A Sanidade Como Pilar do Sucesso das Exportações Catarinenses
O Estado de Santa Catarina destaca-se no cenário nacional e internacional graças ao seu rigoroso sistema de sanidade, que tem sido crucial para o sucesso das suas exportações. Mesmo diante dos desafios sanitários enfrentados por diversas nações, Santa Catarina mantém-se como uma “ilha de sanidade” no setor agropecuário. Este status é determinante na competitividade dos seus produtos, conforme aponta o presidente do Sindicato da Indústrias de Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), José Antônio Ribas Júnior.
A força de Santa Catarina não reside apenas em números; o Estado é responsável por 20% das exportações brasileiras de frango e 50% das exportações de suínos. Em 2022, o estado embarcou 1,97 milhão de toneladas de carnes, gerando receitas de US$ 4,15 bilhões. Esses números, por si só, refletem o sucesso de uma política sanitária eficaz, que é espelho de um trabalho incansável das agroindústrias locais e de todos os agentes de defesa sanitária.
A Importância da Sanidade no Mercado Internacional
Em um mundo onde a sanidade é um fator de prioridade para a compra de alimentos, Santa Catarina sobressai-se por manter um status livre de doenças como a febre aftosa, sem vacinação. Essa capacidade de assegurar a qualidade sanitária do seu rebanho é fundamental para se inserir em mercados exigentes, e é parte essencial na decisão de compra dos importadores internacionais.
José Antônio Ribas Júnior ressalta que o mercado valoriza tanto os atributos obrigatórios quanto os diferenciadores. Santa Catarina atende a ambos, com custos competitivos e qualidade comprovada, associando segurança sanitária com parâmetros de sustentabilidade cada vez mais rígidos. Essa busca constante por inovação e rigor no controle de qualidade abre portas e consolida parcerias comerciais no exterior.
Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (ICASA)
O alicerce do sucesso sanitário de Santa Catarina passa pelo Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (ICASA), que completa 20 anos em 2025. O ICASA é uma iniciativa das agroindústrias, em parceria com a administração pública, o que demonstra uma efetiva cooperação entre setores privado e público. A missão do Instituto é defender os rebanhos de aves, suínos e bovinos de epizootias e suas consequências danosas.
A dedicação do ICASA ao controle rigoroso de doenças potenciais é crucial para continuar com o selo de área livre de aftosa segundo a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Com um competente corpo técnico, o Instituto torna-se o braço forte para produtores e agroindústrias, prestando suporte no cumprimento de normas sanitárias, como a emissão de GTAs (guias de transferência de animais) e o rastreamento bovino.
A Colaboração Público-Privada no Controle Sanitário
A parceria público-privada desempenha um papel vital na sustentabilidade da sanidade catarinense. Essa colaboração é vista nos esforços contínuos para manter a qualidade e a segurança dos produtos. Sob a liderança de órgãos como o ICASA, e com o apoio de entidades governamentais, Santa Catarina criou um modelo de governança sanitária que se tornou referência em todo o Brasil.
Segundo Ribas Júnior, essa dinâmica de colaboração não é apenas uma questão de sorte, mas resultado de um trabalho árduo e coordenado entre as diferentes esferas governamentais e privadas. O sucesso atual das exportações, que atingem recordes de proporções significativas, é um reflexo do compromisso de todos os agentes envolvidos no processo de defesa sanitária, desde os produtores até os líderes de indústrias.
Desafios Futuros e Sustentabilidade
O futuro impõe novas exigências e desafios, e a perpetuação do sucesso das exportações catarinenses dependerá da capacidade de integrar tecnologia e ciência de maneira responsável. Ribas Júnior acredita que a intensificação desse uso pode inserir elementos definitivos de sustentabilidade, que não apenas preservam o atual estado sanitário, como também criam oportunidades de crescimento econômico para a região.
Com a proteção dos rebanhos assegurada, Santa Catarina se habilita a expandir sua participação nos mercados globais, trazendo novas riquezas e impulsionando o desenvolvimento regional. A constante revisão e aprimoramento das práticas sanitárias, alinhada a uma cadeia produtiva cada vez mais eficiente e sustentável, são essenciais para esse crescimento.
Conclusão
Em suma, a sanidade consolidada em Santa Catarina serve não apenas como uma vantagem competitiva, mas como um modelo a ser seguido por outras regiões. O Estado é um exemplo de como determinação, colaboração estratégica e inovação podem conquistar mercados e trazer desenvolvimento econômico.
O futuro das exportações catarinenses parece promissor, mas dependerá da continuidade das práticas eficazes de sanidade, do engajamento de todos os seus atores e da busca incessante por melhorias que beneficiem a saúde pública, o meio ambiente e, inevitavelmente, a economia.
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Última atualização em 17 de fevereiro de 2025