Um produto desenvolvido na Universidade de Coimbra, pode ser uma solução sustentável para embalagens, impressão de circuitos e até restauro de livros antigos. Trata-se de uma nova classe de filmes compósitos produzida a partir de nanocelulose.
Isto é, o filme é produzido devido a madeira e resíduos florestais obtidos, combinada os com um mineral fibroso, sendo um recurso geológico que não tem risco para a saúde.
Assim, permite a redução de custos e a melhoria de propriedades. Tanto “mecânicas, porque estes filmes têm de ser resistentes, como de barreira, dado que têm de possuir impermeabilidade aos gases, ou seja, resistência ao ambiente”, explicam José Gamelas e Luís Alves, do Centro de Pesquisas em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta da Universidade de Coimbra.
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Segundo eles, a versatilidade do produto, que é totalmente biodegradável e biocompatível, possibilita antever aplicações que vão desde embalagens a “impressão de circuitos e restauro de documentos antigos”.
Isso porque, as características dos filmes podem ser ajustadas ao que se pretende. Isso em nível de resistência, estabilidade térmica, transparência, entre outras.
De acordo com Gamelas, estes filmes são preparados por filtração, o que permite acelerar o processo de produção.
O projeto que deu vida ao novo material
A princípio, esse material surgiu no âmbito do projeto “FilCNF: Nova geração de filmes compósitos de nanofibras de celulose e partículas minerais.
Sendo financiado em 190 mil euros pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. Dessa forma, o projeto contou com a colaboração do Instituto Politécnico de Tomar, da Universidade da Beira Interior e da empresa espanhola TOLSA.
O projeto, que durou três anos, concluiu-se no ano passado. Levou à publicação de diversos artigos em revistas científicas e a contatos de interessados do setor industrial.
Sobretudo, esse trabalho ganha particular relevância dada a necessidade de medidas sustentáveis. Uma vez que, os materiais de uso único, tem colaborado para o adoecimento ambiental.
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O produto desenvolvido por pesquisadores de Coimbra, pode substituir o plástico de uso único em embalagens e impressão de circuitos
Última atualização em 10 de fevereiro de 2023