Aurora Coop investe na modernização do Colégio Agrícola de Erechim
O Colégio Agrícola Estadual Ângelo Emílio Grando, em Erechim (RS), inaugurou nesta semana um aviário-escola que passa a integrar o complexo didático da instituição. A estrutura, erguida dentro de uma área total de 125 hectares, foi apresentada a professores, estudantes, autoridades locais e lideranças do cooperativismo e marca uma nova fase para as aulas práticas do curso técnico. O espaço tem 20 metros de comprimento por 6 metros de largura e combina sala de aula integrada e alojamento de aves, permitindo que teoria e prática ocorram no mesmo ambiente.
O investimento foi de R$ 140 mil, viabilizado por uma rede de apoiadores formada por empresas e instituições, entre elas Aurora Coop, Cooperalfa, Coperdia, Sicredi, URI, Prefeitura de Erechim, Governo do Rio Grande do Sul, Agrobom, JK Engenharia, Bekos, Falcão e Foco Agrícola. A proposta é acelerar a formação técnica dos alunos com recursos de climatização, iluminação e controle de ambiência que espelham o padrão adotado por produtores integrados às cadeias de aves no país e no exterior.
O que muda nas aulas práticas
Com o aviário-escola, os estudantes passam a vivenciar, dentro do campus, a rotina completa de uma unidade de criação de frangos. Os 12 metros iniciais do prédio funcionam como sala de aula, com quadro, bancadas, pontos de energia e rede para computadores, além de painéis de controle que exibem, em tempo real, dados como temperatura, umidade, velocidade do ar e fotoperíodo. Nos 8 metros finais, o alojamento para 500 aves permite acompanhar desde a chegada do lote até a saída, observando manejo, ambiência e desempenho zootécnico sob orientação de docentes e técnicos convidados.
A integração entre ambiente didático e área de produção elimina deslocamentos e reduz a distância entre a teoria e a execução. Em vez de conteúdos apenas descritivos sobre densidade de alojamento, conversão alimentar ou curva de crescimento, as turmas terão acesso a dados gerados no próprio aviário. Isso facilita a leitura de indicadores, a aplicação de protocolos de manejo e a comparação de resultados entre lotes, habilidades valorizadas por empresas que atuam na cadeia de proteína animal.
Estrutura e tecnologia do aviário-escola
A edificação tem 20 m x 6 m, com vedação adequada para controle de entradas de ar e luz externa. O conjunto conta com sistema de climatização composto por exaustores, entradas de ar com aletas reguláveis, sensores digitais distribuídos ao longo do galpão e controlador central que automatiza o acionamento de ventilação, aquecimento e iluminação. O objetivo é manter a ambiência em faixas predefinidas para as diferentes fases de criação, garantindo conforto térmico e regularidade de consumo de ração e água.
No módulo de iluminação, o aviário utiliza luminárias de alta eficiência com regulagem de intensidade e programação de fotoperíodo, recurso importante para padronizar comportamento e desempenho dos lotes. A disposição de comedouros e bebedouros segue critérios de acesso uniforme, com ajuste de altura conforme o crescimento das aves. Painéis de observação, corrimãos e passarelas facilitam o acompanhamento sem interferir no deslocamento dos animais, enquanto a sala de aula integrada concentra os controles, registros e análises em uma rotina semelhante à de granjas comerciais.
Apoio financeiro e papéis dos parceiros
O aporte de R$ 140 mil foi resultado de cooperação entre empresas do setor agroindustrial, instituições financeiras, universidades e os poderes municipal e estadual. Cada parceiro contribuiu com recursos, materiais ou serviços técnicos, do projeto à execução. A Aurora Coop, ao lado de Cooperalfa e Coperdia, colaborou com especificações e validação de equipamentos para aproximar a instalação dos protocolos operacionais usados em granjas integradas, facilitando a transição dos alunos para o mercado de trabalho.
O Sicredi e outras instituições ofereceram suporte financeiro e consultivo para viabilizar a compra de itens de automação e de controle ambiental. A URI, universidade regional, articulou a troca de conhecimento e a participação de docentes em atividades de extensão. Já a Prefeitura de Erechim e o Governo do Rio Grande do Sul apoiaram etapas de infraestrutura, licenças e adequações. Empresas como Agrobom, JK Engenharia, Bekos, Falcão e Foco Agrícola auxiliaram na execução, fornecimento e instalação de componentes, encurtando prazos e garantindo conformidade técnica.
Depoimentos e visão pedagógica
Para o vice-diretor Valdecir Balestrin, o aviário-escola cumpre papel estratégico no processo de ensino, ao incorporar recursos citados como padrão em ambientes de criação na América do Norte. A possibilidade de simular cenários, testar variações de ambiência e comparar protocolos de manejo dentro de um semestre letivo ajuda a formar profissionais que dominam tanto a operação quanto a interpretação de dados, algo cada vez mais decisivo para a competitividade no campo.
O vice-presidente de agronegócios da Aurora Coop, Marcos Antonio Zordan, ex-aluno do colégio, ressaltou o vínculo com a instituição e a importância de uma base técnica atualizada. Na avaliação de Zordan, a formação que une conceitos, prática e comportamento ético favorece a inserção dos jovens em cooperativas, agroindústrias e propriedades integradas. A presença de egressos em posições de liderança reforça o papel da escola na qualificação de mão de obra local e regional.
Perfil do Colégio Agrícola e trajetória na formação técnica
Fundado em 1960, o Colégio Agrícola Estadual Ângelo Emílio Grando completa 65 anos em 2025, com histórico de formação voltada às demandas do meio rural. Atualmente com 275 alunos, o educandário se consolidou como referência na região de Erechim pela combinação de conteúdos técnicos, gestão e práticas de campo, conectando a sala de aula a atividades desenvolvidas nas propriedades das famílias e em estruturas do próprio campus.
Ao longo dos anos, a escola se apoiou em parcerias com prefeituras e entidades para manter e modernizar sua infraestrutura. Parte dos estudantes permanece no colégio durante a semana, retornando para casa aos finais de semana, o que exige coordenação de transporte, alimentação e atividades extracurriculares. Esse modelo demanda gestão atenta e recursos estáveis, aspectos que ganham fôlego com a chegada de equipamentos que aproximam a experiência pedagógica do ambiente profissional.
Como será a rotina no aviário-escola
A rotina de utilização do aviário-escola será organizada por turmas e módulos temáticos. Em dias de alojamento de pintinhos, grupos designados acompanham o preparo do galpão, com checagem de temperatura, umidade relativa e velocidade do ar antes da chegada do lote. A partir daí, os estudantes registram consumo de ração e água por período, fazem leituras de termômetros e sensores, verificam a distribuição de aves ao longo do espaço e avaliam o comportamento sob diferentes regimes de luz e ventilação, sempre orientados por professores e técnicos convidados.
Nos dias de aula teórica, os dados coletados alimentam planilhas e relatórios, com discussão de variações ocorridas devido ao clima local, densidade de alojamento, regulagem de equipamentos e manejo. Dessa forma, cada turma acompanha um ciclo completo, do primeiro dia ao abate, analisando indicadores como ganho médio diário, conversão alimentar, mortalidade e uniformidade de peso. Ao final de cada lote, as conclusões orientam ajustes para o ciclo seguinte, consolidando uma cultura de melhoria contínua.
Biosseguridade e protocolos operacionais
A estrutura contempla procedimentos de controle de acesso e higiene pessoal antes da entrada no aviário-escola. Tapetes sanitizantes, troca de calçados e orientação sobre fluxo de pessoas limitam riscos associados à movimentação entre áreas. O objetivo é ensinar práticas de rotina do setor, incluindo registro de visitas, manutenção de equipamentos e checagens visuais para identificar situações que exijam intervenção, como ajustes de cortinas, exaustores ou aquecimento suplementar.
Entre um lote e outro, o período de vazio sanitário é utilizado para limpeza e desinfecção, além de revisão de comedouros, bebedouros e sensores. Os alunos participam das etapas de desmontagem parcial de linhas, lavagem e inspeção, reforçando padrões de segurança sanitária e rastreabilidade. Em avaliações finais, relatórios contemplam checklist de conformidade, fotos técnicas e anotações de campo, formando um repositório didático que pode ser consultado por turmas futuras.
Ambiência: como funcionam climatização e iluminação na prática
O sistema de ambiência do aviário-escola permite simular condições distintas ao longo do dia e da semana. Em períodos de temperaturas mais baixas, o aquecimento é acionado para manter as aves em zona de conforto logo após a chegada. À medida que o lote cresce, a ventilação é ajustada para remover umidade e gases, evitando oscilações que possam afetar o consumo. A distribuição de entradas de ar e exaustores cria correntes controladas, levando ar renovado ao nível das aves sem gerar correntes frias sobre os pintinhos nas primeiras fases.
Na iluminação, os estudantes comparam fotoperíodos e intensidades de luz para observar efeitos no comportamento e no desempenho. A possibilidade de dimerização das luminárias ajuda a reduzir picos de estresse durante transições de regime luminoso. Em conjunto com balanças e registros de consumo, os dados de ambiência permitem correlacionar ajustes feitos no controlador com a resposta do lote, embasando decisões que, em granjas comerciais, impactam diretamente custos e resultados zootécnicos.
Medição de desempenho e leitura de indicadores pelos alunos
A rotina didática inclui a montagem de planilhas de acompanhamento, com metas por semana de idade e metas por lote. Cada grupo registra ganho de peso, consumo acumulado, conversão alimentar e uniformidade. Esses números são comparados a referências de mercado e a históricos de lotes anteriores do próprio aviário-escola, criando um banco de dados local. A prática incentiva a leitura crítica: sempre que uma meta não é atingida, os estudantes investigam causas possíveis, como ambiência fora de faixa, ajuste tardio de altura de comedouros ou oferta de água abaixo do previsto.
O entendimento de margens e custos também entra na pauta. Usando preços de ração, energia e insumos fornecidos por empresas parceiras, os alunos calculam indicadores econômicos simples, como custo por quilo produzido e margem por lote. Ao final, os relatórios apresentam recomendações técnicas para o próximo ciclo, uma experiência que se aproxima de auditorias de campo realizadas por equipes de integradoras e cooperativas.
Papel das cooperativas e conexão com o mercado de trabalho
A presença de cooperativas entre os apoiadores encurta o caminho entre a formação escolar e as práticas das granjas integradas. Técnicos de campo participam de aulas e avaliações, explicando rotinas de assistência, uso de sistemas de registro e critérios de bonificação aplicados a produtores. Essa interação ajuda os estudantes a compreender expectativas de desempenho, padrões de auditoria e o ritmo de trabalho em propriedades que mantêm contratos de integração com agroindústrias.
Para quem busca inserção imediata no setor, a vivência em equipamentos e protocolos próximos aos utilizados no dia a dia das granjas é um diferencial. Os egressos saem com domínio básico de leitura de controladores de ambiência, operação de linhas de comedouros e bebedouros, aplicação de rotinas de manejo e elaboração de relatórios técnicos. Esse conjunto de competências, associado à experiência prática, aumenta a empregabilidade em cooperativas, empresas de insumos, agroindústrias e propriedades integradas.
Gestão do projeto e agradecimentos aos executores
A coordenação da obra ficou a cargo do vice-diretor Valdecir Balestrin e do técnico da Aurora Coop, Dirceu Salini. A dupla acompanhou etapas de projeto, aquisição de equipamentos, instalação elétrica e de automação, testes de funcionamento e entrega para uso pedagógico. O envolvimento direto de gestores e técnicos desde o início do processo assegurou que o layout final respondesse às necessidades da escola, com soluções práticas para circulação, manutenção e limpeza.
No evento de inauguração, ambos receberam agradecimentos pela dedicação ao cronograma e pela interlocução com fornecedores. Com o aviário-escola pronto, a expectativa é organizar um calendário que abranja diferentes turmas ao longo do ano letivo, favorecendo a continuidade das atividades e o registro consistente de dados para comparação entre ciclos.
Integração com disciplinas e projetos acadêmicos
A nova estrutura dialoga com disciplinas de zootecnia, gestão, sanidade, instalações rurais e tecnologia. Em projetos de pesquisa aplicada, os estudantes podem testar hipóteses de manejo, como variações de densidade, ajustes de ventilação mínima ou diferentes programas de luz, sempre com acompanhamento docente. A geração de dados dentro do campus facilita a realização de trabalhos de conclusão de curso, relatórios técnicos e apresentações em feiras e mostras estudantis.
Na extensão, o colégio também pode abrir espaço para dias de campo com produtores da região, compartilhando resultados e trocando experiências sobre práticas de ambiência e manejo. Essa rede de interação contribui para a atualização de docentes e técnicos e para a circulação de informações úteis à rotina das propriedades, criando um ciclo de aprendizado que beneficia a comunidade local.
Recursos didáticos e ferramentas de apoio ao aprendizado
Além da automação e dos sensores instalados no aviário-escola, a escola pode utilizar softwares de planilhas e aplicativos de registro em dispositivos móveis para acompanhamento diário dos lotes. O uso de gráficos de tendência, metas semanais e alertas simples ajuda as turmas a detectar desvios rapidamente. A equipe docente, por sua vez, tem condições de comparar o desempenho entre grupos, identificar boas práticas e sugerir correções na velocidade certa, antes que um problema ganhe escala ao longo do ciclo.
Materiais didáticos complementares, como manuais de manejo, vídeos curtos e roteiros de inspeção, podem ser integrados às aulas na sala anexa ao aviário. Dessa forma, cada etapa — do pré-aquecimento à retirada do lote — passa a contar com instruções claras, listas de verificação e metas. O objetivo é formar estudantes com capacidade de decidir e de justificar tecnicamente os próprios ajustes, habilidade valorizada por equipes de campo em empresas e cooperativas.
Impacto local e expectativa do setor produtivo
A modernização do Colégio Agrícola reforça a oferta de mão de obra qualificada para a cadeia de aves no norte gaúcho. A região concentra produtores integrados, cooperativas e agroindústrias que dependem de rotinas padronizadas para alcançar previsibilidade de resultados. Ao oferecer um ambiente de ensino com equipamentos e protocolos semelhantes aos de granjas comerciais, a escola facilita a adaptação de jovens técnicos ao ritmo do setor, reduzindo curvas de aprendizado após a contratação.
Empresas parceiras costumam acompanhar o desempenho de egressos para ajustar programas de estágio e capacitação. A partir do banco de dados do aviário-escola, será possível identificar temas que merecem reforço — por exemplo, regulagem de ventilação mínima em dias frios, leitura de uniformidade e calibração de equipamentos. O retorno prático dessas observações tende a aprimorar o currículo e a manter o conteúdo didático próximo às demandas efetivas do mercado.
Perguntas e respostas: entenda o que a escola ganha com a nova estrutura
Quantas aves o aviário-escola comporta? O alojamento é preparado para 500 aves, número adequado ao tamanho do galpão e à proposta didática. Essa densidade permite observações precisas sem comprometer o conforto térmico e o acesso a comedouros e bebedouros.
Como a sala de aula integrada ajuda no aprendizado? Os 12 metros iniciais abrigam os painéis de controle, o que facilita relacionar ajustes de ambiência com efeitos no comportamento e no desempenho do lote. A proximidade física encurta o tempo entre a explicação do conceito e a verificação prática.
Perguntas e respostas: operação, custos e manutenção
Quem cuida da operação diária? A rotina é supervisionada por docentes e técnicos convidados. Alunos, organizados em grupos, revezam nas tarefas de checagem de sensores, ajustes de equipamentos, alimentação das aves e registro de dados em planilhas.
Como são financiados insumos e manutenção? O modelo combina recursos do colégio e apoio de parceiros para itens como ração, energia, reposição de peças e atualizações. A transparência nos custos faz parte do processo pedagógico, pois os estudantes aprendem a planejar e a justificar despesas conforme metas de desempenho.
Linha do tempo do ciclo de criação dentro do campus
O ciclo didático começa com o preparo do aviário: limpeza pós-lote, verificação de integridade de linhas de comedouros e bebedouros, calibração de sensores e testes de iluminação e ventilação. Na sequência, ocorre o pré-aquecimento para chegada dos pintinhos, com checagem da temperatura do piso e leituras em diferentes pontos do galpão. Logo após o alojamento, inicia-se o monitoramento das primeiras 24 horas, fase crítica para garantir consumo de água e ração adequados.
A partir da primeira semana, as turmas acompanham ajustes de altura de comedouros, ventilação mínima e programas de luz. Nas semanas seguintes, o foco recai sobre crescimento, uniformidade e bem-estar, com avaliações de comportamento e densidade. Na etapa final, as atenções se voltam ao preparo para a retirada e à organização do vazio sanitário, quando são consolidados os relatórios e as recomendações para o ciclo seguinte.
Aula de campo: o que observar em um aviário de corte
Durante visitas técnicas simuladas, os estudantes são orientados a seguir um roteiro de inspeção que começa pela área externa, conferindo cercas, controle de acesso e condições do entorno. Em seguida, já no interior, observam distribuição de aves, qualidade da cama, presença de pontos de umidade, funcionamento de exaustores e entradas de ar. Pequenas variações de ventilação podem alterar comportamento e consumo, por isso as leituras de sensores devem ser confrontadas com o que se vê no galpão.
Outro ponto de atenção é a calibração de alimentadores e o fluxo de água. O acompanhamento de peso médio semanal, por amostragem, ajuda a detectar desvios cedo. Caso os dados indiquem queda de desempenho, os grupos simulam planos de ação, como ajustes de ventilação, revisão do programa de luz ou redistribuição de comedouros. Ao final, as anotações são discutidas em sala, com foco em decisões baseadas em evidências.
Equipe, formação continuada e intercâmbio técnico
Para manter a qualidade do ensino, o colégio planeja promover encontros periódicos entre docentes, técnicos de cooperativas e profissionais de agroindústrias. Nessas reuniões, casos práticos são apresentados e discutidos, aproximando o conteúdo da sala de aula da realidade das granjas. A atualização constante dos professores em temas de ambiência, manejo e indicadores de desempenho contribui para que os alunos encontrem, no campus, metodologias que espelham a rotina do campo.
Intercâmbios com outras instituições de ensino permitem comparar práticas, experimentar equipamentos distintos e trocar protocolos. A circulação de ideias acelera a adoção de boas práticas e ajuda a evitar erros comuns, principalmente em etapas que exigem tomada de decisão rápida, como o ajuste de ventilação em dias de mudanças bruscas de temperatura.
Participação estudantil em eventos e mostras técnicas
Com o aviário-escola, os alunos ampliam as possibilidades de participar de feiras, mostras e competições acadêmicas que valorizam projetos com resultados mensuráveis. Os dados gerados ao longo dos ciclos permitem apresentar trabalhos com gráficos, tabelas e análises comparativas, tornando mais fácil comunicar hipóteses, métodos e conclusões. Essa experiência fortalece a confiança dos estudantes para falar em público e defender recomendações técnicas.
A interação com profissionais do setor nesses eventos também ajuda a construir rede de contatos, importante na busca por estágio e emprego. Empresas costumam observar a capacidade de análise e a iniciativa demonstradas pelos alunos, fatores que contam na hora de selecionar candidatos para programas de trainee, vagas de assistência técnica ou funções operacionais em granjas e plantas industriais.
Desafios de infraestrutura e continuidade do projeto pedagógico
O colégio enfrenta desafios financeiros típicos de instituições públicas com cursos que exigem equipamentos e insumos contínuos. A operação do aviário-escola requer planejamento para garantir energia, manutenção e reposição de componentes. Parcerias, doações e convênios seguem sendo caminhos para sustentar o ritmo das atividades sem interromper ciclos, o que é crucial para a geração de dados comparáveis e para a formação de hábitos operacionais entre os alunos.
A experiência recente de cooperação entre empresas, universidade e poder público indica que há espaço para ampliar o escopo de projetos, inclusive com capacitações específicas e visitas técnicas a granjas comerciais. O sucesso dessa agenda depende da manutenção de canais de diálogo e da clareza sobre metas pedagógicas, prazos e indicadores de desempenho que a escola pretende priorizar nos próximos semestres.
O que observar nos próximos meses
Com a inauguração concluída, a atenção se volta ao calendário de lotes e à consolidação de rotinas. Nos próximos meses, a escola deverá alternar grupos de alunos em etapas de alojamento, manejo e análises em sala, garantindo que todas as turmas passem por funções críticas como regulagem de ventilação, calibração de comedouros e leitura de indicadores. O avanço virá da repetição organizada, que permite comparar resultados e incorporar ajustes a cada novo ciclo.
A coleta e o armazenamento dos dados técnicos formarão um acervo que poderá orientar decisões de compra, manutenção e atualização de conteúdos. A expectativa é que relatórios periódicos, compartilhados com parceiros, mostrem ganhos em desempenho e consolidem o aviário-escola como ferramenta permanente de qualificação no Colégio Agrícola Estadual Ângelo Emílio Grando.
Última atualização em 13 de outubro de 2025