Confiança na indústria oscila entre fevereiro e março

Pesquisa da CNI apontou que houve um recuo na confiança no setor de indústrias de todos os portes, em março. A confederação notou que o valor mais expressivo foi nas pequenas empresas, nas quais o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) caiu 1,1 ponto, atingindo 48,5 pontos. Com a queda, o indicador se distanciou da linha dos 50 pontos, o que demonstra falta de crédito dos empresários.

De acordo com o levantamento, entre médias e grandes empresas, o Icei caiu 0,3 ponto. As grandes empresas expressam confiança, isso porque, o indicador marcou 51,7 pontos na confiança desse segmento.

Já para as médias empresas o índice está muito próximo a linha de 50 pontos, em 49,4 pontos. 

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Na divisão por regiões do Brasil, a confiança do setor industrial caiu em quatro das cinco delas no período. No Sudeste, o Icei caiu 0,5 ponto, atingindo 49,8 pontos. 

Ainda mais, o índice também recuou nas regiões Norte (-1,4 ponto), Nordeste (-1,2 ponto) e Centro-oeste (-1,1 ponto). No entanto, em todas essas regiões, o Icei se mantém acima da linha divisória de 50 pontos.

No Sul do País, o Ice teve alta de 0,9 ponto. O índice, no entanto, mesmo com o aumento, permanece no campo da falta de confiança, com 47,2 pontos.

confiança setor

A confiança por setor

Entre os setores que registraram confiança na economia, há quedas expressivas na passagem de fevereiro para março. 

O ICEI dos Produtos farmoquímicos e farmacêuticos caiu de 60,4 pontos para 51,9 pontos e o índice de Sabões, detergentes, produtos de limpeza e cosméticos passou de 57,1 pontos para 54 pontos. 

Sobretudo, o ICEI varia de 0 a 100, com uma linha de corte. Valores acima de 50 pontos indicam confiança e abaixo indicam confiança. 

O maior aumento do índice ocorreu no setor de Bebidas, nesse caso, o ICEI passou de 51 pontos para 52,9 pontos.

Segundo o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, a incerteza segue elevada, o que impede que o empresário se sinta seguro o suficiente para um aumento consistente da confiança. “Em um cenário assim, é natural que os empresários mostrem avaliações difusas sobre as condições atuais e suas expectativas, resultando nessa evolução da confiança diferenciada entre os setores”, avalia.

Além disso, ainda há quedas importantes em março, entre os setores que registraram falta de confiança em março. 

Como, por exemplo, o ICEI de Biocombustíveis caiu de 49,5 pontos para 46,9 pontos. Já o de Móveis passou de 47 pontos para 43,7 pontos e o de Produtos de borracha caiu de 49,5 pontos para 42,1 pontos.

Ainda cabe destacar o setor de Alimentos, que fez a transição de confiança para a falta de confiança, ainda que pouco disseminada.

Isso porque, o índice caiu de 51,5 pontos para 49,6 pontos. O mesmo aconteceu com o setor Produtos de Metal, cujo ICEI caiu de 51,1 pontos para 49,5 pontos.

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Última atualização em 9 de abril de 2023

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