Plástico no agronegócio é usado em irrigação, estufas e silagem

Plástico no agronegócio é usado em irrigação, estufas e silagem

Plástico no Agronegócio

O agronegócio brasileiro tem peso central na economia e na balança comercial. Em fazendas, cooperativas e agroindústrias, decisões do dia a dia passam por uma agenda comum: produzir mais, com controle de custos e padronização de qualidade. Nesse contexto, a plasticultura — o uso de materiais plásticos em etapas do cultivo, da irrigação ao armazenamento — ganhou espaço por entregar previsibilidade de resultados, facilidade de instalação e variedade de aplicações.

Projeções internacionais indicam crescimento consistente do consumo de alimentos nas próximas décadas. Para o Brasil, isso se traduz em oportunidades na lavoura, na pecuária e na horticultura intensiva. A plasticultura ajuda a atender essa demanda com soluções simples e escaláveis: filmes para cobertura de solo, tubulações para irrigação, geomembranas para reservatórios, embalagens técnicas para pós-colheita e sistemas de proteção para forragens, entre outros.

O objetivo deste conteúdo é mostrar, de forma prática, onde o plástico faz diferença no campo, como especificar cada item e quais cuidados observar na instalação e no uso. Ao final, você encontra um material gratuito para aprofundar o tema e uma seção dedicada a tirar dúvidas frequentes.

A importância do uso do plástico no agronegócio

Materiais plásticos estão presentes em cultivos a céu aberto, estufas, pecuária, aquicultura e armazenagem. Eles ajudam a controlar variáveis que afetam diretamente a produtividade: umidade do solo, temperatura, luminosidade, proteção contra chuva de granizo e vento, além da organização de insumos no pós-colheita. A padronização do ambiente de produção reduz perdas e facilita o planejamento de safra e entressafra.

Outro ponto importante é a relação entre investimento e retorno. Muitos itens são de instalação rápida, exigem ferramentas simples e têm vida útil compatível com vários ciclos. Quando bem especificados e mantidos, elevam o índice de aproveitamento de insumos, encurtam operações repetitivas e colaboram para uma colheita mais homogênea.

  • Eficiência operacional: filmes, lonas e tubulações trazem controle do microclima de cultivo e otimizam o manejo de irrigação e cobertura.
  • Gestão de insumos: menor evaporação, menor lixiviação e redução de reentradas em tarefas como capina e reembalagem.
  • Proteção: barreiras físicas contra intempéries, poeira e contaminações durante cultivo, transporte e estocagem.

Principais aplicações do plástico no agronegócio

A versatilidade é a marca dos termoplásticos usados no campo. Polietilenos (PE), polipropileno (PP) e PVC atendem de hidroponia a grandes reservatórios, com espessuras e aditivos pensados para cada condição. A escolha correta considera radiação solar local, amplitude térmica, regime de ventos, tipo de cultura, tempo de uso e modo de instalação.

A seguir, veja onde esses materiais fazem diferença e pontos de atenção para especificar, instalar e manter cada solução. Os exemplos foram organizados para facilitar a tomada de decisão, com parâmetros práticos de campo.

Hidroponia

Na hidroponia, a planta cresce sem solo e recebe nutrientes dissolvidos em água circulante. Tubos, calhas e reservatórios plásticos têm papel central. O PEAD e o PVC são comuns em linhas principais e bancadas, pois suportam pressão e exposição constante à solução nutritiva. Bandejas e canais em PP e PEBD completam o sistema, com boa resistência química e facilidade de limpeza.

O dimensionamento leva em conta vazão, comprimento das bancadas, queda de pressão e facilidade de sanitização. Superfícies lisas e aditivos antiestáticos ajudam a reduzir acúmulo de partículas. Em regiões de alta radiação solar, é recomendável optar por materiais com aditivo anti-UV e, quando aplicável, cor opaca para limitar a incidência de luz nas linhas e diminuir biofilme.

  • Espessura típica de tubos: 1,8 a 4,2 mm, conforme diâmetro e pressão de trabalho.
  • Inclinação recomendada das bancadas: 1% a 3% para favorecer o escoamento.
  • Tampas e conexões com vedação por O-ring facilitam desmontagem e higienização.

Geomembrana

Geomembranas em PEAD são usadas para impermeabilizar reservatórios, canais, tanques de aquicultura e estruturas de dejetos. Elas criam uma barreira contínua e resistente, com soldas termoplásticas que garantem estanqueidade. A escolha da espessura depende do tipo de base, da coluna d’água e do tráfego previsto na borda do reservatório.

Como referência, projetos agrícolas usam faixas entre 0,8 e 2,0 mm. Em canais com trechos sujeitos a fluxo acelerado, vale prever proteção contra abrasão com geotêxteis de suporte. Ensaios de controle de qualidade incluem resistência à tração e alongamento, resistência ao rasgo e teste de solda. O acabamento com ancoragem perimetral, valas e taludes estáveis evita deslocamentos em picos de vento.

  • Apoio com geotêxtil não tecido reduz perfurações por pontos duros.
  • Soldagem por cunha quente ou extrusão deve seguir parâmetros de temperatura e velocidade fornecidos pelo fabricante.
  • Inspeção com teste de vácuo e pressão em canal de solda documenta a montagem.

Mulching (cobertura de solo)

O filme para mulching cobre o canteiro e cria uma barreira física. Ele ajuda a reter umidade, controla a temperatura do solo e dificulta a emergência de plantas competidoras. Em culturas como morango, tomate e melão, o mulching contribui para frutos mais limpos e uniformes, além de reduzir respingos de solo na parte aérea.

As espessuras mais comuns ficam entre 20 e 35 micra, com larguras adequadas ao espaçamento dos canteiros. A face prateada ou branca pode ser usada para refletir luz e reduzir aquecimento em regiões muito quentes; a face preta aquece mais o solo em épocas frias. A instalação com esticamento correto e grampos evita bolsas de ar e rasgos durante o ciclo.

  • Perfuração deve ser precisa para não abrir fendas que favorecem perdas de umidade.
  • Use carretéis aplicadores para velocidade e padronização do tensionamento.
  • Em gotejamento sob o mulching, verifique a vazão das fitas antes de fechar o canteiro.

Wrapping de silagem e fardos

O filme para wrapping embala fardos e silagens, criando uma barreira que controla a troca de gases e protege contra água e poeira. O objetivo é manter o valor nutricional do volumoso e reduzir perdas por exposição. A qualidade do plástico e o número de camadas determinam o desempenho do fechamento e a resistência a perfurações.

Embalagens com 5 a 7 camadas, tensão uniforme e sobreposição de 50% são práticas comuns no campo. Superfície com aderência controlada facilita a união entre camadas. É importante inspecionar o material após o empacotamento e reparar eventuais furos com fita compatível, evitando entrada de ar.

  • Escolha cor clara para refletir radiação e limitar aquecimento do fardo.
  • Renove lâminas de corte da enfardadora para evitar rebarbas que rasgam o filme.
  • Armazene fardos em base plana e limpa, longe de objetos perfurantes.

Estufas e filmes de cobertura

Filmes agrícolas criam ambientes controlados para hortaliças, flores e mudas. Eles protegem contra vento, granizo e excesso de chuva, além de permitir o ajuste da luz que chega às plantas. Aditivos que filtram radiação ultravioleta e infravermelho auxiliam a estabilizar a temperatura interna e melhoram a difusão de luz, resultando em folhas mais uniformes e florescimento sincronizado.

Ao especificar, observe espessura (comum entre 100 e 200 micra), índice de difusão, transparência, resistência ao rasgo e à perfuração. Em áreas com ventos fortes, vale considerar reforço com malhas e fixação por perfis e clipes compatíveis. A vida útil depende da radiação acumulada e da qualidade dos aditivos; a inspeção periódica de pontos de fixação evita rupturas.

  • Filmes difusores distribuem melhor a luz e reduzem sombras marcadas.
  • A cor e a aditivação influenciam aquecimento: escolha conforme a estação e a cultura.
  • Aplique calhas de coleta para conduzir água de chuva e preservar a estrutura.

Irrigação por gotejamento e microaspersão

Fitas gotejadoras, mangueiras e tubos em PEBD e PEAD formam a base de sistemas de gotejamento e microaspersão. O conjunto oferece distribuição precisa de água e nutrientes, com menor variação de vazão ao longo das linhas quando o projeto está bem dimensionado. Em áreas extensas, linhas principais em PEAD garantem menor perda de carga e boa resistência mecânica.

A especificação considera topografia, textura do solo, vazão por emissor, distância entre emissores e pressão de operação. Filtros e válvulas de retenção aumentam a confiabilidade. Em sistemas fertirrigados, materiais com resistência química asseguram integridade frente a soluções de adubos e corretivos.

  • Pressões usuais: 0,8 a 1,5 bar em gotejamento; 1,5 a 3,0 bar em microaspersão.
  • Use conectores com anel de vedação e aperto manual para agilizar a montagem.
  • Planeje purgas nas pontas das linhas para limpeza periódica.

Silo-bolsa e armazenamento de grãos e forragens

Sacos tubulares de polietileno, conhecidos como silo-bolsa, permitem armazenar grãos e forragens no campo com montagem rápida. O filme multicamada combina resistência mecânica e barreira à umidade. A escolha do diâmetro e do comprimento depende do volume a ser estocado e da logística de carga e descarga no pátio.

Para grãos, é essencial acompanhar a temperatura e a umidade interna, com registros por pontos ao longo do saco. Em forragens, a compactação adequada e o fechamento rápido reduzem perdas no início do armazenamento. A base deve ser nivelada e drenada, com afastamento de materiais pontiagudos que possam perfurar o filme.

  • Espessuras comuns: 180 a 250 micra, com aditivos anti-UV.
  • Prefira cores claras no exterior para reduzir aquecimento.
  • Faça vigilância constante para identificar e reparar perfurações.

Tubulações e conexões em PEAD e PVC no campo

Linhas adutoras, redes de distribuição e derivação usam PEAD e PVC devido à durabilidade e à facilidade de montagem. O PEAD, soldado por termofusão, forma juntas monolíticas com alta vedação, ideal para longas distâncias e terrenos irregulares. O PVC, com juntas elásticas, facilita reparos e amplia a produtividade em frentes de obra com equipes menores.

A seleção considera a classe de pressão, o diâmetro nominal e o método de assentamento. Em travessias de estrada vicinal, dutos em PEAD com proteção mecânica evitam danos por cargas móveis. A identificação por cores e marcação a cada metro favorece inventário e manutenção no futuro, sem escavações extensas.

  • Em valas, preencha com areia fina até a geratriz superior do tubo.
  • Teste hidrostático antes da operação para validar as juntas.
  • Use abraçadeiras de perfuração controlada para derivações sem interromper a linha.

Geotêxteis e infraestrutura de estradas rurais

Geotêxteis em PP e PET reforçam acessos a talhões, pátios de máquinas e áreas de carga. Eles atuam na separação de camadas e na distribuição de cargas, evitando misturas indesejadas entre solo e brita. Em períodos chuvosos, essa base construída com geossintéticos mantém a trafegabilidade e diminui a necessidade de manutenção corretiva.

A gramatura do geotêxtil é definida pelo tipo de solo e pelo tráfego previsto. Em acessos de alta solicitação, combina-se geotêxtil com geogrelhas para maior confinamento. A instalação pede preparação da sub-base, remoção de elementos cortantes e sobreposição adequada entre mantas para impedir que o material de subleito suba para a camada de rolamento.

  • Sobreposições de 30 a 50 cm são usuais, dependendo da granulometria.
  • Ancoragens com grampos ou pinos evitam deslocamentos durante o espalhamento da brita.
  • Compactação por etapas garante desempenho e uniformidade da pista.

Embalagens técnicas e pós-colheita

Do campo ao centro de distribuição, filmes e sacarias plásticas protegem produtos e padronizam volumes. Sacos com microperfurações controlam a troca de gases em hortifrúti, enquanto big bags em polipropileno movimentam grãos e fertilizantes com segurança. Filmes stretch com alto alongamento estabilizam paletes e reduzem avarias no transporte.

A seleção da embalagem considera peso, abrasividade, formato e tempo de estocagem. Em frutas e folhas, a transparência e as microperfurações influenciam a aparência e a durabilidade comercial. Em grãos, sacarias com tratamento antiestático e válvulas de alívio ajudam no enchimento e na descarga controlada, reduzindo poeira no ambiente de trabalho.

  • Use cantoneiras plásticas em paletização para proteger quinas.
  • Identifique lotes na própria embalagem para rastreabilidade.
  • Avalie filmes com camadas coextrusadas para combinar resistência e aderência.

Aditivos e formulações: o que muda no desempenho

O resultado no campo depende não só do polímero, mas também da aditivação. Aditivos anti-UV protegem contra degradação por radiação. Agentes deslizantes e antiestáticos facilitam manuseio e empilhamento. Já camadas com bloqueadores de infravermelho controlam a troca térmica em estufas, reduzindo picos de temperatura interna em dias de sol intenso.

Pigmentos e cores também são parte da decisão. Filmes pretos absorvem mais calor; brancos e prateados refletem. Tons leitosos difundem a luz, reduzindo sombras. Em geomembranas e silo-bolsa, camadas externas claras ajudam a manter a integridade do material sob radiação elevada, enquanto o lado interno escuro garante opacidade.

  • Anti-UV: aumenta a vida útil frente ao sol, indicado para estufas, mulching e silo-bolsa.
  • Antiestático: reduz acúmulo de poeira em embalagens e tubos.
  • Deslizante: melhora o desenrolar e a aplicação de filmes.
  • Bloqueador IR: auxilia no controle térmico de estufas.

Como especificar: passo a passo para escolher o material correto

Antes da compra, vale organizar um roteiro de decisão com foco no objetivo do projeto. Pense no problema a resolver, no tempo de uso desejado e nas condições climáticas do local. Anote medidas, níveis, regime de ventos e histórico de granizo. Essas informações orientam a seleção de espessura, aditivos e método de instalação.

Abaixo, um guia prático que pode ser adaptado para cultura, porte da propriedade e orçamento. Use-o para conversar com o fornecedor e validar a viabilidade técnica.

  1. Defina o objetivo: cobertura de solo, reservatório, estufa, irrigação, embalagem ou armazenagem.
  2. Mapeie o ambiente: radiação solar, temperatura média, rajadas de vento e tipo de solo.
  3. Escolha o polímero: PEBD/PEAD, PP ou PVC, conforme resistência mecânica e química necessárias.
  4. Determine espessura e dimensões: largura, comprimento e folgas para ancoragem e sobreposição.
  5. Selecione aditivos: anti-UV, antiestático, deslizante, bloqueador IR, pigmentação.
  6. Planeje a instalação: ferramentas, equipe, tempo de execução e testes de qualidade.
  7. Estabeleça rotina de inspeção: calendário de verificações e critérios de substituição.

Instalação e manutenção: boas práticas no dia a dia

A instalação correta é metade do sucesso. Em filmes e geomembranas, evite montar em horários de pico de calor para reduzir dilatação durante o ajuste. Em tubulações, limpe os alojamentos de junta e use lubrificante indicado. Martele apenas com martelo de borracha ou com calço para não danificar conexões.

A manutenção preventiva preserva desempenho e evita paradas longas. Faça inspeções visuais programadas, verifique pontos de fixação, troque peças com desgaste e mantenha um pequeno estoque de componentes críticos. Em estufas, confira clipes, tensores e a tensão do filme após variações bruscas de temperatura.

  • Manuseie rolos com barras ou suportes para evitar amassados.
  • Guarde sob abrigo, ao abrigo do sol direto e de fontes de calor.
  • Documente as datas de instalação e a radiação acumulada, quando disponível.

Cálculo simples de custo e retorno

Um jeito direto de avaliar projetos é comparar o investimento com ganhos medidos em produtividade e redução de perdas. Suponha um cultivo de morango com mulching em 1 hectare. O custo médio do filme e da aplicação representa uma fração do valor final colhido. Se o uso do filme elevar o aproveitamento comercial dos frutos e diminuir retrabalhos, o retorno se materializa em poucas semanas de colheita.

Outro exemplo: um reservatório forrado com geomembrana que elimina perdas do volume útil e permite irrigação em horários estratégicos. A previsibilidade de água disponível pode ampliar a janela de plantio e sustentar a lâmina ideal por mais dias, com ganho direto na uniformidade do talhão. Some a isso a redução de serviços emergenciais para recompor vazamentos e o projeto tende a se pagar dentro do primeiro ciclo produtivo.

  • Inclua no cálculo: material, frete, instalação, manutenção e vida útil prevista.
  • Registre produtividade, perdas e horas de mão de obra antes e depois do projeto.
  • Atualize preços regionais de insumos para refletir sua realidade.

Controle de qualidade e conformidade

Materiais plásticos para uso agrícola passam por ensaios de tração, alongamento, resistência ao rasgo, espessura e estanqueidade. Solicite certificados do lote e verifique se o produto segue normas técnicas reconhecidas no mercado, além de inspeções no recebimento para checar dimensões e integridade do rolo ou da peça.

Em geomembranas, testes de solda e registros fotográficos da instalação são úteis para rastreabilidade. Em fitas gotejadoras, processos de amostragem conferem vazão e uniformidade. Na estocagem, mantenha identificação por lote e data, longe de solventes e produtos que possam reagir com o polímero.

  • Peça laudos de fabricação com propriedades medidas por amostras representativas.
  • Guarde etiquetas e notas fiscais para garantir reposições compatíveis.
  • Implemente checklists de recebimento com conferência de medidas e aparência.

Checklist prático por aplicação

Reunimos abaixo pontos de verificação que ajudam a evitar retrabalho. Adapte para a sua cultura e para o porte da propriedade, considerando mão de obra disponível e janelas de plantio ou de colheita.

Leve o checklist para o campo ou para a fábrica. Faça a conferência em dupla, com alguém anotando tempos de execução e ocorrências durante a montagem, para usar como base em compras futuras.

  • Mulching: largura do rolo, espessura, cor, tensão na aplicação, perfurações, pressão do gotejo.
  • Estufa: espessura do filme, difusão de luz, método de fixação, reforços, ventilação, calhas.
  • Geomembrana: espessura, geotêxtil de apoio, tipo de solda, testes de vácuo/pressão, ancoragem.
  • Wrapping: número de camadas, tensão, sobreposição, inspeção e reparo imediato.
  • Irrigação: classe de pressão, diâmetro, conectores, filtros, válvulas e purgas.
  • Embalagens: capacidade, microperfuração, antiestático, resistência ao rasgo, rastreabilidade.

Dicas avançadas para aumentar a vida útil

Planeje o manuseio desde o recebimento. Em filmes pesados, use barras passantes ou suportes laterais. Evite arrastar bobinas no chão. Na montagem, distribua o peso do rolo para não marcar o material. Prefira dias sem vento para abrir mantas grandes. Tudo isso reduz microdanos que encurtam a vida útil e geram intervenções precoces.

Ao limpar, use água e detergentes neutros, sem solventes agressivos. Esponjas macias preservam a superfície. Em estufas, lave por trechos, com atenção especial a poeira acumulada nas calhas. Em geomembranas, libere a borda de gramíneas e objetos pontiagudos. Pequenos reparos imediatos evitam danos maiores.

  • Revise tensores e grampos após ondas de calor ou quedas bruscas de temperatura.
  • Faça calendário de inspeções com fotos para comparar evolução do material.
  • Mantenha kits de reparo compatíveis com o polímero usado.

Pontos de atenção em segurança do trabalho

Filmes e lonas podem ser escorregadios quando molhados. Use calçados com boa aderência e evite caminhar sobre superfícies inclinadas. Em soldagem de geomembranas, proteja as mãos e a face. Não opere equipamentos térmicos em áreas com palha seca acumulada. Em altura, siga procedimentos de ancoragem e linha de vida.

Tubulações pressurizadas exigem cuidado na partida. Abra registros gradualmente e não solte conexões com a rede carregada. Em embalagens, use cintas e cantoneiras para evitar queda de cargas. Treine a equipe nos procedimentos antes de iniciar a montagem. Sinalize áreas de circulação e mantenha ferramentas organizadas.

  • EPI básico: luvas, óculos, botas e protetor auricular quando houver ruído.
  • Planeje rotas de fuga e pontos de primeiros socorros.
  • Revise cabos elétricos e aterramento de máquinas.

Erros comuns e como evitar

Um erro recorrente é subestimar a ação do vento. Fixações insuficientes levam a rasgos e deslocamentos. Outro ponto é a instalação sob sol forte, quando o material está dilatado; ao esfriar, surgem tensões. Em irrigação, diâmetros menores que o necessário aumentam perda de carga e deixam as pontas com baixa vazão.

Na pós-colheita, usar filme de baixa resistência para cargas pesadas provoca rasgos na movimentação. Em geomembranas, base sem preparo causa perfurações precoces. Em mulching, perfurações desuniformes prejudicam o controle do canteiro. Registrar medidas, checar ferramentas e treinar a equipe antes da montagem elimina boa parte desses problemas.

  • Planeje folgas e sobreposições conforme orientação do fabricante.
  • Use peças e reparos compatíveis com o mesmo tipo de polímero.
  • Valide o projeto com um trecho piloto antes de avançar para toda a área.

Perguntas frequentes

Mulching de 25 ou 30 micra? Qual escolher? Em canteiros com manuseio leve e sem pedra, 25 micra costuma atender bem. Em áreas com maior risco de perfuração ou ciclos mais longos, 30 micra oferece margem adicional. Avalie a cultura, o tempo de permanência e o histórico do talhão.

Qual espessura de geomembrana usar em reservatório raso? Em estruturas com coluna d’água baixa e base bem preparada, 1,0 mm é uma referência comum. Se houver tráfego nas bordas, fauna ou pedras residuais, considere 1,5 mm e geotêxtil de proteção. A decisão final depende do laudo do subleito e da ancoragem.

Filme de estufa transparente ou difusor? O difusor distribui a luz e reduz sombras, ajudando na uniformidade do dossel. O transparente favorece aquecimento e maior entrada de luz direta. Em regiões quentes, o difusor costuma trazer conforto térmico; em regiões frias, o transparente pode ser vantajoso em parte do ano.

Quantas camadas de wrapping aplicar? Entre 5 e 7 é a prática mais usada. Mais camadas aumentam a barreira e a resistência a perfurações. Ajuste conforme o tipo de forragem, o tempo de armazenamento e a exposição ao sol e a pássaros.

Gotejamento superficial ou enterrado? Superficial facilita inspeção e manutenção, além de ser versátil em culturas de ciclo curto. Enterrado protege a linha e reduz interferências no manejo, porém exige projeto mais preciso e procedimentos de instalação e purga diferenciados.

Qual a melhor cor do mulching? Preto aquece mais o solo e é usado em épocas frias. Branco ou prata refletem luz e são opção para períodos quentes. Marrons e verdes têm efeito intermediário. Combine com a necessidade térmica da cultura e a época de plantio.

Piramidal: a especialista em plástico para o campo

Com décadas de atuação, a Piramidal abastece o setor agro com portfólio amplo de termoplásticos e atendimento técnico. A distribuição é apoiada por centros estrategicamente localizados, o que reduz prazos e viabiliza projetos em diferentes regiões do país. A empresa trabalha com fabricantes reconhecidos e mantém controles de qualidade por lote.

Para quem está estruturando um investimento, a consultoria técnica ajuda a traduzir a necessidade da lavoura em especificações claras: polímero, espessura, aditivos, dimensões e método de instalação. O suporte inclui orientação de boas práticas de montagem, checklists e dicas de manutenção programada.

  • Consultoria especializada para dimensionar soluções conforme cultura e clima.
  • Produtos à pronta entrega em diversas categorias, de filmes a tubulações.
  • Parcerias com fabricantes de referência e rastreabilidade por lote.

E-book e conteúdos para aprofundar

Para quem deseja ir além do básico, o e-book “Plasticultura: Como o plástico favorece a produção dos alimentos” reúne conceitos práticos, critérios de especificação e exemplos de campo. O material detalha diferenças entre polímeros, orienta sobre espessuras e traz checklists prontos para uso no planejamento da safra.

No blog, você encontra ainda conteúdos como “As poliamidas estão em nosso dia a dia” e “Produtos plásticos ganham mais vida com aditivos anti UV”, que complementam o tema com foco em desempenho e longevidade dos materiais no campo. Se preferir orientação personalizada, a equipe técnica pode ajudar a definir soluções para sua realidade de produção.



Última atualização em 12 de outubro de 2025

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