Estudo que revela que 59% do território do Paraná têm potencial para piscicultura pode fundamentar políticas públicas para o setor

Reunião de Gestores e Produtores na UMIPI Oeste Paranaense: Desvendando o Potencial da Piscicultura no Paraná

Gestores municipais e representantes da cadeia produtiva se reuniram para avaliar os resultados do estudo realizado na UMIPI Oeste Paranaense

O Potencial da Piscicultura no Paraná

Mais da metade do território paranaense (59%) demonstra potencial para o cultivo de peixes em viveiros escavados, com 24% dessas áreas sendo consideradas ideais, ou seja, apresentando condições ambientais e socioeconômicas muito adequadas para a expansão da piscicultura no estado. Com esses dados em mãos, gestores municipais e representantes do setor agora se empenham em desenvolver políticas públicas que promovam o crescimento dessa atividade em todo o estado. O estudo de Ordenamento Territorial da Piscicultura, realizado pela Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (UMIPI), resulta de uma colaboração entre o Biopark, o Biopark Educação e a Embrapa, com o apoio da Fundação Araucária.

Análise Detalhada das Microbacias

“Vamos avaliar a eficácia do nosso estudo quando ele for adotado por prefeituras e entidades para o desenvolvimento de políticas públicas. Atualmente, nosso estudo oferece uma visão macro da piscicultura no Paraná. Com o interesse dos gestores, poderemos expandi-lo para uma análise mais detalhada das microbacias”, frisou a Analista de Sistemas de Informações Geográficas da Embrapa Pesca e Aquicultura durante a oficina participativa realizada no dia 24 sobre ordenamento territorial.

Colaboração Multidisciplinar

“Reunimos especialistas de diversas áreas da piscicultura porque eles possuem o conhecimento técnico e prático sobre a atividade, incluindo seus desafios e variáveis de produção”, complementa o pesquisador deste projeto na UMIPI, Bruno Aparecido da Silva.

Metodologia Inovadora em Pesquisa

A metodologia empregada na pesquisa foi inovadora, integrando o levantamento dos dados e a geração de informações a partir das observações trazidas pela cadeia produtiva. A partir da comparação dos resultados, estudos similares podem ser replicados em outros estados, permitindo identificar as regiões mais adequadas para esse tipo de cultivo.

A Importância da Região Oeste

A gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) do Biopark Educação, Carolina Trombini, ressalta que a região Oeste é líder em piscicultura, além de ser a principal produtora de aves e a segunda maior produtora de suínos do Brasil. “A união de esforços com a Embrapa Pesca e Aquicultura, via UMIPI, tornou possível a realização desta pesquisa em Toledo (Paraná), no Biopark, de modo a beneficiar todo o estado”, explica Carolina.

Direcionamento para a Tilapicultura

“A metodologia desenvolvida e os resultados obtidos poderão orientar estratégias de expansão da atividade, principalmente para regiões identificadas como mais adequadas para a produção de tilápia em viveiros escavados, de modo a impulsionar cada vez mais a piscicultura paranaense”, acrescenta Carolina.

Resultados do Workshop de Ordenamento Territorial

Levantamento de Dados

Durante o workshop, foram levantados dados essenciais que permitem uma melhor compreensão do cenário atual da piscicultura no Paraná. Estes dados servirão como base para futuras políticas e estratégias de desenvolvimento.

Desafios e Oportunidades

Os participantes do workshop identificaram vários desafios que a piscicultura no estado enfrenta, mas também destacaram muitas oportunidades de crescimento. A colaboração entre diferentes setores e o uso de tecnologias inovadoras foram apontados como cruciais para superar esses desafios.

Elaboração da Carta de Políticas Públicas

Ao final do evento, os participantes elaboraram uma carta para sugerirem a adoção da metodologia técnico-científica desenvolvida neste estudo, a fim de que possa colaborar para elaboração e implementação de políticas públicas que, de modo sustentável e tecnicamente embasado, beneficiem a piscicultura da região.

Pontos Principais da Carta

A carta enfatiza a necessidade de um maior engajamento dos governos locais e estaduais para implementar as recomendações do estudo. Também destaca a importância de investimentos em infraestrutura e capacitação dos produtores locais.

Impacto Esperado

Com a adoção das políticas sugeridas na carta, espera-se um aumento significativo na produtividade e sustentabilidade da piscicultura no Paraná. Isso não apenas beneficiará os produtores locais, mas também terá um impacto positivo na economia regional.

Sobre o Biopark: Polo de Inovação e Desenvolvimento

O Biopark está localizado em Toledo, região Oeste do Paraná, em uma área de mais 5 milhões de m². Com o foco no desenvolvimento regional por meio da educação, da pesquisa e da geração de negócios, o Biopark já conta com mais de duas mil pessoas circulando diariamente em seu território. Atualmente, mais de 180 empresas já atuam no local, gerando empregos e progresso.

Educação e Pesquisa no Coração do Biopark

Três instituições federais de ensino estão instaladas no Biopark, a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e o Instituto Federal do Paraná (IFPR). Em 30 anos, o Biopark deve receber mais de 500 empresas, ofertar 30 mil postos de trabalho e ter população de 75 mil moradores.

Infraestrutura e Inovações

O Biopark investe fortemente em infraestrutura para apoiar o desenvolvimento de novos negócios e oferecer suporte às empresas já estabelecidas. Esse ambiente inovador e colaborativo é essencial para fomentar avanços tecnológicos e socioeconômicos na região.

Parcerias Estratégicas

A colaboração entre o Biopark, Embrapa e outras instituições é fundamental para o sucesso das iniciativas de pesquisa e desenvolvimento na região. Essas parcerias possibilitam a troca de conhecimento e recursos, potencializando os resultados obtidos.

Conclusão: A Importância de Políticas Públicas Bem Elaboradas

O estudo realizado pela UMIPI e a subsequente reunião de gestores e produtores destacam a importância de políticas públicas bem elaboradas para o crescimento sustentável da piscicultura no Paraná. Com uma abordagem colaborativa e o uso de tecnologia avançada, é possível transformar a piscicultura em uma atividade ainda mais rentável e sustentável, beneficiando toda a cadeia produtiva e a economia regional.

Próximos Passos

Os próximos passos incluem a implementação das recomendações do estudo, a contínua colaboração entre entidades públicas e privadas e o monitoramento constante dos resultados obtidos. Dessa forma, será possível garantir o desenvolvimento contínuo e sustentável da piscicultura no Paraná.

Envolvimento da Comunidade

O envolvimento ativo da comunidade e dos produtores locais é essencial para o sucesso das políticas públicas. A capacitação e o apoio constante são fundamentais para que todos possam se beneficiar das novas tecnologias e práticas recomendadas.

Visão de Futuro

Com a adoção de políticas públicas efetivas e a colaboração entre todas as partes interessadas, o futuro da piscicultura no Paraná é promissor. Isso não apenas garantirá a sustentabilidade da atividade, mas também contribuirá significativamente para o desenvolvimento econômico e social da região.


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Última atualização em 24 de agosto de 2024

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