Pará livre de aftosa impulsiona crescimento da pecuária e abre portas para novos mercados promissores

Pará livre de aftosa impulsiona crescimento da pecuária e abre portas para novos mercados promissores
Pará livre de aftosa: pecuária avança e Estado conquista novos mercados

Desde abril de 2024, o Pará é oficialmente área livre de febre aftosa sem vacinação, status que marca uma nova era para a pecuária paraense.

Com isso, o Estado fortalece sua posição como líder nas exportações de bois vivos e amplia o acesso a mercados internacionais exigentes, como Japão, Canadá e países do Oriente Médio.

A conquista foi possível graças a um rígido protocolo de vigilância sanitária e inspeção clínica, substituindo a vacinação por ações focadas em risco sanitário e rastreabilidade do rebanho.

A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) lidera esse processo com equipes treinadas e procedimentos padronizados nos Estabelecimentos de Pré-Embarque (EPEs).

Sanidade animal impulsiona exportações e geração de renda

Ações da equipe da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará). Foto: Divulgação/Adepará
Ações da equipe da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará). Foto: Divulgação/Adepará

A retirada da vacinação exigiu mais atenção dos produtores, que agora devem comunicar qualquer sintoma suspeito de doença vesicular.

Em contrapartida, a recompensa veio rápido: em 2024, o volume exportado de bois vivos cresceu 113,9%, somando US$ 492,46 milhões e consolidando o Pará como responsável por mais da metade das exportações brasileiras desse segmento.

Com 26 milhões de cabeças de gado, o estado possui o segundo maior rebanho do país e já atende 76 mercados internacionais. A China lidera as compras, seguida por Israel, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e Singapura.

Exportações ganham escala e novos destinos

Os bois vivos paraenses foram exportados para oito países em 2024, com destaque para o Iraque, responsável por quase 47% das compras.

Egito, Líbano, Marrocos e Jordânia também têm ampliado suas aquisições, impulsionadas pelo atendimento às exigências sanitárias e pela padronização técnica nos EPEs.

Além dos animais vivos, a carne bovina se mantém como o principal produto exportado do estado, respondendo por 94% das exportações do setor de carnes, com mais quatro novas plantas frigoríficas habilitadas para exportação este ano.

Capacitação técnica garante vigilância eficaz

Adepara Samyra Albuquerque bovinos defesa sanitaria bovinos 06.05.2025
Samyra Albuquerque, gerente de epidemiologia da Adepará. Foto: Divulgação/Adepará

Para manter o status e avançar rumo ao reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), previsto para maio de 2025, o estado investe fortemente em capacitação técnica.

Equipes da Adepará, em parceria com o Ministério da Agricultura, foram treinadas para atuação em emergências sanitárias e inspeções clínicas.

Amostras biológicas são coletadas com rigor e as informações são registradas no Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (e-SISBRAVET).

Estamos preparados para detectar rapidamente qualquer anormalidade. Isso é essencial para mantermos o novo status e proteger a nossa pecuária”, destaca Samyra Albuquerque, gerente de epidemiologia da Adepará.

Sustentabilidade e vigilância como motores do crescimento

Ações da equipe da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará). Foto: Divulgação/Adepará
Ações da equipe da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará). Foto: Divulgação/Adepará

O modelo pós-vacinação exige mais do produtor, que precisa redobrar os cuidados com o manejo, sanidade e rastreabilidade dos animais.

Em troca, o setor conquista valorização no mercado internacional, aumento de renda e geração de empregos no campo.

Com a zona livre, podemos acessar mercados mais exigentes, exportar gado em pé para o Oriente e consolidar o Pará como potência pecuária nacional”, afirma Jamir Macedo, diretor-geral da Adepará.




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Última atualização em 7 de maio de 2025

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