O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou que o Brasil pode ser confirmado, até 2025, como um país livre de febre aftosa sem vacinação. Esse status será dado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), após uma auditoria prevista para setembro.
Segundo Fávaro, essa conquista pode abrir novas oportunidades nos mercados de carne bovina e suína, especialmente no Japão e na Coreia do Sul.
Auditoria e Protocolo Sanitário
A obtenção do status livre de febre aftosa sem vacinação é fundamental para o Brasil expandir suas exportações de carne.
Em uma agenda recente, o ministro se encontrou com técnicos e parlamentares japoneses, após uma visita de autoridades asiáticas a uma unidade da JBS em Mozarlândia (GO). A delegação, organizada pela embaixada do Japão, pode facilitar a assinatura de um protocolo sanitário entre os dois países.
Potencial de Mercado
O Japão, conhecido por suas exigências rigorosas para importação de carnes, tradicionalmente importa proteínas bovinas de exportadores com status de livre de febre aftosa sem vacinação.
Embora o Brasil tenha declarado esse status em maio, a confirmação da OMSA é essencial para validar a declaração internacionalmente. Isso reforça a competitividade brasileira no mercado global e melhora o acesso a mercados premium.
Com a auditoria da OMSA iminente, o Brasil caminha para se consolidar como um grande exportador de carnes, cumprindo requisitos sanitários de alta exigência, impulsionando a economia agropecuária nacional e fortalecendo seu posicionamento no mercado internacional.
O que é Febre Aftosa?
Febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente bovinos, suínos, ovinos, caprinos e outros animais de casco bipartido. O vírus responsável pela doença é da família Picornaviridae, gênero Aphtovirus. A presença de febre aftosa em um país pode causar sérios impactos econômicos, devido às restrições à exportação de produtos de origem animal.
A doença se manifesta por meio de febre alta, seguida de lesões vesiculares na boca, nas tetas e nos pés dos animais afetados. Essas lesões podem causar dificuldade de movimentação, alimentação e, consequentemente, perda de peso e produtividade. Em casos graves, pode até levar à morte dos animais.
Estratégias para Erradicação da Febre Aftosa
A erradicação da febre aftosa é um desafio complexo que envolve uma série de medidas integradas. Entre essas estratégias, destacam-se a vacinação em massa dos rebanhos, monitoramento constante por meio de vigilância epidemiológica, controle de movimentação de animais e implementação de barreiras sanitárias.
Além dessas medidas, é crucial a educação e conscientização dos produtores rurais sobre a importância de manter suas propriedades livres da doença. A colaboração entre órgãos governamentais e entidades privadas também desempenha um papel vital no sucesso das campanhas de erradicação.
Impacto Econômico do Status Livre de Febre Aftosa
A conquista do status de livre de febre aftosa sem vacinação é um marco significativo para o Brasil e traz consigo uma série de benefícios econômicos. Primeiramente, a abertura de novos mercados internacionais para a exportação de carne bovina e suína pode aumentar significativamente a receita do setor agropecuário.
Além disso, com a elevação dos padrões sanitários, o Brasil pode se tornar um fornecedor preferencial em mercados onde há alta demanda por produtos de qualidade e segurança sanitária. Isso se traduz em preços mais competitivos e margens de lucro mais altas para os produtores e exportadores brasileiros.
Mercados Potenciais: Japão e Coreia do Sul
Os mercados japonês e sul-coreano são extremamente promissores para a carne brasileira. O Japão, por exemplo, é um dos maiores importadores de carne bovina do mundo e possui normas rigorosas de qualidade que exigem um status de livre de febre aftosa. A entrada nesse mercado pode representar um aumento significativo nas exportações brasileiras.
Já a Coreia do Sul também possui um mercado robusto para carnes de alta qualidade. Com a obtenção do status sanitário, o Brasil poderá competir de igual para igual com outros grandes exportadores, ampliando sua participação no mercado asiático.
Desafios e Oportunidades
Apesar dos benefícios, a obtenção do status de livre de febre aftosa sem vacinação apresenta alguns desafios. Entre eles, destaca-se a necessidade de manter uma vigilância constante para prevenir a reintrodução do vírus. Isso exige investimento contínuo em infraestrutura de monitoramento e resposta rápida a possíveis surtos.
No entanto, as oportunidades são vastas. Além dos mercados asiáticos, o status sanitário pode abrir portas em outros países com altas exigências sanitárias, como membros da União Europeia. Isso pode diversificar os destinos das exportações brasileiras, reduzindo a dependência de mercados específicos e aumentando a resiliência do setor agropecuário.
Investimento em Tecnologia e Inovação
Para cumprir os requisitos e manter o status de livre de febre aftosa, o investimento em tecnologia e inovação é crucial. Ferramentas de monitoramento digital, sistemas de rastreamento de animais e técnicas avançadas de diagnóstico são apenas algumas das tecnologias que podem ser implementadas para garantir a segurança sanitária do rebanho brasileiro.
Além disso, a colaboração com instituições de pesquisa e desenvolvimento pode acelerar a criação de novas soluções para prevenção e controle de doenças nos rebanhos. A adoção dessas inovações pode não só garantir a manutenção do status sanitário, mas também aumentar a eficiência e sustentabilidade das cadeias produtivas.
Apoio Governamental e Políticas Públicas
O apoio do governo é essencial para que o Brasil alcance e mantenha o status de livre de febre aftosa sem vacinação. Políticas públicas que ofereçam suporte financeiro para os produtores, investimentos em infraestrutura rural e programas de educação sanitária são fundamentais para o sucesso da iniciativa.
Além disso, a eficiência dos órgãos reguladores e a transparência nos processos de certificação sanitária são cruciais para garantir que o Brasil cumpra todos os requisitos internacionais e possa se manter competitivo no mercado global.
Conclusão
A possível certificação do Brasil como um país livre de febre aftosa sem vacinação até 2025 representa uma grande conquista para o setor agropecuário nacional. Esse status não apenas abre portas para novos mercados, mas também reforça a imagem do Brasil como um fornecedor de produtos de alta qualidade e segurança sanitária.
Os desafios são significativos, mas as oportunidades superam as dificuldades. Com investimento contínuo em tecnologia, políticas públicas eficazes e colaboração entre governo e setor privado, o Brasil está bem posicionado para se consolidar como um líder global na exportação de carnes.
Em suma, a conquista desse status sanitário é um passo fundamental para o crescimento sustentável da agropecuária brasileira, trazendo benefícios econômicos e fortalecendo a posição do Brasil no mercado internacional.
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Última atualização em 14 de agosto de 2024