A pecuária brasileira alcançou um novo recorde em 2022, com um rebanho bovino de 234,4 milhões de animais, um aumento de 4,3% em relação ao ano anterior, de acordo com a Pesquisa Produção da Pecuária Municipal divulgada pelo IBGE. A carne bovina brasileira é produzida, em sua maioria, em regime de pastagens, que ocupam cerca de 167 milhões de hectares. Portanto, é fundamental garantir a qualidade desses pastos para uma oferta de alimento mais barata e saudável.
Formação da Pastagem
Antes de tudo, é necessário que o produtor tenha em mente o objetivo da sua propriedade. Cada propriedade possui uma realidade única, e copiar os vizinhos sem considerar a própria necessidade pode levar a erros. É importante realizar uma análise detalhada antes de tomar qualquer decisão.
Análise da Fertilidade do Solo
É fundamental realizar análises químicas e físicas do solo para conhecer a composição do solo e os nutrientes disponíveis. Esses resultados irão auxiliar na escolha da forrageira mais adequada. Na Soesp, por exemplo, existem 18 opções de forrageiras disponíveis.
Correções e Adubações
Após a análise do solo, é necessário investir nas correções e adubações adequadas. A calagem é recomendada para neutralizar a acidez do solo, caso o pH esteja baixo. A gessagem auxilia na distribuição dos nutrientes no perfil do solo. Já a fosfatagem serve para aumentar os teores de fósforo, um elemento pouco disponível nos solos brasileiros. Também pode ser necessário repor potássio e nitrogênio para garantir a fertilidade do solo e uma maior oferta de alimento para o gado no pasto.
Processo de Gradagem do Solo
O processo de gradagem no solo é importante para garantir a uniformidade no plantio. Cada localidade possui aspectos físicos distintos, e é necessário realizar uma análise detalhada do solo. Um solo mal preparado pode resultar em um pasto de baixa longevidade. É essencial que o solo esteja nivelado e sem torrões para que as sementes tenham o melhor contato possível com a terra.
Dimensão do Pasto e Oferta de Água
Uma opção recomendada é encurtar as áreas de pasto e trabalhar no formato de rotação. Além disso, é fundamental garantir a qualidade da água disponibilizada aos animais. Pastos menores com mais oferta de água limpa, seja por meio de poços artesianos, caixas ou bebedouros, são essenciais para o ganho de peso dos bovinos.
Atenção na Qualidade da Semente
Apesar de ser o insumo mais barato na implantação da pastagem, a qualidade da semente não deve ser negligenciada. Uma semente não beneficiada pode resultar na introdução de plantas daninhas na propriedade. As invasoras de folha larga podem ser controladas com herbicidas de pastagem, mas as invasoras de folha estreita não possuem herbicidas seletivos eficientes. É importante optar por sementes de qualidade, como a semente Advanced da SOESP, que recebe tratamento industrial para promover alta pureza e reduzir o ataque de formigas no campo.
Conclusão
O manejo correto da pastagem é fundamental para garantir a qualidade e longevidade do pasto, oferecendo uma alimentação mais saudável e econômica para o gado. É importante que os pecuaristas estejam atentos à formação da pastagem, à análise da fertilidade do solo, às correções e adubações necessárias, ao processo de gradagem do solo, à dimensão do pasto e oferta de água adequadas, além da qualidade da semente utilizada. Investir em boas práticas de manejo resultará em uma maior produtividade do rebanho e no sucesso da atividade pecuária.
Última atualização em 20 de fevereiro de 2024