Interromper o uso de plástico provavelmente seria prejudicial para o bem-estar humano e ambiental
Estudo iniciado em 2013 pelo Laboratório de Sistemas Avançados de Gestão de Produção da Universidade Federal do Rio de Janeiro mostra que, na primeira década deste século, o uso de componentes feitos de plástico na frota brasileira de automóveis evitou a emissão de 126,5 milhões de toneladas de CO2eq. Sendo o plástico a opção mais sustentável.
Além disso, o relatório científico ambiental aponta outras vantagens do plástico em relação a materiais alternativos.
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O relatório Plastics and Sustainability, de outubro de 2021, publicado pelo cientista ambiental e diretor do instituto canadense Fraser Institute, Kenneth P. Green, traz uma perspectiva diferente para a discussão sobre sustentabilidade e o mundo que será deixado para as futuras gerações.
Ele sugere que avaliar a sustentabilidade dos plásticos requer uma perspectiva abrangente, holística e histórica. Bem como a consideração dos impactos ambientais, econômicos e sociais da ampliação do uso de materiais alternativos em detrimento do plástico.
Avaliações científicas sobre o ciclo de vida do plástico e de materiais alternativos, como o vidro e o alumínio, por exemplo, indicam que o plástico apresenta uma pegada de carbono menor, tornando-o a opção mais sustentável em diversas aplicações.
De acordo com o Google, produzir alumínio é uma das atividades que mais demandam energia e mais poluem o planeta. Gerando 175 milhões de toneladas de resíduos tóxicos e emitindo cerca 861 milhões de toneladas de CO2 todos os anos.
Já o plástico é leve, resistente, requer pouca matéria-prima para sua produção, contribui para a redução do desperdício de alimentos.
Sendo este, uma das principais causas da intensificação do efeito estufa, responsável por 8% a 10% das emissões totais, conforme relatório da ONU. Além de ser amplamente reciclável, seja mecânica ou quimicamente.
Desafios para o futuro sobre o plástico como opção mais sustentável
Como resultado, Kenneth aponta que implementar políticas de restrição ao uso de plástico, como bani-lo ou substituí-lo por outros materiais geraria impactos negativos ao meio ambiente e ao avanço da sociedade.
Porque, ainda que seja um material novo na humanidade e tenha uma curta história na fabricação de bens de consumo, o plástico se tornou essencial para sustentar sociedades prósperas e tecnológicas.
Kenneth defende “Sugestões para interromper o uso de plástico provavelmente seriam prejudiciais para o bem-estar humano e ambiental”.
Por outro lado, a análise reconhece que os processos de reciclagem ainda são economicamente ineficientes.
Um dos motivos pelos quais os índices de reciclagem plástica em todo o mundo estão abaixo do necessário.
No entanto, afirma que a recuperação completa dos monômeros plásticos através da reciclagem, faria com que a sociedade se aproximasse dos desejados conceitos atuais de sustentabilidade ambiental.
Este, conclui Kenneth, é um dos principais desafios para um futuro de desenvolvimento econômico e social em harmonia com o meio ambiente: recuperar o valor perdido no processo de reciclagem do plástico.
Relatório na íntegra (em inglês): Neste link.
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Última atualização em 1 de agosto de 2022