Descubra a Revolução: Primeira Exportação de Suínos Genéticos do Brasil para a Colômbia

Uma Nova Frente na Exportação de Suínos no Brasil

No domingo, 19 de janeiro, o Brasil deu um passo inédito no setor agropecuário ao realizar sua primeira exportação aérea de suínos reprodutores de alta genética para a Colômbia. Este feito foi liderado pela Granja Elite Gênesis, uma empresa da Agroceres PIC, localizada em Paranavaí, Paraná. Nos últimos dois anos, a concretização desta operação exigiu ajustes significativos nos procedimentos de importação e exportação organizados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O protocolo seguido para esse processo foi semelhante àquele utilizado para as vacinas e insumos contra a Covid-19 em 2021, pela Receita Federal e Anvisa, reconhecido internacionalmente como uma operação de sucesso. Tal agilidade nos procedimentos ajudou a garantir o rápido e seguro transporte dos animais, que são de alto valor para a pecuária brasileira.

Colaboradores Chave e a Coordenação da Nova Logística

Implementar essa operação inovadora não foi tarefa fácil e envolveu diversas partes interessadas. O importador, seu representante legal e os órgãos anuentes, incluindo a Receita Federal e o Mapa, desempenharam papéis fundamentais. Além disso, o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, São Paulo, teve um papel central, sendo a única porta de entrada e saída aérea para suínos no Brasil.

Essa coordenação meticulosa teve como objetivo acelerar o desembaraço e garantir que grandes quantidades de suínos de altíssimo valor genético fossem tratadas com rapidez e eficiência. A parceria entre o setor púbico e privado foi crucial para que as condições de saúde e bem-estar dos suínos fossem mantidas ao longo de sua chegada ao Brasil.

O Protocolo Acelerado e seus Benefícios

Antes dos ajustes implementados, o processo de liberação de cargas, conhecido como “desembaraço”, demorava cerca de 24 horas, especialmente devido à quantidade de animais importados. Com o novo protocolo, esse tempo foi reduzido para apenas 8 horas, otimizando a logística e garantindo o bem-estar animal. Os suínos, por serem extremamente sensíveis a variáveis climáticas, beneficiaram-se enormemente desse processo mais ágil.

Rita Lourenço, chefe do Vigiagro de Viracopos, destacou a importância de tais medidas para a saúde e o bem-estar dos animais, minimizando riscos de mortalidade. Suínos utilizados como matrizes genéticas estão frequentemente em ambientes controlados; portanto, expô-los por longos períodos a condições adversas poderia comprometer não apenas sua saúde, mas também seu valioso potencial genético.

A Importação do Avanço Genético

De março a setembro de 2023, cerca de 7.500 suínos de alta genética desembarcaram no aeroporto de Viracopos. Esses animais foram importados em oito voos e destinados às empresas Agroceres PIC e Topigs. Nunca o Brasil havia testemunhado importações tão volumosas de matrizes de suínos em um mesmo ano, ressaltando a importância das mudanças logísticas no setor.

Rita Lourenço também enfatizou que todos os suínos passaram por períodos de quarentena em seus países de origem, sob supervisão das autoridades sanitárias locais. Após a chegada em Viracopos, eles foram encaminhados em caminhões lacrados para a Estação Quarentenária de Cananéia, onde ficaram sob observação antes de seguirem para seu destino final, minimizando assim qualquer risco sanitário potencial.

A Colaboração Público-Privada por Trás do Sucesso

A Estação Quarentenária de Cananéia, local crucial para o recebimento destes suínos, resulta de uma colaboração estabelecida em 2016 entre a Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (Abegs), a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e o Mapa. Esse esforço conjunto aprimorou as instalações da EQC, tornando-a apta para receber os animais importados.

Graças a esse esforço colaborativo, as duas empresas, Agroceres PIC e Topigs, puderam fortalecer seus plantéis de elite. Este aprimoramento possibilitou ao Brasil não apenas melhorar sua produção interna de suínos, mas também se posicionar como um exportador relevante de suínos de alta genética para o mercado internacional.

Os Próximos Passos Na Trajetória da Suinocultura Brasileira

Com a primeira exportação bem-sucedida para a Colômbia, o cenário se abre para novas oportunidades e parcerias. Esta conquista mostra que o Brasil não é apenas um produtor de carne suína em larga escala, mas também um fornecedor de suínos geneticamente superiores no mercado internacional.

O avanço tecnológico e a inovação contínua no setor são essenciais para sustentar esse crescimento. A adaptação e a melhoria dos procedimentos logísticos permitiram à indústria suína brasileira atingir novos níveis de eficiência, demonstrando que, com planejamento e colaboração, o potencial futuro é vasto e promissor.


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Última atualização em 31 de janeiro de 2025

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