Uma parceria entre a Packseven e a Gerdau Graphene gerou um feito inédito na indústria de tecnologia. Em conjunto, as empresas desenvolveram o primeiro Stretch Film com grafeno do mundo.
Essa colaboração entre uma das principais empresas brasileiras de filmes flexíveis e a pioneira empresa de nanotecnologia de alta performance da Gerdau Graphene promete transformar o mercado de embalagens.
Isso porque, essa inovação de tecnologia foi desenvolvida em conjunto com a Gerdau. Tendo como objetivo de oferecer um filme mais robusto e resistente ao mercado.
Kléber Ávila, CEO da Packseven, destaca as vantagens do produto: maior resistência a materiais ofensivos, como pontas que poderiam furá-lo, maior rendimento, redução do consumo no estiramento e, consequentemente, uma melhora significativa na segurança das cargas.
Flavia Zangrandi, Head de Produtos da Gerdau Graphene, ressalta a importância da tecnologia do grafeno como um material altamente estudado e relativamente novo no mercado.
A Gerdau Graphene é uma das poucas empresas no mundo que desenvolvem aditivos e produtos com nano materiais e tecnologias à base de carbono, conhecidos como grafeno, em escala comercial.
Sobretudo, ao se misturar com plásticos, a tecnologia do grafeno criada pela Gerdau confere uma resistência incrível à matriz polimérica. Assim, tornando o material plástico combinado muito mais forte.
Além disso, o grafeno melhora as propriedades de barreira contra líquidos e gases, oferece proteção contra intempéries, oxidação e luz UV, além de aumentar a condutividade elétrica e térmica.
O primeiro Stretch Film com grafeno do mundo já mostrou resultados impressionantes nos testes iniciais de tecnologia.
Isto é, suportando um estiramento 120% superior ao filme comum, e espera-se que a versão final, prevista para chegar ao mercado em dois meses, apresenta resultados ainda melhores.
Canetas de insulina vira cadeira
Essenciais para pessoas com diabetes, as canetas de insulina contam com 77% de sua composição feita por plásticos que, por questões de saúde pública, não podem se descartar em uma lixeira de reciclagem tradicional. Com isso, o destino mais comum delas ao fim de sua vida útil, é a incineração.
Uma alternativa mais moderna e que devolve o material para uso na sociedade foi desenvolvido por estudiosos na Dinamarca. A Novo Nordisk, empresa dinamarquesa, desenvolveu o projeto ReturnPen, um esquema de recuperação e reciclagem de canetas injetoras descartáveis na França.
Nesse sentido, Rica Mello, líder da câmara de descartáveis e precursora do projeto Plástico Amigo, explicou que a iniciativa integra a estratégia ambiental “Circular for Zero”. Que, até agora, se desenvolveu em outros três países, sendo eles Dinamarca, Reino Unido e Brasil.
Segundo ela, na Dinamarca, em dois anos o programa já coletou 77 mil canetas, enquanto 15 mil foram recicladas no Reino Unido desde o lançamento do programa, em novembro de 2021. A projeção é de que 700 mil sejam recicladas até o final de 2023.
Sobretudo, na Dinamarca, se processa e recicla as injeções pela Zirq Solutions, que criou um processo industrial para reciclar até 85% dos materiais e reutilizá-los na fabricação de cadeiras de plástico.
Cada uma se produz a partir de 120 canetas usadas. Até 2024, a empresa dinamarquesa pretende coletar 5 milhões de canetas usadas a cada ano na França.
Mais reciclados
A política de logística reversa, que já está em vigor em Goiás, deve quadruplicar a quantidade de embalagens recicladas. Atualmente, apenas 5% do papelão, vidro, metal e plástico que são colocados no mercado retornam para a cadeia produtiva. De acordo com as novas regras, esse percentual deve chegar a 22%.
A princípio, o decreto que estabelece as diretrizes da logística reversa publicado no Diário Oficial em abril deste ano.
Para fazer valer o plano, as indústrias poderão contratar uma entidade gestora independente para auxiliá-las na implementação de seu sistema.
Assim, essa entidade informará às cooperativas de reciclagem a quantidade de plástico, metal, vidro e papelão que precisa se coletar para atingir os 22% estabelecidos pela norma.
Nesse sentido, os catadores receberão créditos financeiros de acordo com a quantidade de recicláveis comercializados.
Além de receber remuneração ao vender o material para a indústria de reciclagem. Os valores envolvidos no processo se determinarão pelo mercado, sem interferência do poder público.
Assim, espera-se que a logística reversa auxilie os municípios na transição dos lixões para aterros sanitários. Segundo o Marco do Saneamento Básico, os lixões devem ser desativados até agosto de 2024.
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Última atualização em 8 de junho de 2023