IBGE: crescimento da produção de suínos diminui

Análise do mercado da carne suína no Brasil

Produção no segundo trimestre e no primeiro semestre de 2023

De acordo com os dados preliminares de abate do segundo trimestre de 2023 divulgados pelo IBGE, houve um aumento na produção de frango (+7,23%) e carne bovina (+9,47%), e uma pequena redução na produção de carne suína (-0,32%) em comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, também houve um aumento no abate de bovinos (+6,30%), frango (+6,89%), e uma leve alta na produção de carcaças suínas (+1,23%). Vale ressaltar que as carcaças suínas apresentaram um peso médio elevado neste trimestre, atingindo o valor mais alto da série histórica do IBGE, com média de 93,78kg.

Exportações recordes de carne suína e disponibilidade interna estável

No período de janeiro a julho de 2023, o Brasil registrou um recorde nas exportações de carne suína in natura, com um aumento de 13,72% em relação ao mesmo período do ano passado. Esses números indicam que este ano pode superar o ano de 2021 em exportação de carne suína, possivelmente com um aumento de mais de 7% no seu fechamento. Comparando os dados de produção e exportação, observa-se uma redução insignificante na disponibilidade interna de carne suína em relação ao mesmo período do ano passado.

Oferta e preços das carnes no mercado interno

Apesar da estabilidade na disponibilidade interna de carne suína, os preços pagos ao produtor e as cotações de carcaças têm se mantido em patamares mais baixos. Isso se deve, em parte, ao aumento da oferta de carnes bovina e de frango no primeiro semestre deste ano, o que influencia na competitividade da carne suína em relação às outras carnes. O preço da carcaça bovina teve uma redução significativa a partir de maio de 2023, devido ao aumento da oferta no mercado interno. O frango também apresentou aumento na oferta, o que resultou em cotações mais baixas em comparação com o ano passado.

Análise dos preços das carnes

Um dos fatores que limita a alta no preço da carcaça suína é a relação de preços com as demais carnes. Quanto mais alta a relação percentual entre o preço do boi e do suíno, e quanto mais baixa a relação entre o suíno e o frango, mais competitiva é a carne suína em relação às outras. No entanto, é importante ressaltar que essas relações não se mantêm necessariamente no varejo. Eventuais subidas no preço da carcaça suína, com preços muito baixos da carne bovina e do frango, não se sustentam por muito tempo, a menos que haja um desequilíbrio significativo entre oferta e demanda.

Situação do mercado interno de grãos

O mercado interno de grãos, em especial o milho, continua estável em termos de oferta e demanda. As cotações do milho estão relativamente baixas, devido ao déficit de armazenagem estática para estocagem da supersafra. No entanto, a expectativa em relação à safra norte-americana está melhorando, o que contribui para manter os preços do milho baixos. As lavouras de milho nos Estados Unidos têm apresentado boas condições, com volumes satisfatórios de chuva e melhorias em relação ao mesmo período do ano passado.

Considerações finais

O crescimento da disponibilidade interna de carne suína nos últimos anos finalmente foi estancado, porém o aumento da oferta de outras carnes limita a subida do preço pago ao produtor. O custo de produção dos suínos no segundo semestre está mais baixo devido aos preços baixos do milho e do farelo de soja. Este ano está previsto um crescimento abaixo de 3% na produção em relação ao ano anterior, com exportações recordes. A tendência é que o mercado se estabilize e que os preços se mantenham em patamares mais baixos.

FAQs

1. Por que os preços da carne suína estão mais baixos?

Os preços da carne suína estão mais baixos devido ao aumento da oferta de outras carnes, como bovina e de frango, que tornam a carne suína menos competitiva em relação às outras opções no mercado.

2. Como está a situação do mercado interno de grãos?

O mercado interno de grãos, em especial o milho, está estável em termos de oferta e demanda. As cotações do milho estão relativamente baixas devido à supersafra e ao déficit de armazenagem estática.

3. Quais os fatores que influenciam o preço da carne suína?

Os fatores que influenciam o preço da carne suína incluem a oferta e demanda, o preço das demais carnes, os custos de produção, como os preços dos grãos utilizados na ração dos suínos, e os custos logísticos envolvidos no processo de produção e distribuição da carne suína.

4. É possível uma recuperação dos preços da carne suína?

Uma recuperação dos preços da carne suína é possível, mas depende de diversos fatores, como o equilíbrio entre oferta e demanda, o comportamento dos preços das outras carnes, e a evolução dos custos de produção.

5. Qual a perspectiva para o mercado da carne suína no futuro?

A perspectiva para o mercado da carne suína no futuro é de estabilização, com preços mais baixos em relação aos últimos anos. A oferta interna deve se manter estável, com pequenos incrementos na produção, e as exportações devem continuar em alta, mesmo com a competitividade com as demais carnes.

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Última atualização em 23 de agosto de 2023

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