A indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis registrou um crescimento de 4,3% no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com uma pesquisa exclusiva feita pela Maxiquim para a ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis).
O Crescimento do Consumo Aparente
O consumo aparente também apresentou um aumento de 6% durante o mesmo período de comparação. No entanto, em relação ao segundo semestre de 2022, a produção teve uma queda de 6,2% no primeiro semestre de 2023.
Produção e Consumo de Embalagens Plásticas Flexíveis
No total, a produção no primeiro semestre de 2023 atingiu a marca de 1.070 mil toneladas, com um consumo de 1.041 toneladas no mesmo período. Os tipos de plástico mais utilizados foram o PEBD (Polietileno de baixa densidade) e o PEBDL (polietileno linear de baixa densidade), que representaram 77% do total. Em seguida, temos o PP (Polipropileno), com uma participação de 16%, e o PEAD (polietileno de alta densidade), com 7%.
A Contribuição da Métrica de Unidades Produzidas
O presidente da ABIEF, Rogério Mani, ressalta que, se considerarmos a produção em unidades e não em toneladas, veremos um crescimento ainda maior em comparação com o primeiro semestre de 2022. No entanto, essa métrica ainda não é utilizada para computar o volume de produção do setor de embalagens flexíveis. Mesmo assim, ela seria importante para refletir os esforços da indústria rumo à economia circular. Nos últimos dez anos, o setor de embalagens flexíveis avançou significativamente nesse sentido, promovendo a redução do peso das embalagens, a diminuição do head space e o ajuste dos tamanhos, resultando em embalagens mais leves.
Destaque para as Embalagens Monocamada
Uma das evidências encontradas no estudo da Maxiquim é a predominância das embalagens monocamada, que representam 56% do total produzido. Esse dado mostra o foco da indústria na busca pelo aumento da reciclagem e pela circularidade das embalagens flexíveis.
Aplicações dos Filmes de Plástico no Brasil
No Brasil, em média, 80% dos filmes produzidos são destinados à fabricação de embalagens, sendo a indústria de alimentos a principal consumidora, com uma participação de mercado de 41%. Em segundo lugar, temos o mercado varejista, com 17% de participação, seguido pelos setores agropecuário (13%) e de bebidas (12%). Além disso, as exportações de embalagens plásticas flexíveis brasileiras tiveram um desempenho positivo, com um aumento de 3,8% nos primeiros seis meses de 2023 em comparação com o segundo semestre de 2022.
Expectativas para o Fechamento do Ano
O presidente da ABIEF, Rogério Mani, expressa otimismo em relação ao fechamento do ano. Ele destaca a reversão de uma queda na produção industrial que vinha ocorrendo mensalmente desde dezembro de 2022. Além disso, a indústria de embalagens plásticas flexíveis representa cerca de 30% da produção total da indústria de transformação de plásticos, o que contribui para as perspectivas positivas. A demanda por embalagens plásticas flexíveis no Brasil tem seguido uma trajetória de crescimento nos últimos anos, refletindo uma tendência global. A cada dia, surgem novos produtos em embalagens flexíveis, e embalagens existentes são redesenhadas e substituídas por soluções com filmes plásticos mais modernos e sustentáveis.
Características da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis
A análise do desempenho da indústria realizada pela Maxiquim para a ABIEF abrange todos os tipos de embalagens plásticas flexíveis, além de sacolas, sacos plásticos e filmes usados no campo do agronegócio. Segundo a pesquisa, o setor é composto por 4.079 empresas, sendo que mais de 80% estão concentradas nas regiões Sul (1.166) e Sudeste (2.239) do país.
Sobre a ABIEF
A ABIEF, com 45 anos de atividades, é uma associação que trabalha para promover o crescimento sustentável do mercado nacional de embalagens plásticas flexíveis. Além disso, a associação também se dedica ao estímulo das exportações e à preservação ambiental. A ABIEF reúne empresas de todo o Brasil, fabricantes de diversos tipos de embalagens, como filmes monocamada coextrusados e laminados, filmes de PVC e BOPP, sacos e sacolas, sacaria industrial, filmes shrink e stretch, rótulos e etiquetas, stand-up pouches e embalagens especiais.
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