Para a Fiesp, a reindustrialização brasileira requer a superação de barreiras estruturais e macroeconômicas que prejudicam a competitividade do setor e da economia. Por isso, a federação cita a indústria de transformação como setor com maior potencial de geração de emprego, renda e investimento.
Sugerindo que haja implementação de soluções industriais e tecnológicas nesse setor, capazes de garantir o desenvolvimento de longo prazo ao país.
Dessa forma, a Fiesp, com trabalho desenvolvido pelo Conselho Superior de Inovação e Competitividade, lançou um conjunto de propostas com potencial de impulsionar o desenvolvimento do Brasil e tirar o país de uma posição de vulnerabilidade em relação a crises externas.
A princípio, essas contribuições se dividem em eixos temáticos e prioritários para a indústria nacional.
Leia mais:
Dividido em quatro pilares:
- Inovação e desenvolvimento tecnológico;
- Manufatura avançada;
- Instituições financeiras de desenvolvimento;
- Mercado de capitais e crédito corporativo de longo prazo;
Além disso, cadeias críticas de fornecimento também foram objeto de estudo e análise.
São elas:
- Alimentos;
- Defesa;
- Energia;
- Saúde;
- Tecnologia de informação e comunicação;
Inovação e manufatura avançada
No eixo de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, a proposta é voltada para que o Brasil alcance o tão sonhado desenvolvimento econômico e social sustentável.
Para isso, é importante que o governo implemente uma política científica e tecnológica capaz de impulsionar a geração e a difusão de tecnologias na indústria.
Tendo como foco a elevação do P&D e demais atividades inovativas, na disseminação da Indústria 4.0, no fortalecimento das cadeias críticas de fornecimento e no desenvolvimento da economia verde.
Neste sentido, a proposta da Fiesp destaca entre as diretrizes prioritárias o aperfeiçoamento do arcabouço legal e regulatório para reduzir entraves à realização de colaborações público-privadas.
Bem como, uma ampliação da oferta, redução de custo e ampliação do acesso ao financiamento da inovação.
Além do aprimoramento de incentivos fiscais acompanhando as práticas internacionais, e o desenvolvimento da infraestrutura e serviços tecnológicos.
A federação acredita que o Brasil está atrasado em relação aos países industrializados que lideram os movimentos em prol da manufatura avançada.
Por isso, entre as diretrizes prioritárias estão a ampliação e o aprofundamento de políticas de financiamento para a transição tecnológica e o aperfeiçoamento das políticas para o desenvolvimento de startups deste setor.
Bem como, o aperfeiçoamento e expansão de programas de difusão e extensão em gestão e tecnologia com foco nas empresas, e de programas de qualificação e capacitação de trabalhadores.
Instituições financeiras e mercado de capitais e créditos
Na proposta de instituições financeiras de desenvolvimento, a Fiesp acredita que o BNDES pode recuperar sua competência de desenhar e implementar políticas de financiamento do investimento.
Sendo defendido, neste sentido, desenvolver um “Plano Indústria” para setores/áreas prioritárias, como indústria 4.0/digitalização.
Já na proposta de Mercado de capitais e crédito corporativo de longo prazo, se busca, primeiramente, conferir isonomia tributária no acesso a recursos de terceiros pela indústria de transformação em relação aos instrumentos já disponíveis para outros setores.
Para tanto, propõe-se criar a Letra Financeira para o Desenvolvimento Econômico para captação por bancos visando financiamento de projetos industriais relacionados à agenda nacional de desenvolvimento.
Quer estar sempre informado sobre a indústria do plástico? Preencha o nosso formulário para receber novidades e conteúdo de qualidade do mercado plástico.
Última atualização em 8 de junho de 2023