A inovadora reciclagem avançada é uma solução potencial para atender à demanda pela economia circular. É o que afirma um artigo recente da consultoria McKinsey.
De acordo com os dados da consultoria, caso existisse em larga escala, a reciclagem avançada poderia atender até 8% da demanda total de polímeros até 2030.
Assim, como exigiria a implantação de mais de US$ 40 bilhões em investimentos de capital na próxima década.
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A diferença entre reciclagem mecânica e reciclagem avançada
A princípio, a reciclagem mecânica é mais tradicional. Esta é aplicada nos resíduos classificados relativamente limpos e de alta qualidade, mas é limitada.
Já a reciclagem avançada transforma resíduos plásticos pós-consumo, mais difíceis de reciclar mecanicamente, em matéria-prima circular certificada.
Em contrapartida, na reciclagem mecânica os resíduos plásticos são lavados, triturados e peletrizados.
Ou seja, na reciclagem avançada há uma mudança química e um caminho mais longo para passar de resíduos plásticos a plásticos prontos para uso.
Apesar disso, a reciclagem avançada ainda está em fase de desenvolvimento e é encontrada em baixa escala.
No Brasil, a Braskem, maior petroquímica produtora de resinas da América Latina, vem investindo nessa tecnologia.
A companhia já inaugurou e desenvolveu unidades de reciclagem avançada no país.
Compromisso com a sustentabilidade
Segundo a McKinsey, cerca de 80 empresas globais de bens de consumo, embalagens e varejo assumiram compromissos de inserir conteúdo reciclado em suas embalagens.
A princípio, a meta é incluir entre 15% e 50% até 2025.
Nesse sentido, todo o mundo está tomando medidas mais sustentáveis. A Europa, por exemplo, lidera a regulação relacionada à sustentabilidade.
Isto é, com muitas impostas a embalagens de plástico não reciclado e até proibição do uso de dez produtos de plástico de uso único.
Na Austrália, Japão e Coreia do Sul a meta é intensificar a reciclagem em ritmo acelerado até 2030.
Aqui no Brasil, a reciclagem ainda é relativamente baixa. Segundo dados da Abiplast, o país reciclou cerca de 23% das embalagens plásticas em 2020.
Portanto, esse é um percentual que precisará crescer para que o país mantenha o fluxo da sustentabilidade pelo mundo.
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Segundo a ABIPLAST, o Brasil reciclou cerca de 23% das embalagens plásticas em 2020
Última atualização em 7 de setembro de 2022