Reeleição unânime de João Martins na CNA até 2029 reforça estabilidade, defesa do produtor e competitividade do agro

Reeleição unânime de João Martins na CNA até 2029 reforça estabilidade, defesa do produtor e competitividade do agro

João Martins foi reeleito, por unanimidade, para comandar a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no quadriênio 2025-2029. A decisão foi tomada em 7 de outubro de 2025, uma terça-feira, na sede da entidade, em Brasília, com o voto favorável das 27 Federações Estaduais de Agricultura e Pecuária. O resultado consolida a continuidade de uma gestão que ampliou a assistência técnica no campo e reorganizou processos internos do Sistema CNA/Senar, segundo a própria confederação.

A eleição também definiu os vice-presidentes que vão integrar a Diretoria Executiva e os membros do Conselho Fiscal para o mesmo período. O pleito foi conduzido por comissão independente e registrou adesão integral das representações estaduais, o que reforça o alinhamento político dentro da estrutura da CNA. Com o novo mandato, a entidade projeta expansão de centros de treinamento e qualificação, além de apoio direto às federações em projetos de assistência técnica, crédito, gestão e acesso a mercados.

Decisão e impacto imediato

A recondução de João Martins garante previsibilidade para o Sistema CNA/Senar no ciclo 2025-2029. Com a manutenção da direção, programas já em execução terão sequência sem mudanças bruscas de rota, especialmente aqueles voltados à assistência técnica, capacitação de produtores e suporte às federações. O consenso entre as 27 Federações evita disputas internas e reduz o risco de interrupção em iniciativas que dependem de planejamento de médio prazo, como a abertura de novas unidades de treinamento e o desenvolvimento de plataformas digitais de atendimento.

Na prática, a permanência de Martins facilita a negociação institucional com órgãos públicos e privados, pois preserva interlocutores e métodos de trabalho já conhecidos pelos parceiros. O ponto central, segundo a confederação, é ampliar a qualidade do serviço prestado ao produtor, com metas claras de alcance de público e indicadores de desempenho. O ambiente de unidade interna, expresso pela votação unânime, tende a acelerar deliberações administrativas e a aprovação de projetos que exigem coordenação nacional com execução regional.

Como foi a votação

A eleição ocorreu em 7 de outubro de 2025, em Brasília, com a presença de representantes das 27 Federações Estaduais, que compõem o Conselho de Representantes da CNA. O processo foi conduzido por comissão eleitoral presidida por Tania Zanella, superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), tendo ainda o advogado da União Maximiliano Ferreira Temer e o vice-presidente tesoureiro do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Nilson Leitão. A formação do colegiado buscou assegurar rigor procedimental e transparência dos atos, desde a habilitação da chapa até a proclamação do resultado.

A unanimidade foi registrada em ata, com votos favoráveis de todas as federações. O rito incluiu apresentação da plataforma de gestão, validação documental e verificação de quórum. Sem chapas concorrentes, a votação confirmou a continuidade do projeto defendido por Martins, que prevê expansão da rede de atendimento e de infraestrutura de capacitação. Após a sessão, a comissão divulgou as etapas subsequentes, como a homologação formal do resultado e os prazos para a posse da diretoria eleita a partir de 2025, conforme o estatuto da confederação.

Quem é João Martins

À frente da CNA desde 2015, João Martins é administrador formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e acumula décadas de atuação em entidades de representação do agro. Antes de assumir a confederação, presidiu a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) e o Senar-BA. Também atuou no Sebrae Bahia e na Central de Cooperativas de Leite da Bahia (CCLB), experiência que o aproximou de temas de gestão, qualificação de pequenos e médios produtores e organização de cadeias produtivas regionais.

Na CNA, Martins adotou como prioridade a expansão da assistência técnica e gerencial. A confederação afirma que o programa avançou além das promessas iniciais, com atendimento acumulado que supera a meta anunciada anos atrás. O dirigente costuma defender a importância de equipes multidisciplinares e da padronização de protocolos de atendimento para elevar a produtividade e a renda no campo, com foco em planejamento de safra, análise de custos e acesso a ferramentas de gestão.

Assistência técnica: resultados e novas metas

Ao longo da gestão, a CNA relata que a rede de assistência técnica e gerencial alcançou patamares superiores aos previstos quando o programa foi concebido. A meta anunciada era chegar a cerca de 400 mil novos produtores assistidos; hoje, segundo a entidade, o número acumulado está próximo de 480 mil pequenos produtores atendidos. O avanço ocorreu com integração entre as federações estaduais, que passaram a operar metodologias padronizadas, relatórios de campo e indicadores comparáveis de desempenho, permitindo correções de rota e alocação mais eficiente de recursos.

Para o próximo ciclo, a prioridade é consolidar ganhos e ampliar capilaridade. A estratégia inclui abrir novos pontos de atendimento vinculados aos sindicatos rurais, reforçar equipes técnicas itinerantes e intensificar cursos práticos com foco em gestão de custos, qualidade, certificações privadas e comercialização. Outro eixo é a integração com programas de crédito e seguro, de forma que o produtor que recebe orientação técnica tenha acesso a linhas compatíveis com seu perfil e com seu plano de investimento. A CNA também pretende fortalecer o monitoramento de resultados por meio de painéis com dados atualizados e métricas de produtividade, renda e permanência no programa.

Sistema CNA/Senar: modernização e serviços ao produtor

A direção reeleita promete ampliar a modernização do Sistema CNA/Senar, que já vinha passando por atualização de processos internos, digitalização de cadastros e adoção de ferramentas de gestão. Segundo a confederação, a padronização de fluxos encurtou prazos de atendimento e facilitou a análise de indicadores de campo, o que ajuda a identificar gargalos e priorizar regiões que precisam de reforço técnico. A integração entre CNA, federações e sindicatos rurais continuará como pilar para levar cursos, consultorias e informações a municípios com menor acesso a serviços especializados.

No plano de trabalho apresentado às federações, constam medidas para ampliar centros de treinamento e laboratórios didáticos voltados a práticas de gestão, qualidade, sanidade animal e vegetal, mecanização e uso de ferramentas digitais. A intenção é formar turmas contínuas com conteúdos de curta e média duração, que possam ser aplicados imediatamente nas propriedades. O Sistema também deve aprofundar parcerias com instituições de ensino e pesquisa para desenvolver materiais didáticos, além de atualizar trilhas formativas que combinam aulas presenciais e recursos online.

Diretoria eleita e Conselho Fiscal: composição e atribuições

Além da recondução do presidente, o Conselho de Representantes elegeu seis vice-presidentes para compor a Diretoria Executiva e seis integrantes do Conselho Fiscal, sendo três titulares e três suplentes, para o período 2025-2029. A composição equilibra representações regionais e perfis técnicos, de forma a refletir a diversidade produtiva do país. As responsabilidades incluem acompanhar a execução do plano de trabalho, aprovar orçamentos, revisar metas e avaliar relatórios periódicos de desempenho, tanto administrativos quanto operacionais.

Os vice-presidentes terão papel ativo em frentes temáticas ligadas à assistência técnica, qualificação, gestão, mercados e articulação institucional. Já o Conselho Fiscal ficará encarregado de examinar contas, contratos e conformidade com regras internas. A estrutura atual prevê reuniões ordinárias e extraordinárias para acompanhamento do cronograma e deliberação de medidas corretivas quando necessário. A CNA informa que a nominata completa e as atribuições específicas serão detalhadas às federações e aos sindicatos rurais após a homologação final do resultado eleitoral.

  • Diretoria Executiva: presidência e seis vice-presidências, com coordenação de eixos estratégicos.
  • Conselho Fiscal: três membros titulares e três suplentes, com mandatos alinhados ao quadriênio.
  • Comissões temáticas: apoio técnico à Diretoria em pautas específicas e acompanhamento de metas.

Agenda 2025-2029: prioridades anunciadas às federações

No discurso após a votação, Martins agradeceu o apoio das federações e defendeu continuidade com ajustes finos em metas e métodos de acompanhamento. As prioridades passam por ampliar a rede de centros de treinamento, reforçar a assistência técnica e aperfeiçoar processos de gestão. A ideia é transformar aprendizados de campo em protocolos replicáveis, com resultados comparáveis entre regiões. A CNA também pretende intensificar o intercâmbio de boas práticas entre federações, para acelerar a adoção de soluções que comprovaram ganhos de produtividade e eficiência administrativa.

Outro ponto destacado foi o apoio às federações estaduais em projetos que exigem escala, como plataformas de atendimento ao produtor, sistemas de análise de dados e treinamentos padronizados. O plano é criar turmas com calendário contínuo, facilitando o ingresso de novas propriedades a cada trimestre e garantindo acompanhamento regular. A entidade também prevê continuar defendendo simplificação de procedimentos que afetam o cotidiano do produtor, com foco em custos de conformidade, prazos e previsibilidade regulatória, temas que costumam ter efeito direto no planejamento de safras e no caixa das empresas rurais.

  • Expandir centros de treinamento e aumentar a oferta de cursos práticos.
  • Aprimorar a integração entre assistência técnica, crédito e seguro.
  • Fortalecer sistemas de informação para monitorar indicadores de campo.
  • Simplificar rotinas administrativas que impactam a produção e a comercialização.

Como funciona a eleição na CNA e o papel do Conselho de Representantes

A CNA é presidida por dirigente eleito pelo Conselho de Representantes, que reúne as 27 Federações Estaduais de Agricultura e Pecuária. O estatuto define mandatos de quatro anos e estabelece prazos, ritos e condições para inscrição de chapas, verificação de documentos e realização da votação. A comissão eleitoral designada para cada pleito atua na organização do processo, na condução da sessão e na proclamação do resultado, com registro formal em ata. No pleito de 7 de outubro de 2025, a comissão foi presidida por Tania Zanella e integrada por Maximiliano Ferreira Temer e Nilson Leitão.

O Conselho de Representantes tem ainda a função de aprovar orçamentos e relatórios e de definir diretrizes gerais de atuação. Na prática, a votação unânime indica alinhamento entre as federações sobre a estratégia para os próximos quatro anos. A partir da homologação, a confederação organiza o calendário de posse e os primeiros atos administrativos da diretoria reeleita, como a aprovação do plano de trabalho e a nomeação de responsáveis por áreas estratégicas. Esse arranjo busca garantir governança com supervisão colegiada e execução descentralizada em parceria com as federações e os sindicatos rurais.

Credenciamento, posse e cronograma administrativo do novo mandato

Com o resultado definido em 7 de outubro de 2025, a CNA segue para os atos de homologação, comunicação às federações e organização da posse no início do ciclo 2025-2029. O cronograma inclui a definição do calendário de reuniões da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal, a validação de metas para o primeiro ano e a atualização de indicadores que medem o alcance da assistência técnica e da capacitação. A transição entre exercícios é considerada uma etapa sensível, porque envolve fechamento de contratos em vigor e abertura de novos editais e turmas de treinamento.

Nos primeiros meses do novo ciclo, a diretoria deve concentrar esforços na programação de cursos, na distribuição de equipes técnicas e na consolidação do orçamento. A confederação destaca que a execução depende da coordenação com as federações estaduais, responsáveis por adaptar as ações à realidade local. A orientação geral é priorizar frentes com impacto rápido e mensurável para o produtor, sem perder de vista projetos estruturantes que demandam mais tempo. O alinhamento entre as instâncias de governança e as áreas técnicas será monitorado por relatórios periódicos.

O que muda para produtores: serviços, prazos e atendimento no campo

Para o produtor rural, a continuidade na presidência tende a trazer estabilidade nos serviços oferecidos pelo Sistema CNA/Senar. Na assistência técnica, a expectativa é ampliar o número de propriedades atendidas por equipes multidisciplinares, com visitas programadas e relatórios de acompanhamento. Em capacitação, a agenda de cursos deve crescer, com conteúdos voltados a gestão, qualidade, rastreabilidade privada, comercialização e planejamento de safra. A confederação também trabalha para facilitar o acesso a informações e a serviços por meio de canais digitais, além de reforçar a presença em municípios com menor oferta de consultoria especializada.

A CNA orienta que produtores interessados em atendimento busquem o sindicato rural local ou a federação estadual para conhecer projetos em andamento e vagas disponíveis em programas de assistência e cursos. A ordem é priorizar casos com maior potencial de ganho de eficiência e replicabilidade, para que os aprendizados se convertam em protocolos aplicáveis a diferentes regiões. A entidade também recomenda que os produtores mantenham dados atualizados, como cadastro, área produtiva e histórico de safras, facilitando a elaboração de diagnósticos e o acompanhamento de indicadores.

Capacitação: centros de treinamento e trilhas formativas por etapa de produção

Um dos pilares do novo mandato é a ampliação de centros de treinamento e a oferta de trilhas formativas alinhadas às etapas do ciclo produtivo. A proposta é organizar conteúdos em módulos que combinem teoria e prática, com aplicação imediata na propriedade. Entre os temas previstos estão gestão de custos, controle de qualidade, sanidade animal e vegetal, planejamento de plantio e colheita, mecanização, armazenagem, segurança no trabalho, rastreabilidade privada e negociação com compradores. Os cursos visam padronizar procedimentos e reduzir erros operacionais que comprometem produtividade e renda.

A rede de centros deverá operar com calendário contínuo e vagas distribuídas entre iniciantes e produtores em nível intermediário ou avançado. A CNA planeja combinar turmas presenciais com conteúdos digitais, para ampliar o alcance e permitir revisões quando necessário. A medição de resultados inclui taxa de conclusão de cursos, aplicação prática dos procedimentos aprendidos e evolução de indicadores de produtividade. A integração com a assistência técnica é parte do desenho: técnicos de campo acompanham a implementação das recomendações e registram evidências de melhoria, o que alimenta relatórios consolidados por região e por cadeia produtiva.

Gestão de custos, crédito e seguro: ferramentas para planejamento de safra

A CNA defende que a assistência técnica caminhe junto com ferramentas de planejamento financeiro. A orientação ao produtor inclui montar planilhas de custos por talhão, comparar fornecedores, definir metas de produtividade, avaliar margens e simular cenários para compra de insumos e contratação de serviços. Quando a propriedade adota rotinas de registro e análise, o técnico consegue apontar gargalos de forma objetiva e propor mudanças no momento certo. Esse trabalho facilita o acesso ao crédito, porque organiza informações que os agentes financeiros exigem, como fluxo de caixa, garantias e cronograma de pagamento atrelado às fases da produção.

No caso do seguro, a orientação é compatibilizar apólices com o perfil de risco de cada atividade e com o calendário produtivo. A recomendação é revisar coberturas, franquias e limites, além de integrar o seguro ao plano de crédito e aos prazos de colheita e comercialização. A confederação incentiva que federações e sindicatos promovam oficinas práticas sobre análise de contratos, de forma que o produtor entenda claramente responsabilidades, prazos e documentos exigidos. O objetivo é reduzir surpresas e custos não previstos ao longo do ciclo de produção.

Organização de cadeias produtivas e acesso a mercados

A agenda do novo mandato também mira a organização das cadeias produtivas com foco em padronização de qualidade, calendários de entrega e previsibilidade de preços. A CNA defende que acordos comerciais entre produtores e compradores estabeleçam métricas objetivas e rotinas de conferência, o que diminui disputas no recebimento e encurta prazos de pagamento. Para operações de maior escala, a entidade recomenda planejamento logístico coordenado, com definição de janelas de colheita e expedição, além de estratégias de contratação de frete que evitem picos de custo em períodos de alta demanda por transporte.

Para pequenos e médios, a confederação aposta em iniciativas de agregação de volume por meio de cooperativismo e associações locais, incluindo o uso de centrais de compra e venda. O objetivo é reduzir o custo unitário de insumos, ganhar poder de negociação e ampliar opções de comercialização. A assistência técnica tem papel-chave nesse arranjo, ajudando a padronizar procedimentos e a elaborar contratos com regras claras. A padronização tende a favorecer relações mais estáveis entre produtores e compradores, com ganhos de previsibilidade e planejamento.

Conectividade, dados e ferramentas digitais no dia a dia do campo

A CNA sinaliza que seguirá incentivando o uso de ferramentas digitais para registro de dados, controle de estoques, planejamento de atividades e acompanhamento de indicadores. A digitalização de cadernos de campo e de relatórios técnicos facilita a comparação de resultados entre safras e propriedades, além de acelerar o envio de informações para equipes de apoio. Para áreas com limitações de conectividade, a orientação é usar aplicativos com funcionamento offline e sincronização posterior, garantindo que a coleta de dados não dependa exclusivamente de sinal constante de internet.

A confederação também pretende reforçar a capacitação de técnicos e produtores em temas como leitura de dashboards, interpretação de séries históricas e uso de alertas operacionais. O foco é construir rotinas simples e úteis, que se encaixem no fluxo de trabalho do campo. A padronização de indicadores permite que federações e sindicatos identifiquem rapidamente onde a intervenção técnica gera maiores ganhos, o que orienta a alocação de equipes e de recursos. Com dados organizados, a tomada de decisão se torna mais ágil e auditável.

Papel das federações e dos sindicatos rurais na entrega de resultados

A entrega dos serviços do Sistema CNA/Senar depende da atuação das federações e dos sindicatos rurais, que funcionam como ponte entre os programas nacionais e as demandas locais. Cabe a essas entidades mapear propriedades, organizar turmas, acompanhar visitas de técnicos e registrar resultados. Esse arranjo descentralizado permite adaptar conteúdos e cronogramas a cada região, respeitando diferenças de calendário, infraestrutura e perfil produtivo. A confederação busca consolidar essa rede por meio de manuais, treinamentos e reuniões periódicas, com foco em padronização e melhoria contínua.

No novo ciclo, a orientação é fortalecer canais de comunicação com os produtores e estabelecer metas trimestrais de atendimento, com indicadores de comparecimento a cursos, adoção de práticas recomendadas e evolução de produtividade. Os relatórios serão usados para reconhecer iniciativas com melhores resultados e disseminar procedimentos que funcionaram em campo. A ideia é transformar experiências positivas em modelos replicáveis, reduzindo a curva de aprendizado de regiões que estão começando programas de assistência técnica ou expandindo turmas de capacitação.

Métodos de acompanhamento: o que será medido no próximo ciclo

A CNA pretende aprofundar o uso de indicadores de desempenho para medir a efetividade da assistência técnica e dos cursos. Entre as métricas acompanhadas estão número de propriedades atendidas, frequência de visitas, taxa de conclusão de trilhas formativas, evolução de produtividade e redução de custos operacionais por unidade produzida. A entidade também planeja monitorar a permanência do produtor nos programas e a adoção de recomendações técnicas ao longo do tempo, buscando evidências de ganhos consolidados, e não apenas resultados pontuais logo após o treinamento.

Para garantir comparabilidade entre regiões, os relatórios seguirão formatos padronizados e prazos fixos de envio. Os dados alimentam painéis que ajudam a diretoria e as federações a identificar onde a alocação de equipes gera maior impacto. Nos casos em que os indicadores ficarem abaixo do planejado, a orientação é revisar o método, reforçar a capacitação de técnicos e ajustar conteúdos dos cursos. A melhoria contínua será guiada por evidências coletadas em campo, com espaço para testes controlados de novas abordagens quando necessário.

Relevância institucional e sinais da votação unânime

A unanimidade registrada em 7 de outubro de 2025 é interpretada como sinal de coesão das federações em torno de um projeto de médio prazo. Para o setor, o recado principal é de estabilidade decisória e de continuidade de programas que já mostraram alcance. O consenso reduz a chance de mudanças abruptas na estratégia de assistência e capacitação e facilita a interlocução com parceiros públicos e privados. A governança colegiada, combinada com metas mensuráveis, tende a dar previsibilidade às entregas e a tornar mais transparente o uso de recursos e o acompanhamento de resultados.

No campo político, a eleição sem divergências internas reforça a posição da CNA como interlocutora de produtores em diferentes estados. O ciclo 2025-2029 começa com diretrizes já conhecidas pelas bases, o que acelera a execução de projetos. Para o produtor, a mensagem é objetiva: os serviços que funcionam devem ser ampliados e ajustados, enquanto áreas com desempenho aquém do esperado receberão reforços e mudanças de método. O foco em métricas compartilhadas cria referência comum entre federações, sindicatos e equipes de campo.

O que observar a partir de agora

Os próximos meses serão dedicados a homologação, posse e organização do calendário de 2025. A expectativa é que centros de treinamento ampliem a oferta de cursos e que novas turmas de assistência técnica sejam abertas com entrada contínua. Para produtores, vale consultar o sindicato rural local e a federação estadual para verificar vagas, prazos e documentos necessários. Quanto antes o diagnóstico técnico for elaborado, mais rápido se inicia o acompanhamento e a aplicação de medidas de gestão em cada propriedade.

No nível institucional, a diretoria reeleita vai detalhar metas por trimestre, incluindo indicadores de atendimento, desempenho e qualificação. A execução será acompanhada por relatórios e reuniões periódicas, com espaço para correções de rota. O objetivo declarado é garantir capilaridade, qualidade e previsibilidade nos serviços, preservando a unidade entre as 27 Federações Estaduais. Com a votação unânime de 7 de outubro de 2025, a CNA entra no ciclo 2025-2029 com diretrizes firmadas e um plano de continuidade voltado a resultados práticos no campo.



Última atualização em 14 de outubro de 2025

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