O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nessa terça-feira (1º) a venda do controle da FiBrasil pela Vivo. Com a liberação do negócio, a unidade destinada à construção de redes de fibra óptica será operada pelo fundo canadense Caisse de Dépot et Placement Du Québec (CDPQ).
A decisão do Conselho da Anatel, de aprovar a venda de 50% das ações da FiBrasil sem restrições, foi unânime. De acordo com os integrantes do colegiado, a transação não apresenta riscos em relação à concorrência, pois não promoverá alterações de participação do mercado atual.
Firmado no início de março, o acordo entre a Vivo e a CDPQ foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) um mês depois. Em troca da sua participação majoritária na companhia, a tele receberá a quantia de R$ 1,8 bilhão paga pela empresa canadense.
O negócio permitirá a expansão da banda larga por fibra óptica no país.Fonte: Unsplash
Mesmo vendendo a maior parte das ações, a Telefônica Brasil terá participação de 25% no negócio que pretende acelerar a implantação de uma malha de fibra em todo o país. Os outros 25% ficarão com a Telefónica Infra, subsidiária de infraestrutura do grupo espanhol, enquanto os 50% restantes serão da Fibre Brasil Participações, criada pela CDPQ.
Rede neutra de fibra óptica
Com a estreia da FiBrasil prevista para o segundo semestre, a Vivo pretende ampliar a cobertura de fibra óptica dos atuais 1,6 milhão de domicílios para 5,5 milhões de casas nos próximos quatro anos. O foco está nas cidades médias fora do estado de São Paulo.
Ela será a principal cliente da nova empresa, mas não a única. Como a FiBrasil terá uma rede neutra de fibra óptica, outras concorrentes poderão utilizar a infraestrutura disponível para vender seus serviços de telecomunicações.
Vale lembrar que modelos de compartilhamento de infraestrutura da tecnologia FTTH também são adotados por outras operadoras, como a TIM e a Oi.
Última atualização em 3 de junho de 2021