Em junho, instituições brasileiras se reuniram para criar um programa de gestão, recuperação e reciclagem de embalagens. O AGIR, tem foco na circularidade dos resíduos gerados no Brasil, uma vez que, o país possui um potencial enorme para ampliar os índices de reciclagem e liderar esse tema no mundo, segundo a edição 2022 do Panorama dos Resíduos Sólidos.
A princípio, o AGIR visa facilitar o diálogo, a troca de experiências e facilitar a formulação. Com proposta e divulgação de medidas e ações que contribuam para a recuperação e reciclagem de embalagens.
Na agenda da Aliança, estão previstos pesquisa e harmonização da base de dados e informações sobre o setor, estudos, publicações, promoção de seminários.
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Bem como, reuniões técnicas e outros eventos para contribuir com a melhora da qualidade do ambiente urbano. Com isso, fortalecimento do enfrentamento às mudanças climáticas, propiciando a transição para um modelo de economia circular.
Isso porque, os resíduos estão no centro do debate global acerca de mudanças climáticas, tanto é que a ONU acabou de criar um conselho específico para tratar do tema, ligado diretamente ao seu Secretário Geral.
Dione Manetti, presidente do Instituto Pragma e um dos articuladores para criação da da AGIR, disse que o programa será uma referência no país. Principalmente, para avançar com políticas que garantam a circularidade dos resíduos. “Diminuindo impactos ambientais e promovendo inclusão social que os resíduos trazem com a participação dos catadores de materiais recicláveis”.
Avanços necessários para sustentabilidade nos resíduos
Para a ABIPLAST, que representa nacionalmente as indústrias de transformação e reciclagem de plástico, responsável por 12,7 mil empresas e quase 360 mil profissionais, é preciso prestar assistência à categoria por meio de diversos serviços e iniciativas. Bem como, valorizar o plástico e promover o setor e sua competitividade, com os avanços tecnológicos com foco na sustentabilidade.
Nesse sentido, Paulo Teixeira, Diretor Superintendente da ABIPLAST, destaca a urgência em dialogar sobre o futuro da reciclagem e da circularidade no Brasil. “Precisamos nos aprofundar nesses temas, mas isso só vai acontecer se houver um esforço coletivo. Isto é, com responsabilidade assumida por todos os atores da cadeia. Assim, esperamos que isso aconteça a partir desses encontros da Aliança com o setor público.”
Carlos Silva Filho, presidente da ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), avalia que a conjuntura global mostra que novas práticas e soluções sistêmicas são fundamentais para superar os déficits existentes.
Assim, a conjugação de esforços entre várias entidades integrantes da Aliança buscará promover ações para uma mudança de perspectiva, “rumo a uma maior valorização das embalagens e circularidade dos resíduos”.
Sobretudo, a Aliança é composta por 35 instituições, entre elas entidades de representação de empresas do setor produtivo do país.
Assim como, representações de catadoras e catadores de materiais recicláveis, instituições públicas da área ambiental, entidades gestoras de logística reversa e organizações da sociedade civil ligadas ao tema, com atuação nacional e internacional.
Manetti conclui que: “O lançamento da AGIR marca um momento importante para o avanço das políticas e ações voltadas à circularidade dos resíduos no país construção e coloca o Brasil na vanguarda de tema a nível Global”.
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Última atualização em 15 de julho de 2023