Taxas positivas sinalizam melhorias para indústria

A alta das taxas em maio ficou próxima da estabilidade em relação a abril, mas a propagação de taxas positivas sugere que o setor está melhorando. Isso porque, segundo o IBGE, a produção industrial aumentou 0,3% em maio ante abril, com crescimento em 19 dos 25 ramos industriais e três dos quatro grupos econômicos.

Para André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), esse é um resultado muito próximo da estabilidade, que sequer repõe a perda do mês passado [-0,6%], mas traz sinalizações positivas. 

Ele afirma: “A gente volta para o campo positivo e chama atenção o perfil mais disseminado das taxas positivas, em 19 dos 25 ramos industriais. Mais do que o resultado positivo, o fato de o resultado ter sido mais espalhado traz algum tipo de alento para a atividade industrial”.

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A princípio, o número de atividades em alta foi o mais alto desde setembro de 2020, quando foram 23 dos 25 ramos industriais em alta.

Assim, ao comentar o desempenho da indústria do mês, Macedo ponderou que a melhora ocorre a despeito de a indústria ainda se encontrar em patamar 1,5% abaixo do pré-pandemia e 18,1% abaixo de maio de 2011.

Conforme o gerente, mesmo com a melhora de maio, está abaixo do patamar pré-pandemia e permanece distante do patamar recorde da série histórica. “Tem um espaço importante a ser recuperado. Mas fato é que, com a entrada de maio, tem uma melhora do panorama”, afirma.

taxas positivas

Resultado positivo é derivado da desaceleração inflacionária

Sobretudo, estas taxas mais positivas da indústria ocorreram em um contexto, de acordo com Macedo, de alguma melhora na conjuntura econômica. Isto é, com destaque para a desaceleração da inflação e o melhor momento do mercado de trabalho.

Ele pondera: “A gente tem alguns graus de melhora em conjuntura. Uma inflação mais controlada, o que pode ser bom para o consumo das famílias. Têm algum grau de melhora na inflação e no mercado de trabalho, embora com taxa de informalidade elevada e um contingente grande de desempregados. Mas tem melhora tanto no Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados] quanto na Pnad [Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios]”.

No entanto, fatores macroeconômicos que contribuem negativamente, permanecem: taxa de juros elevada, com consequências para endividamento e inadimplência.

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Última atualização em 14 de julho de 2023

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