O estudo estima que pode reciclar cerca de 14 milhões em toneladas de plástico
Um estudo desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia de Kyoto, no Japão, descobriu um tipo de bactéria capaz de comer resíduos plásticos.
Primeiramente, o material plástico ao se decompor, libera fragmentos sub milimétricos, também conhecidos como microplásticos.
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A partir disso, que a nova espécie de bactéria se insere, ela é responsável pelo processo de decomposição do plástico. Assim, consumindo as substâncias liberadas.
Como explicam os autores da pesquisa: “A Ideonella sakaiensis, decompõe o plástico usando duas enzimas para hidrolisar o PET é um intermediário de reação primária”.
Logo, essa bactéria gerou expectativa quanto à reciclagem do lixo plástico, que esse é um processo de estudos recorrentes.
Uma vez que, apenas 16% de todo o plástico que produzimos é reciclado para criação de novos plásticos.
. Estudo do PICPlast mostra a indústria de reciclagem de plástico no país
As enzimas digestoras do plástico
Os cientistas descobriram que a bactéria produz duas enzimas digestivas, chamadas PET hidrolisante e PETase.
Com isso, as enzimas quebram as cadeias moleculares longas do PET em cadeias mais curtas (monômeros) chamadas ácido tereftálico e etilenoglicol.
Após a descoberta, vários cientistas genéticos fizeram experimentos com a Ideonella sakaiensis para entender melhor sua eficiência nesse processo.
Nesse sentido, pesquisadores da Universidade de Portsmouth redesenharam a PETase com engenharia genética.
A fim de criar uma enzima que consegue digerir plástico até seis vezes mais rápido que o normal.
Segundo a revista PNAS, eles combinam a PETase com outra enzima comedora de plástico, a MHETase, para produzir uma super enzima.
Além disso, essa super enzima também é capaz de quebrar o furanoato de Polietileno (PEF), um bioplástico à base de açúcar.
Os cientistas avisam que ainda estamos a alguns anos de conseguir um uso comercial em massa.
Ainda mais, a PETase só decompõe plástico PET, existem ainda outros seis tipos de plástico a serem solucionados.
Papel da bactéria no processo de reciclagem
No final do ano passado, os pesquisadores do Nais (Instituto de Ciência e Tecnologia de Nara) anunciaram outra descoberta interessante sobre esta bactéria.
A Ideonella sakaiensis pode degradar plásticos à base de petróleo, mas também, produzir plásticos biodegradáveis de forma sustentável.
Ou seja, os cientistas identificaram que a bactéria converte o PET (um plástico biodegradável), é uma espécie de reciclagem natural.
A revista Scientific Reports que divulgou esse estudo.
Portanto, com estas novas evidências científicas, se espera que novos estudos sobre as possibilidades de reciclagem do plástico comecem.
E, assim, seja desenvolvido um sistema economicamente viável para tratar este material.
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Última atualização em 27 de julho de 2022