Suinocultores em 2025: superando desafios e impulsionando a produtividade com estratégias eficazes.

Suinocultores em 2025: superando desafios e impulsionando a produtividade com estratégias eficazes.

Dia do Suinocultor: desafios e conquistas em 2025

O Dia do Suinocultor é uma data que nos convida a refletir sobre o papel vital deste setor no agronegócio, tanto no âmbito nacional quanto internacional. Em 2025, o cenário é marcado por um crescimento significativo nas exportações, pressão crescente sobre os custos de produção e uma busca constante por práticas sustentáveis. Essas dinâmicas, moldadas por ações de entidades como a ABPA, Cepea e CNA, exigem que os suinocultores se adaptem para se manterem competitivos no mercado global.

Exportações em alta e consolidação mundial

No primeiro trimestre de 2025, o Brasil teve um impressionante crescimento de 18,2% nas exportações de carne suína, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Este aumento foi impulsionado por uma demanda crescente de mercados como Filipinas, Japão, Vietnã e China, que buscam a carne suína brasileira atraídos pela estabilidade sanitária e pela competitividade do produto nacional. O total de 1,35 milhão de toneladas embarcadas em 2024, refletindo um aumento quase de 10% em relação a 2023, posicionou o Brasil como um dos principais exportadores globais de carne suína.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) estima que, para o ano corrente, haverá um avanço de 6,6% nas exportações, consolidando ainda mais a presença do Brasil no comércio internacional de carne suína. Essa trajetória ascendente não apenas beneficia a economia nacional, mas fortalece a imagem do Brasil como fornecedor confiável de proteínas animais à crescente demanda global.

Pressão nos custos de produção

Embora o cenário de exportações seja encorajador, os suinocultores brasileiros enfrentam desafios significativos relacionados a custos de produção. Um estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) revela que os sistemas independentes tiveram um aumento médio de 20% em seus custos operacionais no primeiro trimestre de 2025. Com os insumos, especialmente a ração, tendo uma elevação notável de 37,2%, essa categoria passa a representar mais de 70% dos gastos gerais das granjas.

No entanto, nas propriedades integradas, a variação de custos foi menos acentuada, com um aumento de apenas 3,5%. Apesar das dificuldades, o setor conseguiu manter margens positivas, impulsionado pela valorização dos preços. Em abril, o preço do suíno vivo atingiu R$ 8,60/kg, com uma valorização superior a 30% em relação ao ano anterior e a carcaça suína especial atingiu R$ 12,09/kg em maio, refletindo a resiliência do setor diante dos desafios financeiros.

Sustentabilidade como diferencial competitivo

A sustentabilidade emerge como um elemento central para a competitividade da suinocultura brasileira, especialmente em mercados exigentes, como os da Ásia e Europa. O investimento em práticas sustentáveis tem aumentado, com produtores adotando biodigestores que tratam dejetos e geram energia limpa. Estas iniciativas estão se tornando comuns em estados como Santa Catarina, Paraná e Maranhão, demonstrando um compromisso com práticas que além de proteger o meio ambiente, também agregam valor ao produto.

O uso de tecnologias que promovem o reaproveitamento energético e um manejo ambiental cuidadoso são passos importantes. A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) está liderando pesquisas que visam tornar os biodigestores acessíveis para pequenas propriedades, oferecendo uma alternativa valiosa para reduzir a poluição ambiental. Aliado a isso, o foco em bem-estar animal, biosseguridade e eficiência zootécnica é agora um critério fundamental para acessar novos mercados e se destacar frente aos concorrentes internacionais.

Perspectivas para o segundo semestre

Com a recuperação do setor em andamento, a cautela é uma constante para o segundo semestre de 2025. A CNA expressou preocupações em relação à competitividade da carne suína frente à carne de frango, que se mostra mais acessível ao consumidor final. Este cenário também enfrenta desafios devido ao encarecimento dos grãos, que provavelmente persistirá ao longo do ano.

As projeções do Cepea indicam um crescimento na produção de carne suína no Brasil entre 1% e 2,8%, enquanto as exportações devem continuar seu ritmo positivo, com estimativas de alta entre 3% e 7%. A demanda interna, em particular nas regiões do Sudeste e Sul, permanece aquecida, mas a pressão sobre custos e a volatilidade cambial são fatores que precisam ser monitorados com cuidado para garantir a estabilidade do setor.

Resiliência e inovação para seguir avançando

No Dia do Suinocultor, é fundamental celebrar a determinação e resiliência dos produtores brasileiros, que têm trabalhado para manter a competitividade do país no cenário global, mesmo frente a diversos desafios. O foco nos próximos meses será equilibrar o ônus dos altos custos de produção, a necessidade de inovação contínua e a crescente demanda por práticas sustentáveis, sem perder a força comercial que caracteriza o setor.

A capacidade de adaptação e inovação será a chave para o fortalecimento da suinocultura no Brasil. Em um mercado em constante mudança, a integração de novas tecnologias e práticas sustentáveis não é apenas uma opção, mas uma necessidade para se manter relevante e competitivo nas exportações de carne suína. O compromisso com a qualidade, a sustentabilidade e a inovação fará do suinocultor brasileiro uma referência no mercado global.





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Última atualização em 29 de julho de 2025

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