Indústria do Plástico: Debate Sustentável sobre Embalagens, PVC Biodegradável e Plástico Mineral

Inovações Sustentáveis para Embalagens

A presidente do SINDIPLAST-RN, Conceição Tavares, vestindo uma blusa azul escuro. Sua pele é parda e seus cabelos são marrons claros. A imagem representa a discussão a respeito das inovações em embalagens

Diante dos constantes debates acerca do desenvolvimento sustentável nas empresas, o SINDIPLAST-RN (Sindicato da Indústria de Material Plástico, Transformação e Reciclagem de Material Plástico) realiza o Worktalk Embalagens. Um evento que busca dialogar sobre as tendências e inovações do setor de embalagens, filmes e bioplásticos compostáveis.

A iniciativa, segundo a presidente do SINDIPLAST-RN, Conceição Tavares, surge como um momento importante para debates na indústria do plástico no Brasil. E por isso precisa de uma ampla abrangência.

Assim, com relação a isso, ela pontua: “Entendo que essa é uma discussão que deve estar presente em vários segmentos, já que o plástico perpassa diversas áreas na nossa sociedade e está presente em todos os lugares”.

Desse modo, o evento estabelece como público-alvo os empresários e profissionais que desejam se aprofundar em tendências e inovações na indústria. Além disso, com o intuito de reunir o máximo de pessoas interessadas, os empresários associados ao SINDIPLAST-RN e presidentes de sindicatos também podem participar. O evento, ainda, estende o convite à diretoria da FIERN e a pesquisadores.

Ressaltando a importância do evento, Tavares comenta: “Estamos promovendo esse evento para aprofundar ainda mais esse debate, porque o plástico é visto como um vilão, mas queremos mostrar que, com a consciência certa, podemos viver de forma sustentável. Por isso estamos trazendo também a questão do bioplástico, um material sustentável e de rápida decomposição”.

Sendo assim, Marcelo Anunciação, coordenador do departamento técnico de Desenvolvimento da indústria Karina Plásticos, uma das maiores do Brasil no setor, ministrará o Worktalk. Além disso, o coordenador tem formação como engenheiro químico e possui mais de 27 anos de experiência atuando no segmento termoplástico.

PVC Biodegradável para Embalagens de Medicamentos

Na imagem aparecem embalagens de medicamentos em cartelas

A ACG Packaging Materials, empresa do setor de embalagem plásticas, criou um plástico biodegradável que se decompõe em até dez anos em aterros. Para isso, a empresa desenvolveu uma tecnologia que insere aditivos na produção de um PVC de rápida decomposição, nomeado Bio D. Desse modo, depois do descarte, a ação de bactérias altera a estrutura química do material, e acelera sua degradação.

Quando questionado sobre o objetivo da criação das embalagens o CEO da ACG Packaging Materials América Latina, Daniel Aymard, aponta a necessidade de resolver a questão dos resíduos na indústria farmacêutica. Pois os blisters, plásticos que envolvem cápsulas e pílulas de medicamentos, advêm do PVC de vida útil curta, sua decomposição ainda leva mais tempo.

Ainda, o CEO, conta: “Desde os anos 1960, quando a indústria começou a desenvolver soluções para as farmacêuticas, nossa consciência sobre a preservação do meio ambiente aumentou. Por isso, buscamos uma solução mais sustentável para essa realidade”.

Sobre a decomposição da nova embalagem, Aymard explica que as temperaturas em aterros variam de 25 ºC a 60 ºC, influenciando o tempo de decomposição do produto. Assim, na menor temperatura o PVC levaria dez anos para se decompor, mas com a máxima, o tempo reduz para cinco anos. A ACG assegura que o produto passa a se degradar apenas em condições de temperatura, umidade e acidez específicas.

Uma das preocupações durante o desenvolvimento do produto, de acordo com o CEO, era manter a indústria produtiva ao manusear esse material. Isso porque, segundo ele, a produção se compara com a de um PVC convencional em todas as performances, garantindo assim uma adesão da indústria ao plástico biodegradável.

Por fim, ele pontua que, apesar do custo de produção da embalagem atingir 25% a mais, para o cliente final o preço não aumentaria em relação às embalagens com PVC comum

Plástico Biodegradável de Rápida Decomposição

Na imagem aparece o alemão que desenvolveu o plástico biodegradável de rápida decomposição

O químico alemão Helmut Cölfen criou com sua equipe, há alguns anos, um material plástico biodegradável, resistente e autocurável. Além desses benefícios, a produção do plástico acontece em temperatura ambiente, em água e sem solventes tóxicos.

Apesar do desenvolvimento ter acontecido há alguns anos, agora eles conseguiram fazê-lo decompor-se de forma natural. Essa novidade atrai a atenção da indústria, pois, anteriormente, os químicos encontravam resistência por conta de sua composição química.

Nesse sentido, os pesquisadores encontraram uma nova forma de desenvolver o material, porém mantendo as propriedades do produto piloto. E para revelar a novidade, a equipe anunciou que o produto agora segue para sua geração mineral.

Isso porque no lugar do petróleo, proveniente do ácido poliacrílico, agora eles usam o ácido poliglutâmico, um biopolímero natural disponível em abundância e completamente biodegradável.

Essa busca da base do desenvolvimento do material surge como uma afirmação da capacidade de biodegradação que se aplica ao novo plástico mineral. E assim, para alcançar esses resultados, os químicos contaram com a colaboração de David Schleheck e do pós-doutorado Harry Lerner, do Departamento de Biologia da Universidade de Konstanz.

Diante disso, Schleheck explica: “Helmut Cölfen desenvolveu um novo tipo de plástico mineral em seu laboratório, e nossa missão agora era fazê-lo desaparecer novamente com a ajuda de microrganismos”.

Quanto aos testes, os pesquisadores demonstraram que os microrganismos que vivem em solos florestais começaram a decompor o plástico mineral em poucos dias. E por fim, o plástico foi decomposto completamente em 32 dias.

Reciclagem Avançada: A Nova Fronteira das Embalagens Sustentáveis

Os avanços na tecnologia de reciclagem estão mudando completamente o jogo quando se trata de sustentabilidade em embalagens. Hoje, não se trata apenas de reciclar material, mas de dar um novo propósito aos resíduos plásticos. Processos de reciclagem avançada, como a reciclagem química, estão possibilitando a quebra de polímeros plásticos em suas moléculas base, permitindo a criação de novos plásticos com qualidade original.

Imagine um futuro onde as garrafas plásticas usadas não apenas se transformam em novos produtos, mas retornam ao mercado com a mesma qualidade de um produto novo. Isso é o que a reciclagem avançada oferece. Empresas em todo o mundo estão investindo em plantas de reciclagem química, trazendo uma revolução na forma como vemos os resíduos plásticos. Com isso, a sustentabilidade das embalagens está se tornando uma realidade mais próxima.

Embargo de Resíduos e Economia Circular

Um dos grandes desafios enfrentados pelas indústrias é o gerenciamento dos resíduos plásticos. A reciclagem avançada não somente resolve esse problema, mas também contribui para a economia circular. Em vez de um ciclo de vida de uso único, os materiais agora podem ser continuamente reutilizados, reduzindo a necessidade de novos recursos.

Esse processo, que pode parecer como transformações de alquimia moderna, está beneficiando múltiplos setores, desde o de embalagens alimentícias até o farmacêutico. A indústria agora tem a capacidade de fechar o ciclo de uso dos materiais, economizando recursos naturais e minimizando o impacto ambiental. Então, quando falamos de sustentabilidade, a reciclagem avançada está no centro dessa conversa, empurrando a fronteira do possível.

O Uso de Materiais Compostáveis: Um Passo Adiante na Sustentabilidade

Outra inovação notável no mundo das embalagens sustentáveis é o uso de materiais compostáveis. Esses materiais são capazes de se decompor naturalmente e transformarem-se em adubo. Isso não só elimina o resíduo plástico, mas também enriquece o solo, proporcionando um benefício duplo.

Mas o que exatamente são esses materiais compostáveis? Eles são feitos a partir de recursos renováveis, como amido de milho, cana-de-açúcar e outros polímeros vegetais. Quando descartados corretamente, em condições apropriadas de compostagem industrial, esses materiais podem se decompor completamente em um curto espaço de tempo, diferentemente dos plásticos tradicionais que podem levar séculos.

Desafios e Oportunidades

Apesar das vantagens, a adoção de materiais compostáveis ainda enfrenta certos desafios. A infraestrutura de compostagem industrial ainda não está disponível em todas as localidades, o que pode dificultar a decomposição eficaz desses materiais. Além disso, é importante que o design das embalagens seja claro quanto às instruções de descarte, garantindo que o consumidor entenda como deve proceder.

No entanto, à medida que mais empresas e governos investem na infraestrutura necessária, e com a educação contínua do consumidor, os materiais compostáveis podem se tornar uma norma, em vez de uma exceção. Este é um caminho promissor para fazer da sustentabilidade uma prática diária nas nossas vidas.

Conclusão: O Futuro das Embalagens Sustentáveis

Estamos em uma era de transformações, onde as inovações tecnológicas e a consciência ambiental se unem para criar soluções mais sustentáveis. Desde o PVC biodegradável até a reciclagem avançada e os materiais compostáveis, cada avanço nos aproxima de um futuro mais verde.

A questão das embalagens é central nesse debate, pois afeta diretamente nosso consumo diário. Todos nós, consumidores e industriais, precisamos caminhar juntos nessa jornada de sustentabilidade. Só assim, com ações conscientes e colaborativas, poderemos construir um mundo onde progresso e preservação andem de mãos dadas.

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Última atualização em 28 de setembro de 2024

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