USDA intensifica segurança nacional ao demitir pesquisadores estrangeiros e reavaliar colaborações estratégicas.

USDA intensifica segurança nacional ao demitir pesquisadores estrangeiros e reavaliar colaborações estratégicas.

USDA Demite Pesquisadores Estrangeiros e Suspende Colaborações por Razões de Segurança Nacional

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) tomou uma medida significativa ao demitir 70 pesquisadores estrangeiros que atuavam sob contrato, como parte de uma revisão abrangente em resposta a preocupações relacionadas à segurança nacional. A decisão segue um contexto em que a segurança alimentar dos EUA é vista como uma prioridade, especialmente frente a ameaças percebidas de nações como China, Rússia, Coreia do Norte e Irã.

O movimento foi confirmado por um porta-voz do USDA, que explicou que a revisão identificou esses pesquisadores como oriundos de “países preocupantes”, resultando em uma política restritiva sobre suas atividades no órgão. As ações tomadas representam uma virada significativa em como as instituições de pesquisa estão gerenciando a colaboração internacional.

Histórico das Demissões e Implicações para a Pesquisa

Os pesquisadores demitidos eram em sua maioria pós-doutorandos chineses com contratos de dois anos, todos já tinham sido submetidos a avaliações antes de suas contratações. Thomas Henderson, presidente do Local 1657 da Federação Americana de Funcionários do Governo, expressou preocupação de que a demissão desses especialistas afete o progresso em pesquisas vitais, como o desenvolvimento de vacinas para toxinas encontradas em carnes.

A interrupção de projetos significativos pode resultar em atrasos no avanço científico que beneficiariam diretamente os agricultores americanos. Henderson alertou que a falta de capacidade de pesquisa pode atrasar descobertas fundamentais que impactam toda a cadeia de fornecimento, colocando em risco a segurança alimentar no país.

Medidas de Segurança Agrícola e Novas Políticas

Em uma declaração anterior, a Secretária de Agricultura dos EUA, Brooke Rollins, havia delineado um plano de segurança agrícola que visava restringir a compra de terras agrícolas por cidadãos de países ‘inimigos’ e rescindir acordos de pesquisa com esses mesmos países. As iniciativas refletem um crescente protecionismo no entendimento de que a segurança nacional pode estar em risco através da colaboração científica internacional.

A abordagem adotada pelo USDA propõe um exame rigoroso de quem pode operar em seus projetos, além de proibir colaborações com estrangeiros oriundos das nações mencionadas. Isso levanta questões sobre a possibilidade de isolamento científico e suas possíveis repercussões para inovações no setor agrícola.

A Realidade da Força de Trabalho do USDA

O Serviço de Pesquisa Agrícola (ARS), que é o braço de pesquisa do USDA, já enfrentava um declínio significativo em sua força de trabalho, tendo perdido cerca de 1.200 funcionários, o que representa mais de 17% do total de seu efetivo. Esse cenário de demissões impressionantes se soma a um congelamento de contratações federais que pode se estender até outubro de 2025.

A diminuição de pesquisadores no ARS levanta preocupações sobre a capacidade do USDA em manter a continuidade das pesquisas essenciais. Esses obstáculos administrativos podem resultar em um impacto duradouro na saúde do setor agrícola americano e no progresso de iniciativas que visam enfrentar desafios futuros, como as mudanças climáticas e a segurança alimentar.

Impactos na Colaboração Internacional

As novas políticas não só eliminam pesquisadores, mas também afetam a dinâmica da colaboração internacional em pesquisa agrícola. A proibição de publicações em coautoria com estrangeiros originários dos quatro países de preocupação, a menos que aprovadas pela agência, pode restringir o fluxo de conhecimento e inovações que, em outros contextos, são fundamentais para o desenvolvimento de tecnologias agrícolas.

Segundo Ethan Roberts, presidente do Local 3247 da Federação Americana de Funcionários do Governo, todas as publicações atualmente sob revisão passarão por um novo exame. O requisito de aprovação pode criar obstáculos adicionais para pesquisadores que buscam disseminar suas descobertas, limitando assim a contribuição global que a pesquisa científica pode oferecer.

A Reação da Comunidade Científica

A decisão do USDA suscitou preocupações e críticas dentro da comunidade científica. Especialistas temem que essa abordagem restritiva possa não apenas inibir a pesquisa colaborativa, mas também reduzir a qualidade das descobertas científicas acumuladas através de esforços conjuntos ao redor do mundo. A pesquisa agrícola é uma área onde a troca de ideias e recursos entre países pode resultar em soluções inovadoras para problemas que afetam a produção alimentar globalmente.

Além disso, as vozes dentro da comunidade de pesquisa destacam a importância da colaboração internacional em tempos de crise, como a pandemia de COVID-19, quando a ciência demonstrou seu valor na união de esforços. Restringir a cooperação pode caracterizar um retrocesso em relação ao progresso científico já alcançado.

Futuras Perspectivas

À medida que o USDA enfrenta críticas pelas suas decisões recentes, a implementação de políticas que restringem o envolvimento internacional pode precisar ser reavaliada. As ações de demissão e a suspensão de colaborações não apenas afetam trabalhadores e pesquisadores individuais, mas também colocam em xeque o futuro das pesquisas essenciais que sustentam o setor agrícola dos EUA.

A comunidade científica e a sociedade civil precisam de um diálogo aberto sobre como garantir que a segurança nacional e a colaboração científica possam coexistir. Um equilíbrio entre proteger interesses estratégicos e fomentar a pesquisa inovadora será crucial para assegurar o futuro da agricultura e da alimentação nos Estados Unidos.





#USDA #demite #pesquisadores #estrangeiros #suspende #colaborações #por #razões #segurança #nacional


Última atualização em 28 de julho de 2025

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigo Anterior
MME adianta para março leilão de transmissão de energia previsto para 2026

MME adianta para março leilão de transmissão de energia previsto para 2026

Próximo Artigo
ANP aprova acordo para explorar jazida de Jubarte no pré-sal da Bacia de Campos.

ANP aprova acordo para explorar jazida de Jubarte no pré-sal da Bacia de Campos.




Posts Relacionados