Com a crescente demanda por soluções sustentáveis, o polietileno verde, fabricado a partir de etanol da cana-de-açúcar, tem ganhado destaque no cenário industrial como uma alternativa ao polietileno convencional.
Nesse artigo, você poderá conhecer melhor a origem desse biopolímero, bem como suas características, setores em que ele é utilizado e principais aplicações. Além de explorar as vantagens ambientais, trouxemos alguns apontamentos sobre os desafios associados ao seu uso e as diferenças fundamentais entre o polietileno verde e o convencional.
Esperamos que esse conteúdo ofereça uma visão completa e informativa sobre o potencial desse polietileno. Boa leitura e aproveite!
O que é o polietileno verde?
Trata-se de uma resina termoplástica que possui as mesmas propriedades do polietileno convencional, diferenciando-se apenas quanto a sua origem, que tem como base uma alternativa sustentável.
Ao contrário do polietileno tradicional que é produzido a partir do petróleo, o polietileno verde é obtido por meio da cana-de-açúcar. Portanto, o polietileno verde, também chamado de plástico verde, consiste em um bioplástico.
Como ele é produzido?
Antes de explicarmos como ele é produzido, é interessante apresentar a produção do polietileno convencional para efeito de comparação com essa inovação sustentável.
A produção do polietileno convencional tem início nas refinarias de petróleo com o processo de destilação fracionada do petróleo bruto e produção de frações, como a nafta e gás natural. Depois, essas frações são submetidas ao processo de craqueamento para que moléculas de hidrocarbonetos maiores sejam quebradas em moléculas menores.
Vantagens do polietileno verde
Uma das grandes vantagens é que, mesmo quando o polietileno verde é incinerado ao final de seu ciclo de vida, ele permanece neutro em relação ao CO₂. A quantidade de dióxido de carbono liberada é equivalente à que a planta havia absorvido durante seu crescimento.
Logo, sua incineração não adiciona dióxido de carbono extra à atmosfera, mantendo um equilíbrio positivo de carbono. Isso é um grande ponto a favor em tempos em que a preocupação com a mudança climática é cada vez mais urgente.
Propriedades do polietileno verde
Como mencionado, o polietileno verde é quimicamente idêntico ao de origem petroquímica. Ou seja, apresenta a mesma estrutura molecular do polietileno convencional (C₂H₄)n, incluindo, portanto, propriedades como resistência mecânica, durabilidade e versatilidade.
Essas características tornam o polietileno verde uma escolha atraente para as empresas que buscam soluções mais sustentáveis sem abrir mão da qualidade do produto final. Se você estava se perguntando se é possível ser ecológico e eficaz ao mesmo tempo, aqui está a prova de que sim!
Aplicações e setores que utilizam o polietileno verde
Devido às suas propriedades semelhantes ao polietileno convencional, o polietileno verde pode ser processado nas máquinas industriais de transformação convencionais, sem necessidade de ajustes no processo produtivo. Essa compatibilidade representa uma vantagem significativa.
Ademais, o plástico verde é amplamente utilizado em uma gama de aplicações nos mais diferentes setores, incluindo embalagens, bens de consumo, agronegócio e até o setor automotivo. Isso mostra o quanto ele pode se integrar aos mais diversos processos industriais.
Diferenças entre o polietileno verde e o polietileno convencional
A diferença entre eles, como discutido anteriormente, não se dá nas propriedades e aplicações, que são as mesmas, mas sim em sua origem. O polietileno verde é produzido a partir de uma fonte renovável, enquanto o polietileno convencional é feito a partir de petróleo, uma fonte não-renovável.
Por isso, ao escolher o polietileno verde, as empresas estão não apenas acompanhando as tendências sustentáveis, mas também contribuindo ativamente para a preservação do nosso planeta. O que poderia ser melhor do que isso?
Desafios e futuro do polietileno verde
Apesar das vantagens, a produção do polietileno verde enfrenta desafios, sendo o principal deles o custo, que tende a ser mais elevado que o do polietileno tradicional. Isso pode ser um obstáculo para diversas indústrias que estão em busca de alternativas sustentáveis.
Outro ponto importante é a necessidade de grande disponibilidade de terras para o plantio da cana-de-açúcar, o que pode repercutir na produção de alimentos e gerar tensões no setor agrícola. Contudo, iniciativas como a da Braskem, líder na produção do polietileno verde no Brasil, mostram que é possível almejar um futuro mais sustentável.
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Última atualização em 28 de novembro de 2024