Pecuária brasileira se destaca em sustentabilidade, alinhando produção e preservação no cenário internacional

Pecuária brasileira se destaca em sustentabilidade, alinhando produção e preservação no cenário internacional

Sustentabilidade da Pecuária Brasileira em Foco

A sustentabilidade na pecuária brasileira ganhou notoriedade no recente evento Dinapec 2025, realizado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Organizado pela Embrapa Gado de Corte em parceria com o governo federal, a administração do estado e o Sistema Famasul, o evento visou apresentar as práticas sustentáveis dentro da pecuária nacional. A abertura da Dinapec foi marcada pela realização do Fórum Pré-COP 30, onde diversas autoridades, especialistas e produtores se reuniram para discutir o impacto e o papel do Brasil na produção sustentável de alimentos frente aos desafios climáticos globais.

Durante a Dinapec, ficou evidente a importância da integração entre a produção agrícola e a pecuária, ressaltando a necessidade de um desenvolvimento que abranja a preservação ambiental. O estado de Mato Grosso do Sul, líder em práticas de integração lavoura-pecuária-floresta, foi destacado como um modelo a ser seguido, manifestando um desejo de compartilhar suas tecnologias e métodos com o restante do mundo.

Fórum Pré-COP 30: Propostas e Desafios

No primeiro dia da Dinapec, o Fórum Pré-COP 30 abordou as propostas que o Brasil levará para a Conferência do Clima, prevista para novembro no Pará. Os debatedores discutiram a implementação de sistemas de produção que podem ajudar o país a se posicionar como um exemplo de desenvolvimento sustentável. O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, ressaltou que “temos muito a mostrar”, indicando que os sistemas produtivos do estado são projetados para provocar baixas emissões de carbono enquanto favorecem a rentabilidade dos produtores. Isso representa um passo importante para a transformação da agricultura em uma aliada na luta contra as mudanças climáticas.

Além de apresentar os dados, o fórum também focou no comprometimento dos participantes com a adoção de práticas que fortaleçam o papel do Brasil como fornecedor responsável de alimentos no mercado internacional. A discussão girou em torno da necessidade de uma agricultura produtiva que ao mesmo tempo respeite os limites ambientais, propondo a busca por soluções inovadoras que permitam uma convivência harmônica entre desenvolvimento econômico e a proteção do meio ambiente.

Visão da Embrapa: Ciência e Sustentabilidade

A Embrapa, por meio de seu chefe, Antonio Rosa “Toti”, apresentou uma visão otimista sobre a pecuária brasileira, destacando o potencial do país em contribuir para a solução climática global. Ele explicou que o Brasil, com suas práticas de pecuária extensiva e bem-estar animal, tem a capacidade de sequestrar carbono de forma eficaz. A Embrapa está formada na elaboração de um documento técnico que delineará os sistemas sustentáveis de produção pecuária, não apenas auxiliando na conscientização sobre a importância ambiental, mas também propondo maneiras tangíveis de melhorar a sustentabilidade da produção no Brasil.

A ideia de que a ciência pode ser uma aliada dos produtores rurais foi enfatizada ao longo do fórum. Com dados técnicos e avançados, busca-se provar que a pecuária pode ser não apenas um fator de produção, mas também uma solução para questões ambientais globais. O compromisso com práticas sustentáveis é essencial, pois a sociedade demanda cada vez mais por alimentos produzidos de maneira responsável.

Sistemas Integrados e Redução de Emissões

Um dos tópicos mais discutidos durante o evento foi o impacto positivo dos sistemas integrados de produção, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). O pesquisador Roberto Giolo apresentou dados que mostram como esses sistemas têm sido eficazes na redução da pegada de carbono e conhecido por contribuir para o aumento da produtividade. A ILPF é uma estratégia que não apenas melhora a eficiência do uso do solo, mas também promove a recuperação e a preservação dos recursos naturais.

Roberto enfatizou que a implementação dessas práticas não é apenas uma necessidade ambiental, mas também uma oportunidade econômica. Com a crescente demanda por produtos sustentáveis, os pecuaristas que adotam a ILPF podem se posicionar de forma vantajosa no mercado, aproveitando a valorização dos produtos que têm uma história de sustentabilidade por trás. A adequada gestão do sistema é, portanto, um caminho para o futuro.

Inovações em Nutrição e Biotecnologia no Pasto

A Dinapec também foi palco de discussões sobre inovações em nutrição e biotecnologia, com o foco em soluções que podem melhorar a resiliência do rebanho frente às adversidades climáticas. O pesquisador Marco Nogueira, da Embrapa Soja, destacou o avanço do uso de insumos biológicos e as técnicas de inoculação via foliar que demonstraram elevar a capacidade das forrageiras em cerca de 30% no teor de fósforo. Isso se torna uma ferramenta essencial em tempos de estresse climático, onde a capacidade de adaptação pode fazer toda a diferença.

Outro ponto relevante foi o potencial do sorgo forrageiro, apresentado por Frederico Botelho, da Embrapa Milho e Sorgo. A cultivar BRS 661 mostrou-se uma alternativa robusta para garantir a produção de volumoso em períodos de seca, com a capacidade de gerar até 70 toneladas por hectare</strong] de matéria verde. Esse tipo de inovação promove a segurança alimentar em momentos críticos, sustentando não apenas a produção, mas também o bem-estar econômico do produtor rural.

Modelo Agroambiental Brasileiro: Um Exemplo a Ser Seguido

Com o encerramento dos debates, o chefe da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, argumentou que o Brasil se posiciona como um modelo de equilíbrio entre produção e preservação ambiental. Ele destacou como o Código Florestal e a atuação dos produtores rurais contribuem para isso, mesmo diante de desafios como o desmatamento ilegal. A mensagem é clara: o Brasil pode fazer a diferença globalmente, sendo referência no que tange a práticas sustentáveis na agropecuária.

Os conhecimentos e inovações apresentadas durante a Dinapec 2025 têm potencial para inspirar práticas semelhantes em outras partes do mundo. Com a perspectiva de um desenvolvimento que respeita o planeta e promove a saúde ambiental, o país se torna um exemplo a ser seguido na adoção de modelos agroambientais que conciliem crescimento econômico com responsabilidade ambiental.

Dinapec 2025: Uma Celebração da Ciência ao Serviço do Campo

A Dinapec 2025 se destacou não apenas como um evento técnico, mas como uma celebração da ciência aplicada ao campo. Com a presença de 23 unidades da Embrapa e diversas dinâmicas de campo, os participantes puderam observar de perto como as inovações estão sendo implementadas e os resultados já visíveis. O evento reafirma o potencial do Brasil em ser um líder na produção de alimentos responsável e sustentável, além de sua função como porta-voz na busca de soluções para os desafios climáticos globais na parceria internacional da COP 30.

Esses avanços revelam que a agricultura e a pecuária não precisam ser vistas como problemas, mas como peças-chave para uma solução que pode ajudar a curar e preservar nosso planeta. O intercâmbio de know-how e experiências é vital para que o Brasil e outras nações avancem um caminho de produção respeitosa ao meio ambiente.

Manifesto COP 30 e o Papel do Agro Brasileiro

Com a COP 30 se aproximando, é essencial reconhecer o comprometimento do agro brasileiro com a sustentabilidade. Um manifesto elaborado pelo Canal Rural, mostrando a importância desse evento mundial, foi lançado para mobilizar e inspirar o setor. Demonstrando solidariedade e responsabilidade, o manifesto convida todos a refletir sobre o futuro e o papel que a produção sustentável pode desempenhar nas próximas gerações.

Os produtores e a sociedade devem juntos se engajar nesta causa, reconhecendo que a mudança está em nossas mãos. O agro tem a oportunidade de se posicionar como protagonista nesse panorama, apresentando soluções concretas e inovadoras que podem fazer a diferença no enfrentamento das mudanças climáticas. Este é o momento de agir e mostrar ao mundo que o Brasil é capaz de liderar essa transformação.

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Última atualização em 25 de abril de 2025

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