Bioplástico de planta, Metas de reciclagem e Economia circular

Bioplástico de planta

bioplástico

As alunas Marina Moura e Amanda Pereira do Centro Estadual de Educação Profissional Gestão e Tecnologia da Informação Álvaro Melo Vieira, em Ilhéus, na Bahia, desenvolveram um bioplástico à base de taboa, uma planta aquática.

A Thypha domingensis, conhecida popularmente como taboa, é uma planta aquática que pode se encontrar em rios, manguezais e brejos. 

Orientadas pela professora Margarete Correia, a dupla explica que o processo de fabricação do bioplástico se dividi em etapas. 

Segundo elas, o primeiro é realizada a extração do amido da planta, que é colhida, lavada, cortada e triturada no liquidificador com água. 

Após isso, se filtra o líquido e passa por decantação. Na sequência, se produz o plástico biodegradável com o amido e, por fim, se realiza o teste de espessura.

Marina conta: “Descobrimos como alternativa aos plásticos convencionais, o bioplástico, que é oriundo de fontes renováveis como celulose ou amido. Essa informação despertou o nosso interesse e realizamos pesquisas sobre plantas, até que encontramos a taboa”.

Para Amanda, o produto apresenta um grande diferencial. Principalmente, em relação a outros existentes no mercado, pois elas utilizam como material principal um cultivo que é considerado uma praga. 

Ela explica: “Usamos uma matéria-prima nunca utilizada para essa finalidade, já que muitas pessoas a consideram apenas como uma praga presente nos rios, brejos e manguezais. Com o nosso produto, damos uma nova utilidade e agregamos valor à planta”.

Em seu portfólio brasileiro, a Unilever anunciou que, até o final de 2022, se fabricou 27% das embalagens com plástico reciclado pós-consumo. Com o compromisso de atribuir valor ao plástico usado, a companhia subiu 6 pontos percentuais no índice de reciclabilidade, em comparação com 2021, quando obteve 21%.

Nesse sentido, no fechamento de 2022, a companhia conseguiu a antecipação de três anos da meta global. 

Isso porque, em 2020, a Unilever assumiu o compromisso mundial de diminuir em 50% o uso de plástico virgem e utilizar 25% de plástico reciclado nas embalagens até 2025.

Segundo a Head de reputação e assuntos corporativos da Unilever, a companhia está comprometida em inovar para reduzir, reutilizar e reciclar. “As nossas metas e ações contemplam embalagens plásticas, resíduos de alimentos e resíduos de fábricas e operações”.

Conforme ela,  no Brasil, o avanço é notório e conta com o envolvimento de todas as marcas da companhia. “Estamos no caminho certo, com todos os nossos grupos de negócios e marcas unidos pelo mesmo objetivo”.

Incentivo a economia circular

O Movimento Plástico Transforma, iniciativa criada pelo Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast), inaugurou recentemente no Museu Catavento, em São Paulo, o espaço Economia Circular do Plástico.

Situado no segundo andar do Museu, essa atividade reúne desde informações sobre a criação dos plásticos, seus diversos tipos, como eles se aplicam no dia a dia da sociedade, além de jogos e projeções sobre consumo e descarte consciente.

Bem como, a reciclagem e a importância da gestão correta dos resíduos para a evolução da economia circular.

Além disso, o Movimento em parceria com a Fundação Cásper Líbero e a Yescom, também realizou nos últimos três anos a coleta dos copos plásticos utilizados pelos corredores da Corrida Internacional de São Silvestre. 

Apenas em 2022, se recolheu cerca de 1.500 kg de copos plásticos que se destinaram até uma gestora de resíduos para triagem.

Em sequência, se recicla para que se transformem em novos produtos. Isto é, os copos plásticos utilizados para hidratar os atletas se tornarão mesas e cadeiras infantis que serão doadas para escolas.

Simone Carvalho, do comitê técnico do Movimento Plástico Transforma, explica que as duas ações têm como objetivo demonstrar para a sociedade os benefícios que podem se obter com a reciclagem e a destinação correta de resíduos. 

Ela finaliza dizendo: “Queremos reforçar a importância da economia circular, em que um mesmo produto pode se usar de diversas formas, se transformado em outros materiais, ao invés de descartado em um lixão, por exemplo”.

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Última atualização em 27 de maio de 2023

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