A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) realiza, de 25 a 29 de agosto de 2025, em Manaus, um treinamento voltado ao “Plano de Contingência Estadual para Influenza Aviária – Da Notificação ao Encerramento do Foco”. A capacitação reúne cerca de cem servidores, entre médicos-veterinários e técnicos de fiscalização agropecuária que atuam em diferentes regiões do Amazonas, e tem como objetivo padronizar procedimentos de resposta a suspeitas e ocorrências da doença, desde o primeiro registro até as etapas finais de encerramento do foco, em alinhamento com protocolos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Adaf realiza treinamento voltado ao Plano de Contingência Estadual para Influenza Aviária
A agenda combina aulas teóricas e atividades práticas. Nos dois primeiros dias, 25 e 26 de agosto, as equipes participam de módulos no auditório do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), no bairro Petrópolis, zona sul de Manaus. Em seguida, nos dias 27 e 28, os grupos se revezam em laboratório da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), no bairro Japiim, também na zona sul, para executar procedimentos essenciais de campo e de biosseguridade. No dia 29, pela manhã, a programação contempla alinhamento do Programa Nacional de Combate à Raiva dos Herbívoros e Outras Encefalopatias (PNCRH) e a realização de sorologia em servidores, ação voltada à avaliação do estado vacinal de profissionais expostos ao risco de contágio pelo vírus da raiva no exercício de suas funções.
A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) é causada por vírus com alta transmissibilidade entre aves e pode provocar perdas significativas em sistemas de criação. Entre os sinais clínicos observados, estão manifestações respiratórias como tosse e espirros, secreções ocular e nasal, alteração de comportamento com apatia e descoordenação, diarreia, desidratação, inchaços em cabeça e pescoço, hemorragias em pernas, queda abrupta na postura e mortalidade aumentada. A capacitação pretende reforçar a detecção precoce, a investigação qualificada e a execução ágil de medidas de contenção, reduzindo impactos sanitários e econômicos no território amazonense.
O que está em pauta: da suspeita ao encerramento do foco
O treinamento foi estruturado para percorrer todas as fases previstas em planos de contingência aplicados à IAAP. A primeira frente é a notificação da suspeita, etapa em que a precisão das informações e a rapidez no registro influenciam diretamente a resposta. Em seguida, a investigação oficial define prioridade, risco e necessidade de medidas imediatas, como isolamento de áreas e bloqueio de movimentação de animais. A partir daí, a equipe mobilizada estabelece o foco, delimita zonas de proteção e vigilância e ativa ações de contenção e saneamento sanitário compatíveis com a situação epidemiológica identificada.
No encerramento do foco, outro ponto de atenção é a documentação. Relatórios completos, com rastreabilidade de amostras, georreferenciamento de propriedades e cronogramas de visitas, sustentam decisões e permitem auditorias internas e externas. O curso enfatiza que cada registro — do atendimento inicial à coleta de material, das comunicações às desinfecções — deve ser padronizado. Essa padronização facilita a interlocução entre unidades regionais da Adaf e garante coerência com diretrizes do Mapa, especialmente quando há necessidade de ações interestaduais ou de cooperação com instituições científicas e laboratoriais.
Programação detalhada e locais das atividades
Nos dias 25 e 26 de agosto de 2025, a agenda teórica acontece no auditório do Inpa, no bairro Petrópolis. Ali, os servidores são atualizados sobre o panorama da Influenza Aviária, critérios de notificação, classificação de risco, condutas iniciais em propriedades, definição de zonas e barreiras sanitárias, além de fundamentos de coleta, acondicionamento e transporte de amostras. O conteúdo também aborda comunicação de risco dirigida ao público interno e aos públicos acompanhados em campo, requisito essencial para reduzir ruídos, organizar fluxos e preservar a segurança das equipes e dos plantéis.
Nos dias 27 e 28, a etapa prática ocorre no laboratório da Ulbra, no bairro Japiim. Os participantes executam protocolos de paramentação, praticam a coleta de suabes e a identificação correta de amostras, simulam rotas de envio ao laboratório e exercitam critérios de biosseguridade em ambientes de criação. As turmas se alternam entre o laboratório e reuniões com coordenações de programas da Defesa Animal da Adaf, destinadas a alinhamento de procedimentos, esclarecimento de dúvidas e levantamento de sugestões para aprimoramentos operacionais. No dia 29, a pauta do PNCRH e a coleta de sorologia em servidores fecham a semana com foco na proteção dos profissionais e na integração entre frentes de vigilância.
Quem participa e quem ministra os conteúdos
A capacitação reúne aproximadamente cem profissionais da autarquia, entre médicos-veterinários e técnicos de fiscalização agropecuária que atuam em todo o estado. A participação de times de diferentes municípios e áreas de atuação — trânsito animal, vigilância em propriedades, atendimento a notificações e suporte laboratoriais — favorece a construção de um vocabulário comum e a troca de experiências úteis para decisões rápidas no campo. A diversidade de perfis também possibilita a discussão de cenários variados, como criação comercial, subsistência e aves silvestres em áreas periurbanas.
Os módulos teóricos contam com profissionais da defesa agropecuária do Sul do país, com experiência direta em atendimento a notificações, investigações e ações de contingência. As convidadas Carolina Damo Bolsanello, da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), e Pauline Sperka de Souza, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), compartilham rotinas de campo, lições sobre montagem de equipes e exemplos de decisões que encurtam prazos de resposta. Na etapa prática, a condução fica a cargo da professora Sandy Kelly Souza Marques da Silva, da Universidade da Amazônia (Unama), que orienta exercícios de paramentação, coleta e manutenção de cadeia de frio, enfatizando a rastreabilidade do material coletado.
Conteúdos teóricos: pontos críticos e boas práticas em foco
As aulas em auditório partem do panorama da doença e avançam para o desenho do fluxo de atendimento, documento que organiza papéis e responsabilidades desde a chegada da notificação. Entre os pontos enfatizados, estão: critérios para priorização de visitas, elaboração de hipóteses diagnósticas diferenciando Influenza Aviária de outras enfermidades respiratórias de aves, definição de zonas de proteção e vigilância e medidas de biosseguridade compatíveis com cada cenário. Também são discutidos elementos da comunicação formal, como elaboração de informes técnicos e padronização de termos em relatórios de campo e laudos laboratoriais.
Outro eixo didático concentra-se em logística. A integridade da amostra depende de procedimentos simples, mas rígidos: etiquetagem legível, uso de recipientes adequados, controle de temperatura e registro do tempo entre coleta e entrega. Simulações de gargalos comuns — distância entre propriedades e pontos de coleta, acesso por via fluvial, restrições de energia para refrigeração — ajudam a planejar contingências. O treinamento reforça que o planejamento prévio reduz retrabalho, perda de material e atrasos na obtenção de resultados laboratoriais, especialmente em regiões extensas como o Amazonas.
Etapa prática: paramentação, coleta e envio de amostras
No laboratório, os participantes executam a sequência de paramentação antes de simulações de coleta. O roteiro inclui higienização das mãos, colocação de avental, máscara, óculos de proteção e luvas, além do descarte correto ao final. Após o preparo, os grupos praticam a coleta de suabes orofaríngeos e cloacais, com atenção à identificação precisa de cada material. O exercício reproduz condições de atendimento em criações comerciais e em pequenos plantéis, com variedade de embalagens e códigos de rastreio que serão conferidos em checklist específico.
A seguir, são simulados o acondicionamento e o transporte em caixas refrigeradas, o preenchimento de formulários de remessa e a conferência dos dados do produtor, localização da propriedade e descrição do lote. A etapa final treina o acionamento de rotas logísticas e o aviso prévio ao laboratório que receberá as amostras. O objetivo é reduzir o tempo entre a suspeita e a emissão de resultados, sem descuidar de normas de segurança para as equipes e para o trânsito entre áreas visitadas. Cada passo é documentado para compor relatórios que subsidiam a decisão de manter, ampliar ou encerrar medidas de controle.
Sinais clínicos e condutas imediatas em propriedades avícolas
Entre as manifestações que podem acender o alerta nos plantéis, estão tosse, espirros, secreção ocular e nasal, diarreia e desidratação. Alterações comportamentais, como apatia e falta de coordenação, também merecem atenção, assim como inchaços em cabeça e pescoço e hemorragias visíveis nas pernas. No plano de aula, os sintomas são analisados em conjunto com dados de mortalidade, queda abrupta na produção de ovos e histórico recente de movimentação de aves, visitantes e insumos, compondo um quadro epidemiológico que orienta a prioridade de atendimento e a extensão das medidas de controle.
A conduta imediata em propriedades com suspeita dá ênfase ao isolamento do plantel afetado, à suspensão de entradas e saídas de aves, pessoas ou veículos e à triagem de contatos recentes. Em paralelo, a equipe organiza a coleta de amostras, executa a desinfecção de equipamentos a cada mudança de ambiente e reforça orientações ao responsável pela criação. O foco é impedir deslocamentos desnecessários e interromper possíveis rotas de transmissão, enquanto a investigação segue seu curso com apoio laboratorial e com monitoramento de áreas vizinhas.
Fluxo de notificação e investigação: passo a passo para resposta rápida
Um dos exercícios da semana trabalha o fluxo operacional do início ao fim, com simulação de prazos e responsáveis. A dinâmica começa com o recebimento da notificação por canais oficiais e a abertura de protocolo com data, hora e dados mínimos da suspeita. Em seguida, o coordenador designa uma equipe de campo, define a prioridade de atendimento e aciona o suporte logístico, incluindo kits de coleta, equipamentos de proteção e caixas refrigeradas. No deslocamento, as equipes revisam a lista de verificação, que inclui procedimentos de chegada, delimitação de áreas e entrevistas com responsáveis pela criação.
Após a visita, o material é encaminhado ao laboratório indicado, acompanhado de documentação padronizada. Enquanto os resultados estão em análise, a vigilância ativa pode ser intensificada em propriedades próximas. Com o laudo em mãos, a coordenação decide sobre manutenção, ampliação ou encerramento de medidas, sempre registrando cada etapa. O encerramento do foco — quando aplicável — depende da soma de evidências: ausência de novos casos, monitoramento sem alterações por período definido, ações de saneamento concluídas e documentação consistente. O treinamento reforça que o cumprimento do passo a passo evita lacunas que poderiam comprometer a resposta e a transparência do processo.
Biosseguridade no dia a dia: rotinas que fazem diferença no campo
A semana de atividades dedica espaço a rotinas de biosseguridade adaptadas à realidade amazônica, marcada por longas distâncias, diversidade de sistemas de criação e deslocamentos que combinam vias terrestres e fluviais. Procedimentos como controle de acesso a áreas de aves, limpeza e desinfecção de botas e equipamentos entre visitas, uso correto de equipamentos de proteção e organização de rotas para evitar cruzamentos desnecessários entre propriedades são sistematizados em listas simples de checagem. A ideia é que os times incorporem hábitos que reduzam riscos sem aumentar a complexidade da operação.
Outro ponto é a comunicação direta com responsáveis pelas criações. Orientações objetivas sobre restrição de visitas, manejo de carcaças, acondicionamento de resíduos e procedimentos em caso de mortalidade anormal ajudam a padronizar respostas no campo. As equipes treinadas são estimuladas a identificar fragilidades e a propor correções que caibam na rotina local, o que aumenta a adesão às medidas e facilita o acompanhamento em vistorias seguintes. O foco está na consistência das rotinas ao longo do tempo, fator decisivo para reduzir ocorrências e acelerar o retorno à normalidade quando há suspeitas.
Integração com programas da Defesa Animal e sorologia de servidores
A programação prevê, no dia 29 de agosto de 2025, uma agenda voltada ao Programa Nacional de Combate à Raiva dos Herbívoros e Outras Encefalopatias (PNCRH). O objetivo é alinhar procedimentos, revisar fluxos de comunicação e atualizar as equipes sobre diretrizes vigentes, considerando que muitas das ações de campo — deslocamentos, coletas, entrevistas, barreiras sanitárias — se conectam entre diferentes frentes de vigilância. Essa integração amplia a eficiência do serviço e evita sobreposição de esforços em áreas com múltiplas demandas sanitárias.
Na mesma manhã, será realizada sorologia em servidores da Adaf, medida que avalia o estado vacinal de profissionais com potencial exposição ocupacional ao vírus da raiva. A iniciativa reforça a atenção à saúde ocupacional e à continuidade de serviços essenciais. Profissionais com laudos atualizados tendem a manter rotinas de campo com maior previsibilidade, reduzindo interrupções e apoiando a programação de atendimentos e ações de vigilância no estado.
Experiências de outros estados: lições aplicáveis ao Amazonas
A participação de profissionais da Cidasc e da Adapar aproxima o treinamento da realidade de equipes que lidam com atendimento frequente de notificações e execução de contingências. Uma das lições destacadas é a importância de treinos periódicos, que reduzem o tempo de resposta em suspeitas de doenças como Influenza Aviária e Doença de Newcastle. Ao compartilhar procedimentos testados em campo, as convidadas reforçam que a manutenção de equipes preparadas e a aplicação rigorosa de biosseguridade nas granjas comerciais são pilares para a robustez do sistema sanitário, do registro inicial ao encerramento do foco.
Outro ponto ressaltado é a relevância da padronização documental. Formulários com campos claros, códigos de amostra consistentes e rotinas de conferência reduzem erros e aceleram a chegada dos resultados laboratoriais. Em regiões de grande extensão territorial, como o Amazonas, o ganho de eficiência com listas de checagem e calendários de visita bem definidos se traduz em mais propriedades alcançadas e em maior previsibilidade para os produtores acompanhados pelos serviços veterinários oficiais.
Rotina de campo: checklists úteis para as equipes
Durante o curso, as equipes montam e testam listas de verificação para cada etapa da atividade. O checklist de partida inclui o kit de coleta com suabes, tubos identificados, etiquetas e marcadores, além de equipamentos de proteção, caixas refrigeradas, formulários e orientações impressas. O checklist de chegada reforça a apresentação à pessoa responsável pela propriedade, a delimitação de áreas, a triagem de informações e a organização do fluxo de pessoas e materiais. Cada verificação é assinada por quem executa a tarefa, conectando responsabilidade e registro.
Ao final de cada atendimento, o checklist de saída ordena o descarte de materiais, a desparamentação correta e as anotações de campo, que precisam ser legíveis, completas e consistentes com as amostras enviadas. O passo seguinte é comunicar a central com um resumo do atendimento, informar a rota de transporte do material e registrar qualquer evento fora do esperado. A soma desses procedimentos, repetidos de forma consistente, tende a reduzir falhas e a facilitar o trabalho de quem assume o caso em etapas posteriores, como análise laboratorial ou auditoria interna.
Perguntas e respostas rápidas sobre o treinamento
Quem participa? O público é composto por servidores da Adaf que atuam em defesa agropecuária no Amazonas, com foco em médicos-veterinários e técnicos de fiscalização. A composição inclui profissionais ligados a trânsito animal, vigilância em propriedades, atendimento a notificações e suporte às atividades laboratoriais. A presença de equipes de diferentes regiões permite nivelar procedimentos e compartilhar experiências que aceleram decisões em campo.
O que será treinado? Serão abordadas rotinas de notificação, investigação, delimitação de foco, coleta de amostras e medidas de contenção, além de práticas de biosseguridade. A etapa prática foca paramentação, coleta de suabes, identificação, acondicionamento e transporte das amostras. Também haverá alinhamento com programas de defesa animal e realização de sorologia voltada aos servidores que atuam em áreas com risco ocupacional para raiva.
Como produtores e responsáveis por criações podem colaborar
Embora a agenda seja direcionada às equipes da Adaf, o treinamento ressalta mensagens simples para proprietários e responsáveis por criações. Diante de qualquer mortalidade anormal ou sinais respiratórios em aves, a orientação é evitar movimentações desnecessárias, separar os animais afetados e buscar orientação pelos canais oficiais. Manter registros básicos — datas, quantidade de aves, origem de lotes, entradas recentes de pessoas e insumos — ajuda a acelerar a avaliação técnica quando a equipe de defesa chega ao local.
Rotinas de acesso controlado, limpeza e desinfecção entre ambientes, além de atenção a visitantes e veículos, compõem medidas que reduzem riscos. Em áreas com criações de pequeno porte, a simples organização de um espaço para troca de calçados, a restrição de circulação onde ficam as aves e o armazenamento adequado de ração já fazem diferença. O contato precoce com a equipe oficial permite avaliar a necessidade de coleta de amostras e definir a melhor conduta para cada situação.
Impactos esperados e próximos passos após a capacitação
Com as equipes alinhadas, a tendência é que as respostas a notificações sejam mais rápidas e integradas, com documentação padronizada e logística ajustada à realidade local. A troca de experiências com profissionais que vivenciam rotinas intensas de defesa animal em outras unidades da federação adiciona repertório para decisões em campo. Ao mesmo tempo, o treinamento cria referências comuns entre as áreas da Adaf, o que facilita o acionamento de equipes e o planejamento de ações conjuntas quando há necessidade de ampliar a vigilância ou implementar medidas de contenção.
A avaliação da capacitação considera indicadores práticos, como tempo entre notificação e visita, qualidade dos registros, integridade das amostras enviadas e clareza dos relatórios. Esses parâmetros permitem medir ganhos e identificar pontos a ajustar nos meses seguintes. A rotina de atualização — com simulações, estudos de caso e revisão de fluxos — tende a consolidar o aprendizado e a reforçar a capacidade de resposta da defesa agropecuária no estado.
Serviço: datas, locais e público-alvo
Quando: de 25 a 29 de agosto de 2025. Módulos teóricos nos dias 25 e 26; atividades práticas nos dias 27 e 28; programação do PNCRH e sorologia na manhã do dia 29. O cronograma prevê turmas alternadas para melhor aproveitamento dos laboratórios e das reuniões com coordenações de programas.
Onde: auditório do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), bairro Petrópolis, zona sul de Manaus, para os conteúdos teóricos; e laboratório da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), bairro Japiim, zona sul, para a etapa prática. Público: servidores da Adaf, incluindo médicos-veterinários e técnicos de fiscalização agropecuária que atuam no Amazonas. A ação tem apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Última atualização em 25 de agosto de 2025