Atlas Agro propõe fundo garantidor para reduzir riscos em projetos de fertilizantes verdes

Atlas Agro propõe fundo garantidor para reduzir riscos em projetos de fertilizantes verdes

RIO — A Atlas Agro apresentou a proposta de um fundo garantidor para reduzir riscos de mercado e facilitar o financiamento de projetos de produção de fertilizantes a partir de hidrogênio obtido por eletrólise. A ideia foi discutida no início de setembro de 2025, durante encontro na Embaixada da Austrália, em Brasília, que reuniu representantes de ministérios, bancos e especialistas em estruturação financeira. O foco é dar previsibilidade de receitas a empreendimentos industriais intensivos em capital, como a planta que a companhia planeja em Uberaba (MG), e, com isso, atrair investidores, acelerar o fechamento financeiro e ampliar a oferta de insumos no país.

O que está em discussão

A proposta parte de um diagnóstico simples: o preço internacional de fertilizantes nitrogenados, notadamente amônia e derivados, varia muito e segue de perto as oscilações do gás natural, principal referência da rota convencional. Em momentos de queda abrupta nas cotações, projetos novos ficam mais expostos, pois ainda carregam o serviço da dívida de implantação e não contam com colchão de escala. O fundo garantidor buscaria amortecer essa volatilidade. Ele seria acionado quando o preço de mercado ficasse abaixo de um valor de referência acordado, garantindo cobertura parcial da receita e, portanto, maior tranquilidade para quem financia e opera a planta.

A arquitetura do mecanismo ainda está em estudo dentro da plataforma Acelerador da Transição Industrial (ITA), que congrega empresas, formuladores de política pública e instituições financeiras. A consultoria Systemiq conduz a modelagem inicial, incluindo parâmetros como tamanho do fundo, governança, gatilhos de acionamento e fontes de capitalização. A expectativa é que, com um desenho equilibrado, o instrumento permita compromissos firmes de investimento, reduzindo custo de capital e encurtando prazos de execução em empreendimentos industriais de grande porte.

Como funcionaria o mecanismo tipo “contrato por diferença”

O desenho sugerido se inspira em contratos por diferença, conhecidos pela sigla CfD. Nessa lógica, define-se um “preço-alvo” (target price) para o produto, calculado com base no custo operacional (OPEX) somado ao serviço da dívida e a uma margem mínima de segurança. Se a cotação de referência no mercado ficar abaixo desse patamar, o fundo cobre a diferença. Se ficar acima, o projeto compartilha o excedente com o fundo, recompondo o caixa utilizado em períodos de baixa. A operação, portanto, é bidirecional e tende ao equilíbrio ao longo do ciclo do investimento, reduzindo incertezas sem descolar o empreendimento dos sinais de mercado.

Exemplo prático ajuda a visualizar: suponha um preço-alvo de US$ 100 por tonelada para um fertilizante nitrogenado. Se o índice de mercado recuar para US$ 80, o fundo aportaria US$ 20 por tonelada para aquela janela de liquidação. Em sentido inverso, se a cotação saltar para US$ 130, a planta devolveria US$ 30 por tonelada ao fundo. Esse arranjo preserva a disciplina econômica, pois quem opera continua exposto à eficiência produtiva e à gestão de custos, mas evita que choques temporários inviabilizem o pagamento de dívidas ou interrompam o cronograma de investimento.

Por que o mercado de fertilizantes oscila tanto

Os fertilizantes nitrogenados são historicamente sensíveis a ciclos do gás natural e a mudanças na oferta global. Paradas não planejadas em plantas de amônia, variações no custo de frete marítimo e movimentos de estoques em grandes compradores pesam sobre preços em prazos curtos. Em horizontes mais longos, novas capacidades entrando em operação ou atrasos em projetos influenciam o balanço entre oferta e demanda. O resultado é uma curva de preços sujeita a picos e vales que muitas vezes não guardam relação direta com a eficiência de um projeto específico, mas, sim, com a conjuntura internacional e com choques de insumos.

No Brasil, a elasticidade de preços é sentida ao longo da cadeia, do importador ao produtor rural. Como a produção doméstica não supre a totalidade da demanda, a referência internacional prevalece na formação de preço, em dólar, com impacto adicional da taxa de câmbio. Em cenários de queda brusca das cotações externas, um empreendimento novo pode enfrentar meses de receitas comprimidas, ainda que sua estrutura de custos esteja sob controle. É nesse intervalo que um fundo garantidor pode fazer diferença, atuando como estabilizador de receitas e evitando movimentos de “vai e volta” no cronograma industrial.

Modelagem econômica: do preço-alvo ao serviço da dívida

Definir o preço-alvo é etapa central. Ele deve refletir o custo variável por tonelada, a depreciação econômica, as despesas gerais e administrativas, os seguros e, principalmente, o serviço da dívida. Em projetos industriais com CAPEX elevado, a parcela financeira pesa no primeiro ciclo operacional, quando a geração de caixa ainda se acomoda. A calibragem precisa evitar dois extremos: um nível tão alto que resulte em subsídios recorrentes; ou tão baixo que não proteja o fluxo de caixa em momentos de estresse. Normalmente, trabalha-se com bandas de tolerância e janelas de liquidação (mensal/trimestral), reduzindo ruído de variações diárias.

Outra variável-chave é o índice de referência de preço. O mercado acompanha cotações regionais de amônia, ureia e nitratos, além de prêmios de logística e prazos de entrega. A governança do fundo deve especificar quais índices serão usados, como tratar diferenças de especificação do produto e quais mecanismos de auditoria validarão volumes e preços em cada ciclo de verificação. A transparência nessa etapa dá segurança aos financiadores, que podem projetar cenários de estresse e avaliar, com base em dados objetivos, a probabilidade de acionamento do mecanismo ao longo do tempo.

Quem aporta recursos e como capitalizar o fundo

A proposta indica liderança de um ente público, sem excluir a participação privada. Um desenho possível combina aportes orçamentários, recursos de bancos de fomento, instrumentos concessionais e contribuições de empresas âncora do setor. O objetivo é montar um colchão financeiro suficiente para cobrir oscilações dentro de parâmetros estabelecidos e, ao mesmo tempo, oferecer um custo de capital competitivo para o ecossistema. A presença de capital de diferentes perfis dilui riscos e permite estruturar tranches com prioridades distintas, como em fundos com classes sênior e subordinada.

Além de aportes diretos, podem entrar mecanismos de alavancagem e de reciclagem de capital. Excedentes recebidos em fases de alta de preço retornam ao fundo, recompondo seu caixa. Em paralelo, é possível contratar proteções no mercado financeiro, como derivativos de commodities e de câmbio, que reduzam a necessidade de chamadas de caixa em cenários específicos. O desenho final deve buscar eficiência: menos custo para o contribuinte e para o investidor, mais previsibilidade para o projeto e regras claras para a entrada e a saída de cada fonte de recurso.

Governança e lições de experiências internacionais

Modelos de contratos por diferença são utilizados em setores de energia em países como o Reino Unido, onde uma entidade pública centraliza a gestão e liquida a diferença entre um preço de exercício e a referência de mercado. A experiência externa oferece pistas sobre governança: regras simples, fórmulas claras, monitoramento independente, auditorias periódicas e divulgação de dados agregados. Para o contexto brasileiro, a adaptação exige considerar índices locais, logística e particularidades tributárias. Um comitê técnico com representantes do governo, do mercado e da sociedade produtiva pode zelar pela integridade do processo decisório e pela estabilidade das regras ao longo do tempo.

Um ponto sensível é a previsibilidade regulatória. O fundo precisa de um marco jurídico que dê segurança aos contratos, inclusive em operações de project finance com garantias reais e covenants financeiros. A criação de um regulamento claro, passível de consulta pública, ajuda a evitar disputas posteriores e aumenta a bancabilidade dos projetos. Outro aprendizado recorrente é a importância de evitar distorções: o objetivo é suavizar a volatilidade, não fixar preços ou desincentivar a eficiência. Por isso, convém incluir mecanismos de revisão periódica e de gatilhos de desligamento, caso o mercado mude de forma estrutural.

Impactos esperados em Uberaba (MG) e na cadeia de insumos

Uberaba tem histórico ligado ao setor químico e logística favorável para atender polos agrícolas do Sudeste e do Centro-Oeste. A instalação de uma planta de fertilizantes baseada em hidrogênio obtido por eletrólise pode integrar cadeias industriais, gerar demanda estável para fornecedores locais e ampliar a produção de amônia e nitrogenados no país. Com um fundo garantidor reduzindo incertezas, o fechamento financeiro de um projeto desse porte ganha tração, o que se traduz em engenharia avançando, encomendas confirmadas e cronogramas mais firmes de comissionamento e início de operação comercial.

Na outra ponta, distribuidores e grandes consumidores tendem a se beneficiar de uma oferta mais estável e de instrumentos contratuais mais sofisticados. A previsibilidade decorrente do mecanismo pode estimular contratos de longo prazo com fórmulas de preço transparentes, amarrando custos logísticos, câmbio e referências internacionais. Em um mercado historicamente sujeito a choques, a previsibilidade de produção e de despacho ajuda planejamento de compras, gestão de caixa e decisões de investimento de toda a cadeia, do porto ao armazém.

Riscos, salvaguardas e métricas de desempenho

Todo mecanismo de mitigação de risco precisa cuidar de efeitos colaterais. Há risco de comportamento oportunista se os incentivos não estiverem bem desenhados. Para evitar isso, o regulamento do fundo pode exigir níveis mínimos de disponibilidade da planta, metas de eficiência energética, auditoria de custos e comprovação de boa-fé na contratação de seguros e proteções de mercado. Em períodos de acionamento, relatórios detalhados devem indicar volumes, preços, justificativas e eventuais medidas corretivas. A transparência reduz assimetria de informação e ajuda a manter a confiança dos participantes.

Métricas de desempenho devem ir além da simples conta de entradas e saídas do fundo. Entre os indicadores relevantes estão: alavancagem média dos projetos beneficiados, prazo médio de fechamento financeiro, taxa de avanço físico das obras, disponibilidade operacional, custo médio ponderado de capital (WACC) e evolução dos prazos de contratos de fornecimento. A combinação desses indicadores permite avaliar se o instrumento cumpre seu propósito de facilitar investimentos produtivos e se mantém financeiramente equilibrado ao longo dos ciclos de mercado.

Passo a passo para tirar o fundo do papel

O caminho costuma começar com um estudo de viabilidade institucional. Essa etapa mapeia legislação aplicável, fontes de recursos e melhores práticas de governança. Em seguida, vem a modelagem financeira: definição do preço-alvo, bandas de acionamento, índices de referência, periodicidade de liquidação e mecanismos de recomposição do caixa. Com o esqueleto pronto, o proponente submete o regulamento a consulta pública, colhe contribuições e ajusta parâmetros. A fase seguinte envolve a captação de recursos e a contratação da entidade gestora, com metas de desempenho e regras de prestação de contas estabelecidas.

Um projeto-piloto ajuda a calibrar a ferramenta. Ao selecionar um conjunto limitado de empreendimentos, é possível testar rotinas de medição, verificar o comportamento do gatilho de preço e ajustar cláusulas operacionais. Na sequência, o programa escala com chamadas públicas regulares, admitindo novos projetos conforme disponibilidade de recursos. Auditorias independentes anuais e relatórios semestrais de desempenho mantêm o instrumento sob escrutínio e permitem revisões baseadas em evidências, não apenas em percepções conjunturais.

Como o fundo conversa com instrumentos existentes no Brasil

O país acumula experiência com garantias de crédito e com fundos voltados a reduzir riscos em financiamentos de pequenas e médias empresas. Embora o contexto seja outro, lições de desenho institucional, segregação de riscos e governança podem ser aproveitadas. Em paralelo, bancos de desenvolvimento e agências de fomento têm histórico de financiar projetos industriais com longos prazos e períodos de carência. O fundo proposto não substitui essas ferramentas; ele atua como camada adicional de mitigação, focada no risco de preço do produto final, que é diferente do risco de crédito ou do risco de obra.

Também há espaço para integrar o fundo a soluções de mercado. Contratos de fornecimento de longo prazo com offtakers podem incluir fórmulas que reflitam o mesmo índice de referência usado pelo fundo. Derivativos de commodities e de câmbio podem ser exigidos como condição de elegibilidade, reduzindo a probabilidade de acionamento. E arranjos de seguros de interrupção de negócios, desempenho e garantia de conclusão de obra (completion bonds) ajudam a separar o que é risco operacional do que é estritamente risco de preço, foco do mecanismo tipo CfD.

Papel do poder público e desenho institucional possível

Para dar segurança jurídica, o fundo precisa de uma âncora pública. Essa âncora pode vir de uma autarquia, de uma empresa pública não dependente ou de um consórcio com participação estatal, desde que o arranjo permita contratos de longo prazo e blindagem de recursos. A legislação deverá prever como os aportes serão feitos, quem responde pela gestão, quais são os limites de exposição por projeto e quais são as salvaguardas para evitar captura regulatória. Um conselho deliberativo independente, com mandatos não coincidentes e regras claras de conflito de interesses, é elemento básico de boa governança.

A interface com os ministérios setoriais e com o Tesouro deve ser desenhada para garantir previsibilidade orçamentária e estabilidade das regras. Editais periódicos, com critérios objetivos de seleção e cronograma transparente, aumentam a concorrência e diminuem riscos de judicialização. No dia a dia, a entidade gestora deve operar com métricas explícitas, publicar dados agregados sobre acionamentos e manter rotina de auditorias externas. Esse conjunto de práticas fortalece a confiança dos investidores e melhora o custo de capital dos projetos atendidos.

Como se define o preço de referência e quais índices usar

A definição do índice de referência é técnica e precisa levar em conta a realidade de comercialização do produto. Para amônia e demais nitrogenados, diferentes praças apresentam spreads relevantes, resultado de custos logísticos, disponibilidade portuária e perfil de demanda. O fundo pode adotar uma cesta de índices, com pesos que reflitam os destinos típicos da produção e os custos de internalização. Outra alternativa é usar um único índice internacional acrescido de uma fórmula pública de frete, seguro e ajuste cambial. O importante é que a regra seja replicável e verificável por terceiros independentes.

A periodicidade de apuração também importa. Janela mensal suaviza ruídos e facilita conciliações contábeis, mas janelas trimestrais podem reduzir custos operacionais do fundo. Para evitar distorções, outliers podem ser tratados por mecanismos estatísticos, como exclusão de extremos e uso de médias ponderadas por volume. Em todos os casos, o regulamento deve prever como lidar com falhas temporárias de publicação de índices, mudanças metodológicas e eventos extraordinários, preservando a integridade da apuração.

Integração com estratégias de hedge e gestão de riscos

O fundo não elimina a necessidade de gestão ativa de riscos. Ao contrário: a elegibilidade pode exigir políticas mínimas de hedge para insumos, energia elétrica e câmbio, conforme aplicável. Contratos futuros e opções ajudam a limitar perdas em cenários de cauda, enquanto swaps e collars podem ser usados para travar faixas de preço. Essas ferramentas reduzem a chance de acionamento e, quando o acionamento ocorre, tendem a diminuir o valor devido pelo fundo. Assim, o mecanismo vira parte de um mosaico de proteção, e não a única linha de defesa diante da volatilidade.

Outra frente é a gestão operacional. Eficiência energética, manutenção preditiva e confiabilidade de equipamentos impactam diretamente o custo por tonelada e, portanto, a exposição do projeto a oscilações. Programas de performance garantida com fornecedores, metas contratuais de disponibilidade e monitoramento em tempo real ajudam a manter a planta dentro do planejado. Com custos sob controle e riscos operacionais mitigados, o fundo atua de forma mais cirúrgica, focado no que foi desenhado para cobrir: desvios entre o preço de mercado e o preço-alvo.

Perguntas frequentes sobre o fundo garantidor

O fundo é um subsídio permanente? Não. A proposta trabalha com reciprocidade: quando o preço cai, o fundo cobre parte da diferença; quando sobe, o projeto devolve. A ambição é que, em ciclos completos, o instrumento seja financeiramente balanceado. O desenho deve incluir limites por projeto, teto anual de exposição e mecanismos de desligamento, de modo a evitar transferências sistemáticas de renda e a preservar a disciplina econômica dos empreendimentos atendidos.

Quais projetos podem ser elegíveis? Empreendimentos industriais que fabriquem fertilizantes nitrogenados com contratos de offtake, comprovação de financiamento estruturado e governança adequada. Critérios de elegibilidade podem incluir estágio de maturidade (licenças, engenharia, encomendas-chave), robustez do plano de operação e compromissos de eficiência. A seleção tende a priorizar projetos com maior probabilidade de entrega, capacidade de impacto na oferta nacional e geração de cadeias produtivas locais.

Glossário essencial do tema

CfD (Contrato por Diferença): Acordo que estabiliza receitas ao liquidar a diferença entre um preço-alvo e a referência de mercado. Se o preço de mercado fica abaixo do alvo, quem vende recebe a diferença; se fica acima, devolve o excedente. É um instrumento conhecido em setores intensivos em capital que enfrentam volatilidade relevante de preços.

Preço-alvo (target price): Valor de referência pactuado entre o projeto e o fundo, baseado em custos operacionais, serviço da dívida e margem mínima. Serve de base para acionar ou devolver recursos conforme o comportamento da cotação de mercado usada como índice oficial no mecanismo.

Sinais de mercado que podem influenciar o acionamento

Choques na oferta global de gás natural, variações de frete marítimo, sazonalidade de demanda agrícola e mudanças cambiais são vetores típicos de oscilação nos preços dos nitrogenados. Uma sequência de navios atrasada, uma parada de manutenção prolongada em grandes polos produtores ou mesmo movimentos especulativos em mercados futuros podem deslocar, por semanas, a curva de preços. O fundo precisa tratar esses movimentos com regras conhecidas, evitando discricionariedade na análise caso a caso e reforçando a previsibilidade para operadores e financiadores.

Em janelas de alta, além da devolução prevista, a governança pode prever aportes extraordinários para reforço do caixa, reduzindo a necessidade de capital público ao longo do tempo. Já em janelas de baixa acentuada, limites de exposição por período e por projeto funcionam como freios de arrumação. A ideia é atender ao objetivo central — suavizar o risco de preço — sem transformar o fundo em fonte inesgotável de recursos em cenários extremos e prolongados.

O que observar nos próximos meses

Depois das discussões de início de setembro de 2025, a modelagem técnica deve avançar com simulações de estresse, consulta a agentes do mercado e avaliação de alternativas de capitalização. A consolidação do regulamento, quando ocorrer, tende a vir acompanhada de um piloto com número limitado de projetos e monitoramento estreito de resultados. O cronograma depende de decisões institucionais, do apetite dos financiadores e da qualidade dos projetos na fila. Cada etapa precisa de comunicação clara para que os participantes ajustem expectativas e planejem compromissos de investimento.

Para a Atlas Agro, a criação do fundo é vista como instrumento para reduzir incertezas e viabilizar um pipeline industrial com uso de hidrogênio gerado por eletrólise, com contratos de longo prazo e foco em eficiência operacional. Para o ecossistema de insumos agrícolas, a ferramenta pode significar uma ponte entre a necessidade de novos investimentos e a realidade de um mercado internacional sujeito a ciclos. A discussão ganha relevância à medida que o país busca ampliar a produção local, capturar ganhos de escala e construir instrumentos de política pública voltados para estabilidade e competitividade de projetos industriais intensivos em capital.



Última atualização em 13 de outubro de 2025

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