Previsões indicam que as exportações de carne terão um crescimento significativo até o final de 2023.

O crescimento das exportações brasileiras do agronegócio em 2023

A expansão das vendas no setor

No decorrer dos primeiros quatro meses deste ano, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram um valor recorde de US$ 50,6 bilhões. Esse resultado representa um crescimento de 4,3% comparado ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 48,53 bilhões.

A análise realizada pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) revelou que esse crescimento ocorreu tanto devido ao aumento na quantidade exportada (+2,3%), quanto ao índice de preço dos produtos (+1,9%).

A contribuição do milho e da soja em grãos

O crescimento da quantidade exportada de milho (+6,05 milhões de toneladas) e soja em grãos (+1,05 milhão de toneladas) foi o que mais impactou esse resultado positivo.

Em 2023, o agronegócio representou quase metade das vendas externas totais do Brasil, com uma participação de 49%. No ano anterior, a participação do agronegócio na pauta exportadora brasileira foi de 47,7%. Enquanto isso, as exportações totais registraram um crescimento de 1,6%, impulsionadas pelo setor do agronegócio, uma vez que os demais setores apresentaram uma queda de 0,8% no período.

No quadrimestre, as exportações de complexo soja (grão, farelo e óleo), carne de frango e suína, milho, celulose e etanol alcançaram valores recordes.

Resultados de abril

No mês de abril deste ano, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram a marca de US$ 14,7 bilhões. Os setores que mais se destacaram foram a soja em grãos, a carne de frango e a carne suína.

A participação do agronegócio nas exportações totais brasileiras aumentou para 53,9% em abril. Enquanto isso, os demais produtos exportados pelo Brasil registraram um valor de US$ 12,61 bilhões (-10,7%).

Soja em grãos

A soja em grãos registrou exportações de 14,34 milhões de toneladas em abril, representando um aumento de 25,0%. Esse resultado é favorecido pela safra 2022/2023, que tem previsão de produção de 154,81 milhões de toneladas (+23,3%).

De acordo com a análise da SCRI, esse é um dos maiores volumes de soja já exportados pelo Brasil, ficando atrás apenas de três meses específicos ao longo da série histórica (abril de 2020, com 14,85 milhões de toneladas; abril de 2021, com 16,11 milhões de toneladas; e maio de 2022, com 14,97 milhões de toneladas).

No entanto, os preços médios de exportação caíram de US$ 589,03 por tonelada em abril de 2022 para US$ 540,30 por tonelada em abril de 2023 (-8,3%). Essa queda nos preços reflete as expectativas de oferta da oleaginosa nesta safra, que apresenta o maior nível de produção mundial da história. Além disso, destacam-se as boas perspectivas de produção nos Estados Unidos, China, Índia e um recorde histórico no Brasil, mesmo com a forte quebra de safra na Argentina.

Com o expressivo volume exportado, o valor atingiu US$ 7,75 bilhões (+14,6%), estabelecendo um novo recorde mensal das exportações de soja em grão. A China é a principal importadora do Brasil, adquirindo 70% do volume exportado da oleaginosa.

Carnes de frango e suína

Apesar da redução mensal das exportações de carne bovina em abril, as exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango devem ter ganhos importantes ao longo de 2023.

De acordo com a SCRI, as exportações de carne de frango subiram de US$ 801,38 milhões em abril de 2022 para US$ 826,63 milhões em abril de 2023 (+3,2%), com um aumento de 4,7% no volume exportado e uma queda de 1,5% no preço médio de exportação. A China foi responsável pelo aumento das vendas externas de carne de frango, importando 62,7% a mais do Brasil.

Também houve aumento nas vendas de carne suína, com embarques no valor de US$ 249,40 milhões (+30,5%). Houve um aumento na quantidade exportada (+16,4%) e no preço médio de exportação (+12,1%).

A China continua sendo a maior importadora da carne suína brasileira, adquirindo um total de US$ 86,15 milhões.

As carnes de frango e suína produzidas no Brasil se beneficiam da falta de oferta na Ásia, devido a problemas sanitários locais, como a Peste Suína Africana e a Influenza Aviária.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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Última atualização em 23 de agosto de 2023

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