A morte súbita do braquiarão tem tirado o sono de muitos produtores rurais no Brasil, incluindo pequenos pecuaristas como Bruno Madeira, de Santo Antônio do Rio Abaixo (MG). A situação se torna ainda mais preocupante quando práticas adequadas, como correção de solo, adubação e pastejo rotacionado, não conseguem prevenir a morte inexplicável da braquiária, uma das forrageiras mais utilizadas nas pastagens brasileiras.
Para explicar melhor o que está acontecendo, o especialista em pastagens Wagner Pires, engenheiro agrônomo e pós-graduado pela Esalq-USP, abordou o tema no quadro Giro do Boi Responde, no programa Giro do Boi. Segundo ele, a morte súbita do braquiarão tem várias origens e, infelizmente, não tem cura.
Entenda o que causa a morte súbita do braquiarão

De acordo com Wagner Pires, a morte súbita do braquiarão não possui uma causa única. Na verdade, é provocada por um conjunto de fatores que afetam a planta ao mesmo tempo:
- Manejo incorreto da pastagem
- Excesso de umidade no solo
- Ataque de cigarrinhas-das-pastagens
- Problemas com fungos do solo
- Adensamento excessivo e falta de diversificação
“A morte súbita é resultado de uma série de fatores que se acumulam ao longo do tempo. E quando o produtor percebe, já é tarde. Não há cura. A única solução é trocar o capim”, alertou o especialista.
Qual a solução para o problema?

A recomendação do agrônomo é clara: substituição da forrageira. O pecuarista pode optar por outra variedade de braquiária mais resistente ou migrar para espécies do gênero panicum, que são mais tolerantes a alguns dos fatores que levam à morte do braquiarão. Essa indicação é crucial para evitar perdas significativas na produção de forragem e, consequentemente, no desempenho do rebanho.
Além disso, Wagner sugere fortemente uma diversificação da pastagem. Plantar uma única espécie em toda a área pode aumentar os riscos de colapso total em caso de infestação ou desequilíbrio ambiental. Um sistema diversificado é mais robusto.
“O ideal é diversificar. Isso dá mais segurança e flexibilidade ao sistema de produção”, reforçou.
A importância da prevenção

Embora não haja cura para a morte súbita do braquiarão, o agrônomo reforça que a prevenção ainda é a melhor ferramenta. Isso envolve o uso responsável da pastagem, com pastejo bem manejado, correções regulares do solo e controle eficiente de pragas e doenças. Todas essas práticas podem contribuir para aumentar a longevidade das áreas plantadas.
No entanto, quando o problema é identificado, a troca é inevitável. O produtor deve agir rapidamente para não comprometer a produção de forragem, garantindo assim a saúde e o desempenho do rebanho.
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Se você ainda tem dúvidas ou precisa de mais informações sobre como lidar com a morte súbita do braquiarão, você pode enviar sua pergunta. O quadro Giro do Boi Responde está disponível no WhatsApp pelo número (11) 93310-7346, ou ainda pelo e-mail [email protected]. O conhecimento é poder, e estar informado é fundamental para uma pecuária saudável!
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Última atualização em 13 de abril de 2025