Com 69% das indústrias utilizando pelo menos uma tecnologia digital, apontado pela CNI. A transformação que a indústria 4.0 têm gerado no método como as empresas atuam, é comprovada. Isso porque, a nova gama de combinações de inovações e tecnologias digitais gera um aumento na competitividade da manufatura.
Uma vez que, a tecnologia pode impactar na competitividade da fábrica com novos modelos de negócios. Assim como na produção inteligente, mão de obra capacitada, indústria sustentável customizável.
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Segundo o diretor de tecnologia da Veloxi S/A, Heron Berton, a manufatura, desde o século XVIII, passou por três grandes ondas de transformação. “Hoje o país passa pela quarta onda de mudanças, denominada de indústria 4.0, onde o IoT (Internet das coisas) é o protagonista e responsável por esta transformação”.
Ele ainda acrescenta que: “Para que as fábricas se tornem inteligentes, é preciso conectar e compartilhar informações de máquinas, processos, pessoas e sistemas em tempo real”.
Assim, essa transformação vem revolucionando a forma como as empresas fabricam, aprimoram e distribuem os seus produtos, em um mundo globalizado e competitivo, destacou Berton.
Heron Berton acredita que as empresas que não conseguirem acompanhar esta onda perderão rapidamente sua competitividade e serão extintas em um futuro próximo.
Para o especialista, apesar do alto nível de adoção de pelo menos uma tecnologia digital, a maioria das empresas utilizam uma baixa quantidade de tecnologias digitais.
O que indica que se encontram em uma fase inicial do processo de digitalização. “As principais barreiras à adoção de novas tecnologias consideradas pelas empresas são a falta de colaboradores qualificados e o alto custo de implantação”, salienta.
Falta de capacitação para implementação do avanço
Berton ainda ressalta que um dos fatores críticos para o avanço da implementação de tecnologias digitais na indústria é a falta de colaboradores capacitados.
Já que as indústrias normalmente contratam operadores não qualificados ou incapacitados para manipular tecnologias.
Ele aponta que: “A falta de trabalhadores habilitados deve se agravar à medida que aumenta o ritmo de expansão da economia com tecnologia e isso se tornará um dos principais obstáculos no crescimento da produtividade e da competitividade do Brasil”.
Para ele, existe uma preocupação que o trabalho humano seja substituído por máquinas. “Acreditamos que isso está longe de acontecer, pois especialistas dizem que uma automação completa da fábrica, de máquinas substituindo toda a força de trabalho, não é real para um futuro próximo”, diz. “Mas para que os empregos sejam mantidos, será fundamental que os gestores continuem focando na capacitação”, conclui.
Programa para investir e incentivar a digitalização
Recentemente, o SENAI está promovendo a segunda chamada do programa Brasil Mais, que distribuirá R$ 7 milhões a iniciativas de digitalização e conectividade.
Essa chama é dedicada a projetos de desenvolvimento da indústria 4.0 – de acordo com o SENAI, o aporte é parte da Plataforma de Inovação para a Indústria em segunda chamada na categoria Smart Factory.
Desse modo, empresas dos mais diversos portes poderão pleitear investimentos para projetos de digitalização e conectividade que envolvam tecnologias de manufatura aditiva.
Isto é, impressão 3D, blockchain, IoT, banda larga móvel, computação em nuvem, automação e robótica.
Bem como, realidade virtual, inteligência artificial, plataformas de hardware e novos materiais. Cada proposta poderá receber até R$ 800 mil e terá um ano de implantação.
Contudo, a segunda de quatro chamadas do Smart Factory, investirá, no total, R$ 28 milhões em parceria com o BNDES, ABDI e Ministério da Economia.
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Além de aumentar a competitividade de negócios, a digitalização das operações industriais tem modernizado o modo de atuação das empresas
Última atualização em 10 de fevereiro de 2023