A empresa britânica de semicondutores ARM anunciou uma demissão em larga escala de sua equipe. A decisão foi comunicada aos colaboradores nesta segunda-feira (14) pelo novo CEO da empresa, Rene Haas.
Segundo o jornal O telégrafo, entre 12% e 15% da força de trabalho da empresa será afetada – o que pode significar a demissão de até 1.000 pessoas. A maioria dos funcionários da lista está nos EUA e no Reino Unido. A própria ARM confirmou mais tarde a Notícia e chamou a medida de “revisão dos planos de negócios”.
“Para ter mais sucesso nas oportunidades que temos à nossa frente, precisamos ser mais disciplinados nos gastos e onde investir. Para sermos competitivos, precisamos eliminar a duplicação de trabalho agora que somos uma ARM, parar o trabalho que deixa de ser fundamental para o nosso sucesso a longo prazo e pensar em como faremos nosso trabalho”, diz o gerente na carta enviada à equipe.
O que aconteceu?
O motivo da demissão em massa é um corte de custos relacionado ao cancelamento da compra da ARM pela Nvidia, negociação que terminou em fevereiro deste ano.
A aquisição havia sido anunciada em setembro de 2020 por US$ 40 bilhões, mas a pressão da indústria sobre a possível formação de um monopólio e a dificuldade em obter aprovação de órgãos reguladores de todo o mundo fizeram com que o negócio fosse descartado. Agora, a ARM busca uma oferta pública de ações (IPO) na tentativa de levantar investimentos e manter a boa fase que passava antes do resultado negativo da compra.
Última atualização em 2 de setembro de 2022