação de papel, vidro e aço, muitos estudos sugerem que os plásticos têm uma pegada de carbono menor, especialmente quando analisadas as máquinas utilizadas, o espaço de fábrica necessário e a energia incorporada na produção.
A certa altura, é vital que a indústria do plástico aplique e partilhe seus resultados de forma transparente. A análise de carbono não deve ser um fardo, mas sim uma oportunidade de se destacar em um setor onde a eficiência energética e a responsabilidade ambiental estão se tornando cada vez mais valorizadas.
Práticas recomendadas para uma produção sustentável
Para empresas que buscam melhorar sua eficiência e reduzir sua pegada de carbono, existe uma gama de práticas recomendadas que podem ser implementadas. A primeira etapa é realizar uma auditoria energética completa, que oferece uma análise granular do consumo de energia e das emissões em cada estágio da produção.
Além disso, investir em maquinário e tecnologias que sejam otimizados para eficiência energética pode proporcionar não apenas uma diminuição nas emissões de carbono, mas também uma redução nos custos operacionais a longo prazo. Ferramentas como softwares de monitoramento e otimização de processos podem ajudar a identificar áreas onde melhorias podem ser feitas.
Este artigo examina as últimas iniciativas para mensurar as emissões de carbono em processos de fabricação de plásticos, destacando os esforços inovadores de empresas como Arburg e Haidlmair, e discute como superar os desafios da contabilidade de emissões de Escopo 3 em busca de uma produção mais sustentável.
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Última atualização em 23 de fevereiro de 2025
