A Microsoft descobriu que o resfriamento por imersão em dois estágios ajuda a reduzir o consumo de energia de um servidor em até 15%. Além disso, o método apresenta uma taxa de falha menor devido aos efeitos corrosivos do oxigênio no ar.
O novo processo submerge os racks de servidor em um tanque de aço – como um “banho de resfriamento”. Em seu interior, um fluido não condutor é utilizado para retirar o calor ao atingir diretamente os componentes.
Este fluido tem um ponto de ebulição mais baixo (50°C) para condensar na tampa do tanque e cair novamente no banho líquido como chuva. Dessa forma, o sistema opera em circuito fechado, reduzindo os gastos com energia e água.
Imagem dos servidores mergulhados no tanque especial.Fonte: Microsoft/Divulgação
Esse modelo de resfriamento por imersão é usado por muitos mineradores de criptomoedas. Assim, a Microsoft se inspirou no conceito e vem realizando testes com servidores para computação em nuvem e relacionados ao aprendizado de máquina.
Além de reduzir o consumo de energia e água, o formato permite armazenar as ferragens de forma mais compacta. No futuro, isso ajudará a reduzir significativamente o espaço usado pelos tradicionais data centers refrigerados a ar.
Atualmente, a Microsoft está estudando os graus de viabilidade do resfriamento líquido e como ele funciona ao suportar cargas de trabalho de pico. Além de como o sistema pode cooperar com servidores de nuvem e inteligência artificial de alta demanda.
Contêineres especiais da Microsoft para servidores refrigerados a líquido.Fonte: Microsoft/Divulgação
Compromisso com o meio ambiente
A nova experiência demonstra o compromisso da Microsoft em lidar com a escassez de água. Um dos pactos da empresa com o meio ambiente é repor ainda mais água do que utiliza em suas operações globais até 2030.
Por exemplo, seus escritórios possuem um sistema de coleta de água da chuva e estações de tratamento. Apesar de desafiadores, projetos como o resfriamento por imersão ajudarão a gigante da tecnologia a se aproximar de seus objetivos.
Última atualização em 15 de janeiro de 2023