O Head Beats é um headphone intermediário da Pulse que chama atenção pelos graves poderosos e bateria com autonomia de até 20 horas. O aparelho tem conexão Bluetooth para ouvir música sem fios, mas também traz a opção de um cabo P2 para usar caso o fone descarregue. À venda por R$ 199,90 na loja oficial da Pulse, o headphone pode ser achado na mesma faixa de preço no varejo online. Confira a seguir como o Head Beats se saiu em nossos testes e se vale a pena comprar o fone.
Headphone promete 20 horas de reprodução — Foto: Beatriz Cardos/Blog Plástico de Engenharia
O Head Beats está disponível em quatro cores: preto ou branco com detalhes em verde, e branco ou preto com detalhes em cinza — sendo essas duas últimas as opções mais sóbrias para quem gosta de um visual discreto. Já que a proposta do headphone é ser fácil de transportar, ele pesa apenas 180 gramas.
O Head Beats também conta com conchas dobráveis para diminuir ainda mais o tamanho do aparelho e guardá-lo sem dificuldade na mochila. Segundo a fabricante, as conchas over-ear têm “earpads extra macios” e, durante os testes, as almofadas realmente se mostraram confortáveis mesmo depois de longos períodos usando o fone.
Fone da Pulse conta com conchas dobráveis que facilitam o transporte — Foto: Beatriz Cardoso/Blog Plástico de Engenharia
As hastes são acolchoadas e é possível ajustar a altura para encaixar as conchas melhor sobre as orelhas. O pecado do Head Beats está na pressão das conchas: elas fazem muita força contra a cabeça e podem até mesmo causar dor depois de muito tempo com o fone. O ajuste das hastes e as almofadas não previnem esse desconforto e, durante os testes, foi preciso alternar o headphone com o bom e velho fone de ouvido tipo earbud para evitar maior incômodo.
Os três botões físicos do headphone ficam na parte traseira da concha direita, com indicações para mudar o volume e dar play ou pause. Os botões de aumentar e abaixar volume também podem ser usados para avançar ou voltar faixas, respectivamente.
Botões permitem acesso rápido aos controles de volume — Foto: Beatriz Cardoso/Blog Plástico de Engenharia
Já o botão de pause também controla chamadas de telefone sem precisar pegar no celular, e dois toques consecutivos permite ligar para o último contato do diretório de chamadas. Esse recurso, em especial, causou dor de cabeça durante os testes, porque em mais de uma ocasião eu terminei apertando o botão de pause duas vezes para interromper a música e liguei por acidente para outras pessoas.
A mesma concha dos botões também traz o indicador luminoso que avisa o status da conexão Bluetooth e da bateria do fone de ouvido. A luz discreta alterna entre as cores azul e vermelha, e pode piscar para indicar o pareamento do aparelho com algum dispositivo.
O Head Beats tem Bluetooth 5.0 e, de acordo com a Pulse, tem alcance de até 10 m. Na prática, o headphone terminou falhando na reprodução de músicas em distâncias curtas e frequentemente apresentou erro quando havia poucos obstáculos entre o dispositivo e o fone. No final das contas, tornou-se uma preocupação constante manter o headphone e o celular próximos um do outro, até porque ele desconecta caso passe muito tempo sem tocar música devido à falha de conexão.
Além do Bluetooth, produto também pode ser usado por cabo — Foto: Beatriz Cardoso/Blog Plástico de Engenharia
Durante os testes, o fone também desconectou por conta própria algumas vezes sem motivo aparente, o que causou incômodo. O Head Beats vem com um cabo P2 de 1,2 metro de comprimento e tem uma entrada 3,5 mm na concha direita. É uma opção prática para conectar o fone em aparelhos sem Bluetooth ou quando a bateria acaba, além de quebrar um galho na hora que a conexão sem fio falha.
O microfone embutido, combinado com os botões de controle do dispositivo, é realmente prático para atender ligações enquanto ouve músicas. O microfone capta bastante som ambiente, então o áudio saiu um pouco poluído durante testes, mas a gravação ainda era compreensível. Contudo, isso pode ser um problema na hora de atender chamadas em lugares mais barulhentos, como na rua.
Produto tem graves poderosos mas microfone decepciona — Foto: Beatriz Cardoso/Blog Plástico de Engenharia
As conchas do Head Beats fazem um ótimo trabalho de isolamento para proporcionar imersão na música, mas, por outro lado, o headphone vaza bastante som então qualquer pessoa por perto pode ouvir o que você está escutando.
Segundo ficha técnica, o Head Beats tem resposta de frequência de 20 a 20KHz. O fone promete qualidade de som, principalmente com os graves, e cumpre bem a função com graves e médios poderosos, mas os agudos podem terminar meio “apagados” na experiência.
O Head Beats promete 20 horas de bateria e, nos testes, ultrapassou essa estimativa, chegando a mais de 23 horas de uso com uma só carga. A previsão oficial estabelece duas horas para recarregar o headphone, mas terminou levando cerca de 1h40min para carregar completamente. A recarga funciona por meio de um cabo micro USB e, como o headphone não vem com tomada própria, é preciso recorrer a algum PC ou carregador alternativo para efetuar a carga de energia.
A bateria do Head Beats é de 300 mAh, e é possível conferir quando está carregada por meio do indicador luminoso na concha direita. A luz passa de vermelho para azul quando o fone está pronto para uso novamente.
Nos testes, o fone da Pulse alcançou 23 horas de bateria — Foto: Beatriz Cardoso/Blog Plástico de Engenharia
A bateria pode fazer bonito no teste, mas o aviso de bateria fraca prejudica um pouco a experiência. Quando o Head Beats está na porcentagem final de carga, uma voz feminina emite, com um inglês duvidoso, o alerta “low battery” a cada três minutos. O que a Pulse chama de “breve sinal sonoro duplo periódico” acaba atrapalhando a experiência dos últimos minutos de música, já que o aviso da voz termina soando umas duas vezes por faixa, nos últimos vinte minutos de vida da bateria.
O Head Beats está à venda no site oficial da Pulse por R$ 199,90, mas pode ser encontrado por R$ 185,12 na Amazon. Entre os principais concorrentes do modelo estão o Edifier W800BT, o Motorola Pulse Escape e o JBL Tune 500BT. Todos têm conexão Bluetooth e cabo P2, além de isolamento de ruído passivo com conchas acolchoadas e resposta de frequência de 20 a 20KHz, e estão à venda por R$ 299.
O headphone da Edifier promete bateria de 50 horas de duração e apenas três de carregamento. Já a opção da Motorola garante apenas dez horas de bateria, enquanto que o fone da JBL tem bateria de 16 horas de duração e duas de carregamento. Por outro lado, o Tune 500BT tem driver de 32 mm, quando os demais concorrentes contam com um de 40 mm.
A principal diferença deles é o preço e a bateria. O fone da Pulse é a opção mais barata e tem autonomia superior ao Motorola Pulse Escape e ao JBL Tune 500BT, por exemplo. Por isso, o maior atrativo do Head Beats termina sendo a bateria duradoura aliada a som de qualidade, saindo por um valor abaixo da média do mercado.
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Última atualização em 27 de maio de 2021