Indústria do plástico busca inovação em reciclagem

Indústria do plástico busca inovação em reciclagem

A expectativa é de aumentar em 25% a reciclagem do plástico no Brasil

O Sinplast-RS (Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul), busca inovação e economia circular para atender à demanda sustentável.

Já que, o mercado do plástico está cada vez mais sustentável e a economia circular nesse setor avança pelo mundo.

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A princípio, se espera que o volume de plástico descartado para reciclagem, salte de cerca de 25% para mais de 50%, no Brasil até 2030.

Nesse sentido, Gerson Haas, presidente do Sinplast-RS, comenta sobre os desafios para as empresas que produzem plásticos para os próximos anos.

Hass explica: “O foco será a economia circular, inovação e reciclagem. O Brasil vai dar exemplo, algo muito falado no ENAI (Encontro Nacional da Indústria, promovido pela Confederação Nacional da Indústria)”.

Isso porque, segundo ele, o país é a bola da vez para mostrar ao mundo como se faz economia circular.

Reciclagem do plástico descartado no Brasil

Indústria do plástico busca inovação em reciclagem - sinplast - RS

Atualmente, o Brasil recicla por volta de 23% a 25%, o que para o presidente ainda é muito baixo.

Hass destaca: “Há regiões em que esses percentuais são um pouco maiores e em outras um pouco menores”.

Para ele, essa diferença acontece devido ao incentivo presente em cada região. 

Por exemplo, na Serra gaúcha, a reciclagem é mais incentivada, tem mais coleta seletiva, há muitas recicladoras.

Com isso, faz chegar a um patamar de 32% a 35% de reciclagem. Já em Caxias do Sul, tem uma recicladora que transforma 3 mil toneladas ao mês.

Hass sobre o crescimento das taxas de reciclagem do plástico: “A ideia é passar de 50% até 2030. Os empresários do Brasil têm muito interesse nisso, é uma fonte de renda muito boa”.

De acordo com ele, a tecnologia e a inovação estão chegando para que isso seja feito de uma forma mais automatizada.

Assim, facilitando a separação tanto de plásticos, como papéis, vidros e metais. “Precisamos só de um apoio mais forte do poder público, precisamos dessa liderança, com muitas e legislação”, comentou.

Dessa forma, com a coleta seletiva, ele acredita que se apura muito mais dinheiro que em outros meios de destinar os resíduos.

Custo das resinas termoplásticas

O custo das resinas termoplásticas vem pressionando os transformadores de plástico no Brasil. Sob a expectativa de Hass, o preço da matéria-prima deve cair.

O presidente diz: “A tendência agora é de uma queda. O mercado internacional já baixou, mas por enquanto aqui os preços ainda estão.”

Segundo ele, o Brasil teve dois aumentos recentes, um há 60 dias e outro há três meses.

Hass, pontua: “No ano, o incremento é de cerca de 20% até o momento. Porém, acredito que a perspectiva é de cair para os próximos meses.”

Com isso, ele  analisa que: “Se não baixar no cenário interno, deve entrar muito material importado.”

Sobre a venda da Braskem, principal fornecedora de resinas petroquímicas, ele acredita que ficará para 2023, já que 2022 é ano eleitoral.

Ele conclui: “Não sabemos se a Braskem será vendida de maneira fatiada ou completa. Acreditamos que será fatiada e aí será bom para o setor, porque aumentará a concorrência.”

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Última atualização em 21 de julho de 2022

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