Uma frente fria com potencial destrutivo se aproxima do Brasil e acende o alerta em áreas de pecuária. Assista ao vídeo abaixo e confira em detalhes como fica o tempo em áreas agropecuárias do País.
Segundo o meteorologista Arthur Müller, do Canal Rural, o fenômeno climático previsto para esta sexta (10) e sábado (11) deve provocar rajadas de vento acima de 100 km/h e risco de granizo, especialmente no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul, regiões importantes para a produção de carne bovina no País.
A previsão foi apresentada com exclusividade no quadro “Giro do Tempo”, do site Giro do Boi, e destaca a urgência de medidas preventivas por parte dos pecuaristas para proteger os animais e as instalações rurais.
Ventos fortes e granizo ameaçam rebanhos
A chegada da frente fria deve trazer chuvas rápidas, com acumulados entre 10 e 15 mm em 24 horas, mas com risco elevado de granizo e ventos extremos. É crucial que agricultores e pecuaristas estejam preparados, pois esses fenômenos podem causar grandes danos.
“Esse tipo de evento pode derrubar cercas, danificar galpões, derrubar árvores e estressar o gado, o que impacta diretamente no bem-estar animal e na produtividade”, explicou Müller.
No Rio Grande do Sul, os acumulados de chuva podem ultrapassar 200 mm em dois dias, ampliando os riscos de alagamentos e dificultando o manejo nas propriedades. É essencial considerar ações preventivas como a fortificação de cercas e a criação de abrigos temporários para os rebanhos, que podem minimizar os efeitos adversos do mau tempo.
A intensidade dos temporais já é motivo de preocupação e deve ser acompanhada de perto pelos produtores. A preparação adequada pode fazer a diferença entre uma produção saudável e perdas significativas devido a desastres climáticos.
Alívio no longo prazo: chuvas para manter pastagens
Apesar do alerta imediato, a boa notícia para os pecuaristas é que, entre os dias 19 e 23 de maio, novas chuvas devem trazer um alívio. Os acumulados podem alcançar até 100 mm no mês, o que é positivo para a manutenção das pastagens e o desenvolvimento do milho segunda safra, essencial para a nutrição do gado.
Essas chuvas, embora possam causar transtornos na hora do evento, são acompanhamento essencial para a agricultura, especialmente na recuperação das pastagens que suportam o gado durante períodos secos. A questão das pastagens vai além de alimentação; impacta diretamente na saúde dos animais e na segurança alimentar.
Outono segue quente e seco na maior parte do País
Mesmo com a chegada da frente fria, as temperaturas seguem elevadas em boa parte do país. Em Itaquiraí (MS), por exemplo, os termômetros têm registrado a casa dos 30°C, com mínimas mais amenas previstas só para o fim do mês, chegando a 12°C.
A tendência é de um outono mais quente que o normal, exigindo atenção redobrada com o gado, especialmente em regiões com pastagem mais seca e risco de incêndios. O manejo correto nesse período de estresse térmico é vital; oferecer sombra adequada e água fresca pode ajudar a preservar a saúde dos animais.
Recomendações para pecuaristas
Para enfrentar as condições adversas impostas pela frente fria, os pecuaristas podem adotar algumas práticas essenciais. A primeira medida é a construção ou a melhoria de abrigos para que o gado tenha onde se proteger durante a tempestade. Criar áreas de sombra e água em abundância é fundamental.
A preparação das pastagens, com a semeadura de espécies mais resistentes à umidade excessiva e à seca, pode ajudar a manter o gado nutrido. Adicionalmente, o monitoramento constante das previsões meteorológicas permite uma reação mais ágil frente a mudanças climáticas inesperadas.
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Última atualização em 18 de maio de 2025