Brasil Está Livre de Influenza Aviária em Granjas Comerciais, Confirma ABPA
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, anunciou com confiança que o Brasil não registra casos de influenza aviária de alta patogenicidade em frangos comerciais atualmente. A declaração foi feita pouco mais de uma semana após a confirmação do primeiro foco da doença em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
Naquele local, mais de 15 mil aves morreram devido à infecção, e outras 2 mil foram sacrificadas para conter o surto. Desde então, uma série de ações sanitárias e de desinfecção foram implementadas com sucesso, permitindo a ABPA afirmar que o Brasil está livre da enfermidade nas produções comerciais.
Delineamento e Controle do Primeiro Caso Confirmado
Após a confirmação do foco em Montenegro, o governo estadual e as autoridades sanitárias instalaram barreiras sanitárias rígidas e realizaram investigações minuciosas nas propriedades vizinhas, incluindo a região de Sapucaia do Sul, onde houve registro de influeza aviária em aves silvestres. Essas medidas visaram impedir a disseminação do vírus.
Segundo Santin, a ausência contínua de mortes em massa e de sintomas típicos da doença nas granjas investigadas reforça a ausência da influenza de alta patogenicidade. O teste laboratorial aliado à observação clínica das aves, que devem apresentar sinais como secreções, comportamento cambaleante e prostração em quadros ativos, não detectou novos casos nos estabelecimentos comerciais.
Situação Atual das Investigações e Impactos no Comércio Externo
O Ministério da Agricultura informou que, além dos focos confirmados, outras 12 investigações ainda estão em andamento no país para monitorar possíveis suspeitas da doença. A expectativa é que, caso nenhuma nova contaminação seja confirmada, o Brasil possa retomar o status oficial de país livre da gripe aviária em plantéis comerciais dentro de vinte dias.
Esse cenário é crítico para os mercados internacionais que restringiram temporariamente a importação de frango brasileiro, especialmente em relação à região do Rio Grande do Sul. Atualmente, 128 mercados continuam abertos às carnes de frango do Brasil, embora 23 estejam fechados. A ABPA acredita que novas flexibilizações deverão ocorrer com o controle da situação.
Projeções para o Setor de Exportação de Carne de Frango
Ricardo Santin expressou otimismo quanto ao desempenho das exportações brasileiras mesmo diante dos recentes desafios. Dados recentes indicam uma alta acumulada de 8% nas exportações de frango em 2025 comparado ao mesmo período de 2024, totalizando quase 2 milhões de toneladas exportadas.
Embora preveja uma retração temporária nas exportações durante maio e início de junho devido às restrições, Santin destaca o potencial de redirecionamento dos estoques represados e o retorno gradual da demanda nos próximos meses. A perspectiva é superar em volume as exportações de 2024, reforçando a resiliência do setor.
Importância das Medidas de Biosseguridade e Lições Aprendidas
O surto da influenza aviária serviu como prova da eficiência das medidas de biosseguridade adotadas pelo Brasil nas últimas décadas. O presidente da ABPA ressaltou que o país estava preparado para enfrentar o desafio graças ao Plano Nacional de Sanidade Avícola e às certificações sanitárias que promovem a regionalização das barreiras e são reconhecidas internacionalmente.
Apesar do impacto logístico, aumento dos custos e necessidade de armazenagem, as ações implementadas garantiram controle rápido do surto. Santin reforça que essa experiência reforça a importância do investimento contínuo em prevenção e monitoramento para proteger a cadeia produtiva e os mercados exportadores.
Contexto Global e Futuras Perspectivas para o Brasil
O presidente da ABPA comparou a situação brasileira com a realidade internacional, onde países como Estados Unidos e membros da União Europeia convivem com focos recorrentes de influenza aviária há vários anos. Países com grandes produções seguem exportando apesar dos desafios, com registros importantes de casos ativos em regiões como a Polônia.
Santin conclui que o Brasil está pronto para atuar frente à influenza aviária de modo eficiente e responsável, mantendo a posição de destaque no mercado global de proteínas animais. A expectativa para o futuro é uma retomada segura e gradual do comércio internacional e a manutenção da confiança dos compradores mundiais.
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Última atualização em 26 de maio de 2025