Antioxidantes são aditivos-chave para manter a integridade de resinas e peças plásticas ao longo do processamento e do uso. Eles limitam reações que quebram cadeias poliméricas, preservando propriedades mecânicas, estabilidade dimensional e aparência. Sem esse cuidado, calor, cisalhamento, oxigênio e radiação podem acelerar a formação de radicais livres, elevando o índice de amarelecimento, aumentando o fluxo (MFR) por cadeia mais curta e, em casos extremos, causando fragilização e perda de desempenho.
O tema interessa a quem produz, transforma ou reutiliza resinas. Do reator à extrusora, passando por granulação, masterbatches e processos como injeção, sopro, extrusão de filmes, tubos e perfis, o controle da oxidação é decisivo. A seleção correta do pacote antioxidante evita retrabalho, melhora a estabilidade do processo, facilita o controle de cor e reduz paradas por degradação. A seguir, entenda como esses aditivos funcionam, quais categorias existem, quando usar cada uma e como testar resultados de forma prática na planta.
Mecanismo de oxidação e como os antioxidantes atuam
A oxidação térmica de polímeros é uma reação em cadeia. Inicia-se pela formação de radicais (iniciação), avança com a abstração de hidrogênio e criação de novos radicais (propagação) e se encerra quando radicais se combinam (terminação). Em poliolefinas como PE e PP, a presença de calor, oxigênio e traços de catalisadores residuais acelera esse ciclo. O resultado é a redução da massa molar média, o que altera propriedades como resistência ao impacto e alongamento na ruptura. Em paralelo, cromóforos formados durante a oxidação mudam a coloração, com tendência ao amarelecimento.
Antioxidantes interrompem essa sequência por rotas complementares. Os chamados primários, em geral fenólicos impedidos, doam hidrogênio para neutralizar radicais peroxila, bloqueando a propagação. Já os secundários, como fosfitos e fosfonitos, convertem hidroperóxidos em produtos estáveis, evitando que se decomponham em novos radicais sob calor. Há ainda estabilizantes de enxofre (tioéteres) com função similar à dos fosfitos, úteis em processos mais severos. O uso combinado é frequente: um componente trata os radicais formados; o outro remove precursores reativos, conferindo estabilidade térmica e de cor.
Categorias de antioxidantes e aplicações típicas
Os antioxidantes primários mais usados em plásticos são fenólicos impedidos, com estrutura volumosa que estabiliza o radical formado após a doação de hidrogênio. Eles são compatíveis com poliolefinas, estirênicos, ABS, POM e vários plásticos de engenharia. Aminas aromáticas têm alta eficiência como antioxidantes primários, mas podem escurecer o material e, por isso, são reservadas a aplicações específicas em que cor não é crítica. Em peças que exigem aparência neutra ou natural, priorizam-se fenólicos de baixa tendência a amarelecimento e baixo odor.
Antioxidantes secundários incluem fosfitos e fosfonitos, reconhecidos por protegerem a cor durante o processamento. Eles reduzem hidroperóxidos e impedem decomposição catalítica em metais de transição residuais. Em formulações para PP e PE, a combinação “fenólico + fosfito” é padrão para estabilidade de fusão, OIT (tempo de indução à oxidação) e retenção de propriedades. Tioéteres são alternativa de alto desempenho em processos de longa residência e temperaturas elevadas, como em extrusões de alta produtividade e em materiais que passam por múltiplos ciclos térmicos.
Quando e por que utilizar: do reator à transformação
Em polimerização e granulação, antioxidantes estabilizam o polímero recém-formado enquanto remove oxigênio dissolvido e neutraliza resíduos que aceleram a oxidação. Na fabricação de masterbatches, a presença do aditivo ajuda a preservar a resina-veículo e o pigmento durante a extrusão. No transformador, eles controlam o estresse térmico do ciclo, suportando variações de temperatura, tempo de residência e cisalhamento. Em filmes soprados, evitam gelificação por degradação local e auxiliam na manutenção do MFR. Em injeção, ajudam a preservar propriedades após múltiplos reprocessos e rebarbas moídas.
No uso em serviço, o papel dos antioxidantes continua relevante, sobretudo em ambientes com calor e contato com oxigênio. Em dutos de PP, por exemplo, a estabilidade térmica prolonga a manutenção do desempenho ao longo do tempo. Em peças automotivas internas, antioxidantes alinhados à exigência de baixa coloração preservam aspecto e propriedades ao longo de ciclos térmicos típicos da cabine. Em eletroeletrônicos, formulações equilibradas reduzem variações de cor em processos SMT e em pontos de calor local.
Passo a passo para escolher o pacote antioxidante certo
Primeiro, mapeie a resina, o processo e a exigência de aparência. Resinas com elevada temperatura de processamento ou longa residência na extrusora demandam secundários robustos (fosfitos/tioéteres) combinados a fenólicos estáveis. Para materiais sensíveis à cor, priorize fosfitos de baixa tendência a amarelecimento e fenólicos com baixo teor de impurezas. Se a peça receberá múltiplos ciclos térmicos (reprocesso, retrabalho), avalie aumentar levemente a fração do antioxidante primário para manter a massa molar ao longo dos ciclos.
Depois, defina a estratégia de incorporação. Aditivação direta no composto final oferece previsibilidade. Masterbatches facilitam a dosagem em campo e simplificam o inventário. Em ambos os casos, assegure boa dispersão e evite umidade, que pode favorecer reações indesejadas no cilindro. Por fim, estabeleça critérios de aprovação com testes de OIT em DSC, MFR pré e pós-envelhecimento térmico, índice de amarelecimento, impacto e tração. A combinação que atingir metas com menor dosagem e menor variação de cor tende a ser a mais custo-efetiva para a sua linha.
Doses usuais e relações de sinergia mais comuns
Em poliolefinas, fenólicos frequentemente operam na faixa de 0,05% a 0,30% em massa, enquanto fosfitos costumam variar de 0,05% a 0,25%. Em processos exigentes, tioéteres podem ser adicionados entre 0,05% e 0,20%. Relações 1:1 e 1:2 (fenólico:fostito) são comuns em formulações padrão para PP e PE, mas ajustes finos dependem de temperatura, tempo de residência, presença de cargas e requisitos de cor. Sempre que possível, realize um desenho fatorial simples em laboratório para comparar três ou quatro combinações dentro dessas faixas antes de escalar para a extrusora ou injetora de produção.
A sinergia funciona porque cada componente age em alvos diferentes do ciclo de oxidação. O secundário diminui a concentração de hidroperóxidos, reduzindo as chances de formação de novos radicais. O primário, por sua vez, neutraliza radicais que escapam, impedindo que a reação avance. Ao combinar ambos, é possível atingir OIT mais alto com menos aditivo total do que se cada um fosse usado isoladamente. Essa otimização pode ser decisiva em produtos que exigem transparência ou em que a aditivação compete com espaço para pigmentos, retardantes de chama ou carga mineral.
Medições que orientam a decisão: OIT, MFR, cor e mecânica
O OIT (Oxidation Induction Time) medido em DSC é um indicador rápido da resistência inicial à oxidação sob atmosfera de oxigênio. Em geral, combinações com fosfito elevam bem o OIT mantendo a cor. Já o MFR, medido antes e depois de um envelhecimento térmico controlado, indica se há quebra de cadeia; aumentos significativos apontam degradação. Em paralelo, o índice de amarelamento (YI) e a variação de L*, a*, b* em espectrofotômetro completam a avaliação de aparência. A meta é crescer OIT e manter MFR e cor dentro da janela definida para a peça ou filme.
Ensaios mecânicos de tração e impacto ajudam a confirmar que a integridade foi preservada. Em filmes, rasgo e alongamento na ruptura são sensíveis a pequenas alterações na massa molar. Em tubos, pressão hidrostática e resistência ao crescimento lento de trinca podem ser impactadas se a degradação ocorrer durante a extrusão. Em compostos com cargas, reometria de torque ou capilar mostra a estabilidade ao longo do tempo. Use esses dados para comparar pacotes e construir uma especificação interna com limites de aceitação claros.
Estudos de caso: o que muda na linha quando a formulação acerta
Filme PEBD/PEBDL com reprocesso de 20%: a linha apresentava pontos de gel e variação de cor após paradas curtas. A substituição de um fosfito padrão por um de maior estabilidade térmica, combinada a um fenólico de baixo teor de impurezas, elevou o OIT em aproximadamente 35% e reduziu o YI em dois pontos na escala de cor interna. A taxa de refugo caiu porque a fusão manteve viscosidade mais estável em paradas e partidas, reduzindo marcas na direção de máquina. A operação também permitiu aumentar ligeiramente a temperatura do cilindro para ganhar produtividade sem penalizar o aspecto visual.
PP homopolímero injetado com ciclos rápidos: peças com nervuras e paredes finas apresentavam tendência a “silver streak” e variações de cor após três reprocessos. Adoção de um pacote com fenólico de alta eficiência e fosfito com bom desempenho em cor, além de ajuste na lubrificação interna, estabilizou o MFR entre lotes e reduziu marcas superficiais. O número de retrabalhos por lote caiu, e o tempo de setup encurtou porque a janela de processo ficou mais ampla, com resposta previsível a alterações de temperatura e contrapressão.
Interações com outros aditivos, pigmentos e cargas
Pigmentos e cargas podem catalisar reações indesejadas. Sais metálicos, negros de fumo com metais traço e alguns corantes orgânicos interferem na estabilidade térmica. Nesses cenários, fosfitos de maior pureza e fenólicos de baixa acidez residual produzem resultados superiores em cor e OIT. Se houver negro de fumo de alto teor de cinzas, avalie o uso de desativadores de metal quando aplicável, e ajuste a sequência de adição para evitar contato prolongado do aditivo com pontos quentes no cilindro.
Retardantes de chama, estabilizantes UV (como HALS e benzotriazóis) e agentes de acoplamento também influenciam a seleção de antioxidantes. Alguns sistemas halogenados podem exigir fenol estabilizado com fosfito de perfil específico para manter a cor. Em peças transparentes, prefira antioxidantes com baixo índice de coloração intrínseca. É comum adotar um pacote base de antioxidantes e, sobre ele, adicionar estabilizantes de luz quando a exposição à radiação for relevante, sempre confirmando compatibilidade e desempenho com testes de envelhecimento acelerado apropriados à aplicação.
Reciclagem e reprocesso: como recuperar propriedades com estabilidade de fusão
Reprocessos sucessivos tendem a reduzir a massa molar e a alterar a distribuição de pesos moleculares. Antioxidantes ajudam a estabilizar a fusão e a preservar propriedades-alvo quando a formulação considera o histórico térmico do material. Em poliolefinas recicladas, é comum detectar hidroperóxidos e grupos carbonílicos formados em ciclos anteriores. A adição adequada de fosfito e fenólico bem distribuídos limita novas quebras de cadeia durante a extrusão, melhora a resposta do MFR e ajuda a manter alongamento e impacto perto da faixa desejada para a aplicação.
A performance do pacote também depende de umidade, contaminantes e presença de aditivos da vida anterior do polímero. Uma etapa de secagem eficiente, o uso de peneiras nosadores de fundido e a escolha de cargas com baixo teor de metais traço potencializam o efeito dos antioxidantes. Em linhas que usam regranulado em filmes, é prática adotar masterbatches com sistemas antioxidantes de maior robustez, evitando variações de cor entre bobinas e reduzindo perdas em emendas e partidas.
Exemplos de produtos e combinações disponíveis no mercado
Há fornecedores com portfólios que cobrem diferentes necessidades de desempenho e processamento. Entre eles, soluções com fenólicos como ADK STAB AO-60, ADK STAB AO-60RG, ADK STAB AO-50 e ADK STAB AO-50F, reconhecidas por atuar como antioxidantes primários, com boa sinergia quando usadas junto a fosfitos e tioéteres. Já os fosfitos ADK STAB 2112 e ADK STAB 2112RG desempenham o papel de antioxidantes secundários, agregando estabilidade térmica durante o processamento e ajudando a controlar o amarelecimento, sobretudo em aplicações com sensibilidade de cor. Para processos mais severos, o ADK STAB PEP-36 é um fosfito indicado quando se busca estabilidade térmica elevada e controle de cor sob temperaturas altas.
Também existem blendas que simplificam a dosagem e já trazem a proporção adequada entre primário e secundário. É o caso do ADK STAB A-612RG, que combina antioxidante de base fenólica com fosfito numa relação 1:2 (uma parte de AO-60 para duas partes de 2112), facilitando o uso e reduzindo o risco de dosagem incorreta quando os aditivos são aplicados separadamente. Para poliolefinas recicladas, linhas como Cycloaid foram desenvolvidas para preservar propriedades e a estabilidade térmica da fusão, ampliando a janela de processamento de compostos que contêm frações de regranulado. A seleção deve considerar a resina, a temperatura de processo e os requisitos de aparência do produto final.
Guia por resina: recomendações práticas de aplicação e dosagem
Polietileno (PEAD, PEBD, PEBDL): em extrusão de filmes, começar com 0,10% a 0,20% de fenólico e 0,10% a 0,15% de fosfito costuma entregar boa estabilidade de cor e OIT adequado. Em sopro de frascos, especialmente com coloração clara, ajuste o fosfito para baixo risco de amarelecimento. Em tubos, verifique a compatibilidade com estabilizantes específicos do sistema e mantenha o pacote antioxidante dentro das exigências de ensaio da aplicação.
Polipropileno (PP homo e copolímeros): para injeção e termoformagem, recomenda-se 0,10% a 0,30% de fenólico e 0,05% a 0,20% de fosfito. Em fibras, priorize aditivos de baixo teor de voláteis e de alta pureza para evitar odor e mudança de cor. Em compostos com talco, a presença de minerais reforça a importância de um pacote bem balanceado, principalmente em ciclos longos de extrusão.
PVC, PET, PA, ABS e outros: particularidades que fazem diferença
PVC: a estabilidade térmica é tradicionalmente tratada com sistemas específicos de estabilizantes. Ainda assim, antioxidantes podem compor o pacote em formulações com plastificantes e em reciclados de PVC, auxiliando na manutenção de cor e viscosidade plastisol. É essencial checar compatibilidade com o estabilizante principal para evitar interação indesejada durante o gel e a fusão.
PET, PBT e poliésteres: fosfitos de alto desempenho ajudam a manter a cor e a viscosidade intrínseca em processos com temperaturas elevadas e alto vácuo. Em PET reciclado, o uso de antioxidantes combinados com secagem eficiente reduz a formação de acetaldeído e melhora a estabilidade de cor em peças e filmes transparentes. Ajustes finos na dosagem são recomendados para não interferir em reações de policondensação sólida quando aplicável.
POM, PS, SAN e TPU: cuidados no processamento
POM (acetal): requer controle rígido de umidade e acidez. Antioxidantes devem ser compatíveis com a química do polímero e do lubrificante usado. Em geral, combinações com fenólicos selecionados e fosfitos de alta pureza oferecem boa estabilidade sob ciclos de injeção e reprocesso moderado, preservando a resistência e a estabilidade dimensional.
PS, HIPS, SAN e ABS: sistemas fenol + fosfito funcionam bem, com atenção redobrada à coloração em peças claras. Em ABS, aditivos devem conviver com borracha butadieno, o que torna a estabilidade ao calor essencial para evitar perda de impacto. Em TPU, a sensibilidade térmica pede pacotes suaves e processabilidade cuidadosa, com preferência por fenólicos e fosfitos de baixo impacto em cor.
Como implementar na fábrica: do teste-piloto ao lote comercial
Comece por um lote-piloto com aditivação em extrusora de laboratório. Defina duas ou três combinações dentro das faixas indicadas e rode um desenho simples para medir OIT, MFR, cor e, quando aplicável, impacto e tração. Com os dados em mãos, selecione a melhor e rode um lote intermediário na linha de produção. Monitore torque da extrusora, pressão de cabeçote, estabilidade de bolha (em filmes) e marcas superficiais (em injeção). Se o comportamento for previsível e a janela de processo se mantiver estável, avance para o lote comercial.
Padronize a sequência de dosagem, controle umidade e assegure que osadores e balanças estejam calibrados. Armazene os aditivos em ambiente seco, longe de fontes de calor, e evite exposição prolongada ao ar para reduzir absorção de umidade. Faça um POP com parâmetros críticos e limites de aceitação. Ao final do primeiro mês, consolide indicadores como refugo, variação de MFR entre lotes, YI médio e tempo de setup. Esses dados mostram se o pacote escolhido cumpre as metas de estabilidade e repetibilidade.
Erros comuns e como evitar cada um deles
Subdosagem de antioxidante primário é uma causa frequente de aumento de MFR após paradas e partidas. Se o material sofre múltiplos ciclos térmicos, reforce a fração do fenólico dentro da faixa recomendada. Outro erro é escolher fosfito sem avaliar a estabilidade térmica necessária ao processo, o que pode levar a amarelecimento. Em peças transparentes, verifique a tendência de cor do pacote em sua condição real de processo, e não apenas em placas de laboratório.
Mistura insuficiente e umidade elevada também prejudicam o resultado. Garanta dispersão homogênea do aditivo; use peneiras quando suportado pela linha. Em fórmula com pigmentos sensíveis ou sais metálicos, considere grau de alta pureza. Por fim, monitorar apenas cor pode mascarar degradação de cadeia: sempre acompanhe MFR e OIT para ter visão completa. O controle por dados evita decisões baseadas apenas em impressão visual do operador.
Perguntas frequentes: dúvidas que surgem no dia a dia
Antioxidantes substituem estabilizantes de luz? Não. Eles atuam majoritariamente contra oxidação térmica e química, enquanto estabilizantes UV mitigam danos por radiação. Em aplicações expostas, ambos podem ser necessários. Posso usar só o fosfito? Em alguns processos, o fosfito sozinho melhora a cor, mas a combinação com fenólico costuma entregar estabilidade mais completa e consistente ao longo do ciclo térmico.
Como decidir entre pacote pronto e aditivos separados? Pacotes prontos simplificam a operação e reduzem o risco de erro de dosagem. Aditivos separados dão flexibilidade para ajustar proporções à sua linha. A decisão depende do nível de controle da planta, da variação de matérias-primas e da necessidade de customização. O que monitorar em reprocesso? Acompanhe OIT, MFR e cor após ciclos simulados; se a queda de propriedades for pequena e repetível, o pacote está adequado.
Checklist prático para adotar antioxidantes com eficiência
1) Liste resinas, temperaturas e tempos de residência típicos da sua linha. 2) Defina metas de desempenho: OIT mínimo, variação máxima de MFR e índice de amarelecimento alvo. 3) Escolha duas a três combinações dentro das faixas sugeridas para testes controlados. 4) Rode ensaios em laboratório e, em seguida, em linha piloto. 5) Audite dispersão e umidade no processo. 6) Padronize a dosagem com POP, incluindo sequência de adição e limites de aceitação. 7) Revise resultados após 30 dias, com dados de produção e inspeção de qualidade.
Ao seguir esse roteiro, a planta ganha previsibilidade no processamento e preserva desempenho das peças em diferentes cenários de operação. Antioxidantes bem selecionados e corretamente dosados funcionam como uma rede de proteção contra variações inevitáveis do dia a dia industrial, mantendo cor, fluidez e propriedades mecânicas dentro da janela especificada e facilitando a repetibilidade entre lotes.
Segurança, manuseio e armazenamento
Estabeleça práticas de segurança para toda a equipe envolvida com aditivos sólidos ou líquidos. Use EPI adequado para manipulação de pós finos, evite formação de poeira no ambiente e mantenha exaustão localizada quando necessário. Acondicione os produtos em locais secos, na embalagem original e protegidos de fontes de calor. Evite contato prolongado com o ar para reduzir absorção de umidade, que pode comprometer a dosagem e a dispersão. Treine operadores para reconhecer sinais de degradação em linha, como aumento rápido de torque, odor característico e mudança visual de cor.
No recebimento, confira a integridade da embalagem e o lote/validade. Em processos que exigem rastreabilidade rigorosa, registre o número de lote do aditivo junto ao lote de produção. Se houver necessidade de pré-mistura, use misturadores com controle de tempo e velocidade, evitando aquecimento local. Ao final do turno, limpe funis e dosadores para impedir aglomeração ou absorção de umidade. Esses cuidados simples preservam a performance do aditivo e a consistência do produto final.
Resumo operacional: do problema típico à solução viável
Problema recorrente em plantas de transformação é a variação de cor e fluidez após paradas curtas e reprocessos. A resposta passa por um pacote antioxidante equilibrado, com fenólico e fosfito em proporções compatíveis com a severidade do processo, além de condições de mistura e umidade sob controle. Testes de OIT, MFR e cor orientam ajustes finos e validam a escolha. Em linhas com regranulado, a seleção de um fosfito de alta estabilidade térmica e um fenólico eficiente costuma entregar desempenho consistente e previsível.
Ao adotar práticas de medição e uma rotina objetiva de testes, é possível reduzir refugos, encurtar setups e melhorar a estabilidade entre lotes. Antioxidantes não são um detalhe de formulação: quando bem escolhidos e aplicados, tornam o processo mais robusto e a qualidade mais estável, do primeiro ao último ciclo de produção no dia.
Última atualização em 30 de outubro de 2025