A velocidade de implementação depende da modernização da infraestrutura de telecomunicações no país
Segundo estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria), até 2030, a instalação do 5G no Brasil será de 81%. Trazendo um acréscimo de 81,3 bilhões ao PIB do país.
Sobretudo, o impacto da adoção do 5G no Brasil no crescimento econômico vai depender da velocidade de implantação da tecnologia.
Em um cenário pessimista, levantado pelo estudo, o indicador de implantação pode cair para 40,5%.
Isso porque, os cálculos consideram a projeção do PIB em R$ de 2021 e as estimativas de crescimento da população feito pelo IBGE.
Já que o crescimento do PIB potencial se resulta do crescimento da população em idade ativa (PIA) e também da produtividade do trabalho.
Incentivo à produtividade brasileira
A princípio, a nova tecnologia permitirá ampliar as atividades passíveis de automação e digitação, no contexto de consolidação da indústria 4.0.
Renato da Fonseca, superintendente de Desenvolvimento Industrial da CNI, acredita que para impulsionar a produtividade industrial brasileira, a tecnologia é um fator importante.
Para ele, novos métodos, como o monitoramento em tempo real do chão de fábrica e a comunicação entre máquinas, depende da velocidade.
O superintendente afirma: “Não só da velocidade, mas sobretudo do baixo tempo de resposta e da ação das redes provadas”.
Renato da Fonseca, ainda pontua que é determinante que os desafios de se implantar essa tecnologia sejam superados.
Assim, garantindo que o país não fique para trás em relação aos seus concorrentes, destaca o superintendente.
Reformas necessárias para implementação da nova tecnologia
Ainda sobre o estudo da CNI, é destacado que há reformas necessárias para se ampliar a difusão do 5G de forma mais rápida.
Como a atualização das legislações municipais para permitir a instalação de antenas.
A redução da insegurança jurídica associada ao compartilhamento de infraestrutura. Assim como, a regulamentação das redes privativas.
Bem como, o uso dos fundos Setoriais de telecomunicações de maneira mais eficaz e transparente.
Além da aprovação de uma reforma tributária para diminuir o peso de impostos indiretos sobre os serviços de telecomunicações.
De acordo com a CNI, o principal gargalo da infraestrutura é o baixo número de antenas instaladas.
Segundo o Movimento Antene-se, apenas 1% dos municípios brasileiros têm leis preparadas para receber a quinta geração de Internet móvel.
A princípio, para funcionalidade do 5G, o Brasil precisaria de cinco vezes mais antenas do que já dispõe hoje com a tecnologia 4G.
Portanto, a ampliação dessa estrutura passa pela modernização das legislações municipais, que impedem essas mudanças nas características físicas da infraestrutura de telecomunicações.
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Última atualização em 21 de julho de 2022